Sim! Conhecia estas tradições de casamentos arranjados em tenras idades. Nunca se tinha apercebido, verdadeiramente, que a sua amiga fazia parte dessas tradições.
Olhos negros, quase pretos, os de Samara, pareciam-lhe, na manhã que despontava, ainda mais vivos, pela tristeza que se liam neles.
Samara, desnorteada, começava a reagir. Uma coisa tinha a certeza: não queria o casamento, pelo menos por agora. Até simpatizava com o noivo. Porém, nunca lhe ocorrera tais negociações nas suas costas de menina-mulher.
Encetaram um diálogo de mata/esfola e resolvem pedir a opinião adulta dos pais de Matilde.
Dirigem-se ao quarto dos proprietários da Herdade que já se encontram a pé. Pasmados, com as madrugadoras meninas, ficam em cuidados, querendo saber o que se passa.
Precipitam-se na narração, atrapalham-se nas palavras e não conseguem ser entendidas.
O pai de Matilde, com a calma que os anos lhe tinha trazido, pega nas meninas, pela mão, senta-as na 'chaise-longue' do quarto e pede-lhes que lhe contem tudo, desde o início, devagar, uma de cada vez.
Matilde olha de forma compremetedora para Samara. Esta toma folêgo e começa a narração das decisões tomadas pelos progenitores que conduziram às suas.
O casal, entendendo o drama de Samara, nem se mostraram surpreendido. Encontravam-se ao corrente destes hábitos, dos casamentos precoces e sem aprovação ou conhecimento dos envolvidos. As amigas, ao verem a reação tranquila dos adultos, indignam-se e reclamam uma qualquer ação.
O pai de Matilde, O srº Teles, homem ponderado e conhecedor da vida, promete a fala com Manolo, pai de Samara.
Como as horas do início das aulas se aproximava, ordenaram às meninas que se preparassem. Havia o pequeno almoço a ser tomado e depressa, o Srº Tavares as levaria, de seguida, à escola secundária que frequentavam, no nono ano.
Contrariadas, mas sem alternativa, fizeram o que lhes tinha sido determinado.
(continua)
olá. espero que não existam muitos casamentos arranjados, hoje em dia pois iria tornar muitas pessoas infelizes. Já nos casamentos normais, as pessoas pensam que amam a pessoa com quem se casam e passado uns meses, ou dois anos, pedem o divórcio...imagina num casamento arranjado. As pessoas têm o direito de serem livres. espero que te encontres bem. a viagem correu bem. beijos
ResponderEliminarIsto está muito bonito, com uma nova imagem...
ResponderEliminarcontinuo a gostar da história e continuo curiosa.*
Conseguiste prender-nos ao enredo...
ResponderEliminarQue sairá da conversa entre os pais?
Esperemos!
Beijos.
...e a narrativa remeteu-me para Camilo C. Branco.
ResponderEliminarO estilo coloquial que prende o leitor num diálogo vivo e a trama com os casamentos fora dos tramites normais.
E se "Era tudo muito bom" , agora está bom demais!
Parabéns Pérola! Está lindo o blog!
Beijinho
Fab!!!^^
ResponderEliminari love it ;)
xoxo
Continua o enigma :) venha a continuação!
ResponderEliminarBom aspecto :)
Ainda não li este post... mas não resisto em dizer que gostei do novo visual do teu cantinho!
ResponderEliminarBj.
Bonita transformação...e a música genial, mas gostava também muito daquele mar que enchia o ecran.
ResponderEliminarSobre este novo capítulo, é mais um que nos prende , desejando que venha a continuação.
Bjs :))
gosto imenso do novo visual aqui do cantinho (embora fique com saudades do som do mar). Os casamentos arranjados é das "tradições" que mais me faz confusão. Como é possivel "aprender-se a gostar de alguém?" até parece que estamos a falar de fruta ou legumes.
ResponderEliminarEsta tao giro o texto, parabens!
ResponderEliminarhttp://placequotehere.blogspot.pt/2012/07/life-has-funny-way.html
Ainda no outro dia falava com uma amiga dessa temática...Espero por ver o desfecho :)
ResponderEliminarBeijinho*
O drama está para durar!
ResponderEliminarEsta música liga bem com ele.
Como sairá samara desta embrulhada!