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segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Ciclo da Água



Diluída na imensidão do  espelho de água,
brinco,
alheia à minha individualidade.

O Sol estende-me os braços e,
no seu aconchego,
deixo-me ir.

Sou vapor gasoso ao sabor do vento.
Chamam-me Gotinha de Água.

Acedo ao convite,
tornando-me moradora da nuvem.

Brincadeiras metamorfoseadas por céus indiferentes.
Escalando atmosferas, sinto frio.

De branco vestida,
transponho porta aberta.

Renasço em voo apetecido, soprada pela brisa.

Deixo-me desabar em jardim florido.

A temperatura transforma-me em gotícula liquida
que te molha o nariz.

Estendes a língua sequiosa,
saciando-te no meu ser.



11 comentários:

  1. «Renasço em voo apetecido..»..adorei...como de costume.
    Bjs
    Maria

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  2. Mesmo digno da suavidade de uma gota... Gostei muito...
    Beijinho amigo

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  3. Olá Pérola!
    Que gotinha deliciosa! Toda ela leve, airosa e saltitante.
    Uma doçura de poema!
    Beijos.
    M. Emília

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  4. Hummmmmmm...gotinha intensamente deliciosa!

    Beijinhos.

    ResponderEliminar

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