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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Negro Profundo ( 22 )

Não fossem os braços e as mãos fortes de Luís e Samara desmaiaria mesmo ali. A constatação atordoara-a.
Luís preocupado, pega-lhe ao colo e senta-a no  banquinho debaixo da frondosa tília.
Refeita da certeza que a abalara, sorri-lhe. Afaga-lhe a cara e deixa-se beijar. Luís, em êxtase profundo, não querendo acreditar em tamanha felicidade, prova-lhe os lábios primeiro a medo. Depois, sente a vontade de Matilde e colam as bocas em ternura húmida. Repetem os carinhos  há tanto ansiados.
Em pausa de suspiros Luís atreve-se a declarar o seu amor. Sussura-lhe 'amo-te' ao mesmo tempo que lhe mordisca a orelha. Samara entrega-se e faz dele as suas palavras correspondendo de forma inequívoca.
Entrelaçados dirigem-se à zona favorita de Samara, um camarachão repleto de lindas trapadeiras e pintalgado de cores em flores de variadas formas.
Aproveitam o atapetado relvado e deliciam-se rolando na frescura progredindo em toques cada vez mais ousados e apetecidos.
Beijam-se,  olham-se, sentem-se e respiram-se.
O Mundo parou. Naqueles momentos existia uma entidade constituída por Samara e Luís. Em uníssono. Completa harmonia de corpo e almas.
Entregam-se na totalidade na certeza do seu amor e como culminar de quereres ignorados.
Nem dão pelo tempo.
Ouvem chamá-los.
Voltando à realidade, ajeitam-se sorrindo como crianças marotas e respondem que estão a ir.
 O almoço estava servido.
(continua)

3 comentários:

  1. Gostei imenso do texto e espero pela continuação :)

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  2. Malandrecos...

    Vou passando para te acompanhar nesta história.

    beijinho**
    Bom fim de semana

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  3. Estou a gostar muito da historia. É romântica.
    Beijinhos grandes.

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"O escritor original não é aquele que não imita ninguém , mas sim aquele que ninguém pode imitar."
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