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domingo, 4 de novembro de 2012

Grito !

 
Não!
Não te vás!
Não me largues no teu cheiro, vazio de ti.
Não me prives da doçura dos teus lábios.
Não me abandones na baía gelada sem te ter como porto de abrigo.
Não me soltes a mão que imobiliza  sem o teu  toque.
Não pares de me olhar, norte de mim.
Não!
Não te vás!
Não desistas de inaudito amor, flor rara, insubstituível.
Não me desapropries do teu corpo, sustento imprescindivel.
Não!
Não te vás!
Não permitas que me perca em insustentável existência.
Não me ofereças  indiferença embrulhada em cortesia.
Não me recuses carinhos ansiados em gestos adivinhados.
Não!
Não te vás!
Não me tortures no silêncio, mergulho sufocante.
Não te afastes, levando-te.
Não me obrigues a calcorrear esta agonia que é a vida sem Ti.
Não!
Não te vás!

13 comentários:

  1. Linda poesia com pedido veemente! beijos,lindo domingo!chica

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  2. Mas tenho mesmo de ir, estou aflito para ir ao WC! Mas depois volto, ok? Beijoca!

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  3. Pérola,
    É um grito de desespero, um apelo, uma súplica muito sofrida.
    Gostei.

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  4. O poema é um grito em alto e bom som, mas não há homem nenhum que mereça uma entrega total...


    Minha querida, uma semana bem agradável lhe desejo

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  5. Um grito de desespero pelo amor perdido!

    Nunca "rastejaria" por alguém que me deixasse de amar...

    Beijos.

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  6. Adorei, apesar da tristeza que é ver alguém ir embora...

    Identifiquei tanto esse poema na minha pessoa(porque será?!)

    Enfim... Divino :)

    Beijinhos grandes

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  7. O grito é dele ou dela? ;) :)

    O amor está ou não associado (quase sempre) a algum sofrimento, dependência?

    Ai o amor

    ai o amor

    (... digo eu)

    Tudo de bom.

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  8. Muito obrigada pelas tuas palavras. Adoro chegar aqui e ler uma palavra amiga:)

    Como sempre, texto magnífico!

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  9. Este até hoje é o meu preferido ;)

    Beijinhos *

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  10. São mudas as neblinas nesta ilha
    É de pobreza o pão que alimenta o meu sentir
    Oiço o mar com os meus próprios dedos
    Parti do desencontro dos meus derradeiros medos

    Parti e deixei no cais mil dúvidas
    Lembrei tempos que corri feliz pelas amoras
    Nesses dias bebi sofregamente a vida
    Nesses dias a minha alegria era incontida

    Um radioso domingo


    Doce beijo

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  11. Não grita mais não
    Não adiante gritar
    Faz sofrer o coração
    O amor está a chegar?

    Não desistes, continua
    A procurar o que desejas
    Não te percas na rua
    Que sempre feliz sejas!

    Beijinho
    Eduardo.

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  12. Um grito sentido e belo e muito bem escrito!
    Mass já vejo que as nuvens continuam... ai ai que tenho mesmo de de ir puxar as orelhas! ;))
    Bjo

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"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido."
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"O escritor original não é aquele que não imita ninguém , mas sim aquele que ninguém pode imitar."
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"Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve."
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