Passamos pela vida e as recordações vão-se acumulando. Iniciámos esta viagem desconhecendo apeadeiros, pausas, paragens e destino final.
No entanto, a bagagem vai aumentando, quer queiramos ou não. São experiências, pessoas que se atravessam à nossa frente, sentimentos em que tropeçamos.
Gostamos de pensar, que ao desejar, ao sonhar e tudo fazendo para que se concretizem, controlamos a nossa deambulação pela Terra.
E, assim, apegamo-nos ao considerado essencial e sofremos ou divertimo-nos com as nossas 'verdades' como companhia escolhida.
Acarinhamos o que carregamos dentro das 'malas' e sentimo-nos confiantes.
Até podemos ter saudades de coisas que perdemos, que passaram, de pessoas desencontradas ou desaparecidas.
Queremos acreditar que faz tudo sentido e a saudade pode ter um papel de ligação entre episódios desgarrados.
Neste percurso o que me é mais penoso é o desejo não materializado, a lembrança do sonhado, sem materialização correspondente.
Pois! A saudade do irreal pode doer mais, muito mais.
E porque carece de termo de comparação, a nossa imaginação, sendo o limite, não tem fronteiras, conduz a sentires desmesurados.
Amei!
ResponderEliminarMais um belo texto de reflexão!
ResponderEliminarE como tens razão: o pior é tudo que ficou por realizar, ou a sensação de deixar algo incompleto. Como chegar a meio ou ao fim de um livro e ver que as últimas páginas foram selvaticamente rasgadas, sem nos permitir ler o desfecho.
A única hipótese é imaginarmos esse desfecho. Lá terá uma vantagem: podemos sempre imaginá-lo um final Feliz. E sem as dores e atritos anexos à vivência real.
´Será uma pobre alternativa à realidade, mas deixa-nos ao menos essa liberdade.
Digo eu, que sou uma saudosista nata...Com algumas saudades do Pasado e bastantes saudades do Futuro.
Saudades presentes, Pérola! Continua assim!
Beijinho
A saudade do que nunca se teve ou nunca se fez é a pior!
ResponderEliminarEste pensador, viajeiro entre Sois
ResponderEliminarEsta Ave pousada em mil embarcações
Esbarco que passa sem vela ou remo
Esta arca repleta de vibrantes emoções
Esta mestiça flor de açafrão
Este ramo de espinhos cravados na mão
Esta alma que não ousa largar opinião
Este homem vestido de solidão
Bom fim de semana
Doce beijo
Eu sou muito agarrada ao passado, o que nem sempre é bom.
ResponderEliminarÉs uma verdadeira pérola na arte de refletir! O meu passado anda tão presente hoje em dia que preciso por vezes meter a cabeça dentro de água para o afastar...
ResponderEliminarBjs
Realmente filmes baseados em histórias reais tem muito maior impacto :) Vejo qualquer filme desde que não seja de terror. LOL
ResponderEliminarEu sei que sim. Mas só mesmo quando deixar de estudar é que me vou realmente aperceber do quanto estes tempos são os melhores!
ResponderEliminarMas obrigada pelas tuas palavras:)
Adorei o texto:)
ResponderEliminarGosto das reflexões que provocAS!lINDO!BEIJOS,CHICA
ResponderEliminar«A saudade do irreal pode doer mais, muito mais...»
ResponderEliminare esta viagem que encetamos pela Terra, não tem itinerário e, o bilhete, é só de ida... por isso, com pouca ou muita bagagem... façamo-la - apreciando o "real" e acarinhando o que de valor carregamos dentro das "malas"
Uma belíssima reflexão, uma verdadeira Pérola!
Beijinhos e boa "viagem" amiga :)
tenho um Q de nostalgia em mim, demoro para me desapegar de pessoas, coisas e situações, mas estou procurando mudar um bocado neste sentido.. amei o texto.. beijos mil e ótimo domingo..
ResponderEliminaradorei o texto
ResponderEliminarOlá Perola.
ResponderEliminarLindo, gostei muito.
Beijinhos grandes.
Gostei muito :)
ResponderEliminarBjs
Quem disser que não tem saudades...como eu invejo!
ResponderEliminarMas é tão bom ter saudades de tudo o que nos fez crescer, de tudo o que é uma fonte de novos saberes trazendo novas alegrias. Só quem passa pela vida , saboreando todos contrastes, tem a capacidade de dizer "saudade".
Muitos bjis Pérola