Furtada nas desoras da sede esfomeada do desejo, abandonou-se ao cárcere sem reservas.
Conduzida por veredas que sussurravam o seu nome.
Palavras que lhe recordavam o corpo mergulhado nela.
Pressentia a pele arrepiada entre gemidos acorrentados em doces demoras.
Absorvia-se, envolta em ternura, no vácuo do tempo.
Adivinhava cada átomo seu na descoberta das partículas dele.
Cativa na emoção da masmorra acolhida.
Perdera-se!
De Si!
Por Si!
Não ousava achar-se.
Não queria!
Não podia!
Na penumbra a névoa do arrebatamento tomava conta de cada poro.
Murmurava vontades indomáveis que ele abrigava como se fossem suas.
Rebeldes, fugindo ao tempo, ocultos pelo abrigo, enclausurados.
Prisioneira voluntária, caprichosa, teimava na delonga do véu da paixão.
Ansiava mais, por mais...
Mas . . . o Sol veio libertar as horas e soltou-lhe os grilhões.
Os sentidos despertavam no tempo alterado.
Vagarosamente, desenergizada, num torpor apetecido, acordava no morno perfumado de odores inebriantes.
Espreguiçava-se lentamente, de olhos cerrados.
Recusava-se a pactuar com a medição dos momentos que a convocavam para a vida.
Vida?
Quem lhe dera continuar no limbo da cadeia onde fora Ela, na nudez da sua essência.
Prisioneiro num sítio
ResponderEliminarGostaria eu de estar
No calor, não no frio
Junto de quem não digo
De noite ao luar!
Muito bom seria
Estou a imaginar
Prioneiro por um dia
Só, não quero ficar!
Obrigado Pérola amiga
Serias tu a prisioneira
Te iria libertar acredita
Para a vida inteira!
Boa quarta-feira e um beijo para ti.
Eduardo
Quantas vezes somos verdadeiros cativos de nós próprios...amei!É sempre um gosto visitar-te!
ResponderEliminarBjs
Maria
Um bonito texto!
ResponderEliminarAcho que ela está a precisar de comprar um GPS...
ResponderEliminarlindo :)
ResponderEliminarMuito lindo Pérola!Um texto para ser lido várias vezes.
ResponderEliminarbjs.
Carmen Lúcia-mamymilu.blogspot.com
Gostei muito ;)
ResponderEliminarBeijinhos
Muitas vezes somos nós a construir a nossa própria prisão e depois não nos conseguimos libertar. AdoreI
ResponderEliminarBeijinho
E não somos, fomos ou seremos um dia todas nós prisioneiras?
ResponderEliminarÉ muito bom, chegar aqui e deliciarmo-nos com este lindo texto.
ResponderEliminarBeijinhos
A prisão mais difícil de suportar...aquela a que nos sujeitamos, no nosso interior.
ResponderEliminarBeijito.
Lindo... Já tinha saudades de te visitar. estes dias nem tenho tido uns minutos para te ler...
ResponderEliminarE ler-te faz-me sempre tão bem...
Uma dependência, qual droga, que faz sofrer!
ResponderEliminarBeijinhos.