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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Negro Profundo ( 20 )

Apesar da dor pela perda da mãe, Samara descobriu um contentamento inabitual em si. Voltara a embrenhar-se nos estudos, mas desta feita o Sol parecia sorrir-lhe. O exemplar aproveitamento escolar continuava. Contudo, acordava com uma boa disposição que a motivava.
Relembrava mais vezes do que desejava a mãe e toda a sua juventude conturbada.
No entanto, os telefonemas  de Luís deixavam-lhe o coração acelarado.
Em virtude dos irmãos Tavares se encontrarem todos a estudar em Lisbos bem como Matilde e Samara, os 'Cinco' da infância reuniam-se pelo menos uma vez por semana na cidade onde residiam no tempo de aulas, Lisboa. Era como o conforto e carinho de casa marcasse presença.
Haviam crescido juntos e sentiam-se família.
Matilde foi a primeira  a notar a alteração no relacionamento dos amigos. Sentia uma Samara mais envergonhada e um Luís, habitualmente grande sonhador, particularmente terreno e sempre preocupado com Samara.
Após a declaração de Luís, o comportamento de ambos tinha-se alterado como era de esperar.
Luís fragilizado, pela sua exposição, em tudo tentava cativar Samara. Esta deixava-se hipnotizar pelo seu amigo de sempre, porém a experiência conselhava-a prudência.
O ciclo académico acabou com aproveitamento e as pequenas férias serviriam para breve descanso e o retornar às Mimosas, lar sempre saudoso.
(continua)

8 comentários:

  1. Mimosas ou acácias como se diz por aqui no meu rural
    kis .=)

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  2. Será que o Luis vai mesmo conquistar o coração de Samara....
    Vou esperar....
    Beijinhos .....

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  3. Olá Pérola.
    Já estive a ler alguns que tinha perdido para trás e estou a gostar muito da história, muito bem escrita.
    Beijinhos grandes.

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  4. O receio de uma possível "descriminação", dado o teor dos sentimentos de ambos,
    torna Samara, cautelosa!

    Beijos.

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  5. Ai que me soube a pouco!
    Mas isto está a desenrolar bem!
    Continua. Já te respondi lá.Coisas de muito trabalho e pouca saúde.

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