Como é do domínio público, a partir dos Descobrimentos, os mapas ganharam contornos mais precisos, a Terra passou a ser, definitivamente, redonda e tudo se encontrava descoberto. Não havia possibilidade de nos perdermos. Com o avanço da tecnologia, o 'domínio' do espaço e respetivos satélites, chegaram-nos as comunicações globais e os GPS. Mais um grande passo para que a nossa orientação não pudesse falhar. Nesta era, de recursos inimagináveis aos nossos pais, para não ir mais longe, será que ainda nos conseguimos perder?
Costumamos referir-nos às grandes cidades como selvas. Tal como aqui, temos de nos mudir de catanas (adaptadas à realidade) e partir à descoberta, à aventura, cortando ramos que não nos deixam prosseguir, cotornando rios infestados de crocodilos e afastar pedras que impedem o caminho.
Não há meio de comunicação ou de orientação que nos valha quando as hienas nos cercam ou caimos num fosso desconhecido.
Continuamos a necessitar, cada vez mais, dos nossos mapas pessoais, das nossas 'verdades', dos nossos 'valores', de saber ler os nossos sinais, do nosso amor próprio para qualquer travessia sob pena de nos encontrarmos perdidos.
Continuamos a não saber ler os mapas...
ResponderEliminarCom e evidência que nos estão a levar para o caos, este governo mantem a liderança nas sondagens!!
Este povo nem com gps lá vai!
Já ouvi dizer que o povo tem o governo que merece. Não sei se será verdade, mas às vezes parece.
EliminarHienas? Há tantas que precisamos mesmo de andar de catanas.
ResponderEliminarTens toda a razão são os nossos valores e nosso amor próprio que verdadeiramente nos orientam.
Bj
Gosto das tuas palavras.
EliminarEu apesar de ter um sinal de nascença na mão esquerda continuo a trocar esquerda com direita e perco-me sempre na cidade, nos edifícios...na vida. Acho que me está entranhado.*
ResponderEliminarÀs vezes a 'desorientação' está muito bem orientada, não achas?
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