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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Perdidos


Navega-se em mares ínsipidos
de céu enssombrado.

Vidas à toa.

Sem estrelas guia,
norte ou rumo.

Soltaram-se os motores de nós há muito.

Perdidos em nudez desesperançada.

Ao sabor da corrente,
impulsionados por ventos contraditórios,
busca-se o ser.

Ao embater no rochedo da Vontade,
sorriem possibilidades.

Perdidos por mote próprio,
escolha (im)ponderada.



terça-feira, 30 de julho de 2013

No Amor


Porque me chamas de amor
se sabes que morro no som de cada letra?

Porque me dás amor
se conheces a minha dependência doentia?

Porque me fazes amor
se tens a noção do meu desfalecimento?

Porque me salpicas de amor,
em gotas que escorrem do teu toque, se me afogas?

Porque me silencias em beijos de amor
se sabes que me é premente falar outras linguagens?

Toma-me como teu amor
na inteireza de mim.

Nada deixes de fora
na ânsia do amor.



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Tudo Pára

E porque há momentos em que o tempo deixa simplesmente de existir...Pára.

Uma canção bem velhinha e lamechas, quiça pirosa, mas não deixa indiferentes corações apaixonados.

Boas Férias!


Tudo Pára
Roberto Carlos

"Quando a gente fecha a porta tanta coisa se transforma 
Tudo é muito mais bonito nessa hora 
Entre os beijos que trocamos pouco a pouco nós deixamos 
Nossas roupas espalhadas pelo chão 
E é tão grande o amor que a gente faz 
Que em nosso quarto já não cabe mais 
Pelas frestas da janela se derrama pela rua 
E provoca inexplicáveis emoções

Tudo pára quando a gente faz amor 
Tudo pára quando a gente faz amor 
Porque alguma coisa linda invade os corações lá fora 
Tudo pára quando a gente faz amor

As pessoas se sorriem e se falam 
Se entendem e se calam no fascínio desse instante 
Passarinhos fazem festa nos seus ninhos 
No momento em que sozinhos somos muito mais amantes

E é tão grande o amor que a gente faz 
Que pelas ruas já não cabe mais 
Se eleva pelos ares, toma conta da cidade 
E felicidade é tudo que se vê

Os sinais se abrem mas ninguém tem pressa 
E o carteiro olhando o céu esquece até da carta expressa 
Silenciam-se as buzinas, os casais fecham cortinas 
E o mar se faz mais calmo por nós dois

E é tão grande o amor que a gente faz 
Que até os absurdos são reais 
Pára o bairro… e a cidade nessa hora tão feliz… 
E é tanto amor que pára até o país

Tudo pára quando a gente faz amor 
Tudo pára quando a gente faz amor 
Porque alguma coisa linda invade os corações lá fora 
Tudo pára quando a gente faz amor

Tudo pára quando a gente faz amor 
Tudo pára quando a gente faz amor 
Tudo pára, tudo pára 
Tudo pára quando a gente faz amor 
Tudo pára"




domingo, 28 de julho de 2013

Aceitam-se Sugestões !

sugestão 
s. f.
1. Acto ou efeito de sugerir.
2. Estímulo; instigação; inspiração.
Dic. Priberam


Eis a minha sugestão para os tempos de férias.
Para mim um sonho.

E as vossas ? ? ?


sábado, 27 de julho de 2013

Das Cores


É um facto que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, optimistas, outras serenas e tranquilas, entre outros.


Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas.

É possível pois, compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber informações.

Vejamos alguns exemplos de cores e sua simbologia:

O preto está associado à ideia de morte, luto ou terror, no entanto também se liga ao mistério e à fantasia, sendo hoje em dia uma cor com valor de uma certa sofisticação e luxo. Significa também dignidade.
O branco associa-se à ideia de paz, de calma, de pureza. Também está associado ao frio e à limpeza. Significa inocência e pureza.
O cinzento pode simbolizar o medo ou a depressão, mas é também uma cor que transmite estabilidade, sucesso e qualidade.
O Bege é uma cor que transmite calma e passividade. Está associada à melancolia e ao clássico.
O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou o poder.
O Vermelho escuro significa elegância, requinte e liderança.


O Verde significa vigor, juventude, frescor, esperança e calma.
O Verde-escuro está associado ao masculino, lembra grandeza, como um oceano. É uma cor que simboliza tudo o que é viril.
O Verde-claro significa contentamento e protecção.
O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. É pois uma cor activa que, significa movimento e espontaneidade.
O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. É pois uma cor activa que, significa movimento e espontaneidade.
O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a mais fria das cores frias.
O Azul-escuro, é considerada uma cor romântica, talvez porque lembre a cor do mar, no entanto é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia.
O Azul claro significa tranquilidade, compreensão e frescura.
O Castanho é a cor da Terra. Esta cor significa maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade.
O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito.
O Lilás, significa espiritualidade e intuição.
O Rosa significa beleza, saúde, sensualidade e também romantismo.
O Rosa claro está associado ao feminino. Remete para algo amoroso, carinhoso, terno, suave e ao mesmo tempo para uma certa fragilidade e delicadeza. Está ainda associado à compaixão.
O Salmão está associado à felicidade e à harmonia.
 O prateado ou cor prata é uma cor associada ao moderno, às novas tecnologias, à novidade, à inovação.
O Dourado ou cor ouro está simbolicamente associado ao ouro e à riqueza, a algo majestoso.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

À distância . . .

"Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia. "
Fernando Pessoa

Na distância do vazio percorrido
toco o vazio da saudade
em esperança de te sentir.

Ergo a mão para te acariciar
ou aquecer-me na tua pele morna.

Em expectativa gulosa,
da tua presença logo aqui.

Fecho os olhos e visualizo teu olhar,
a tua silhueta, o teu corpo magnético.

Sinto a tua falta,
dos teus sorrisos, da meiguice ternurenta
e não menos da loucura animal.

Povoas os meus pensamentos,
habitas nos meus sonhos.

E o vazio do caminho,
à distância de um tempo,
fica impregnado de ti.

A lonjura esvai-se 
com a tua voz quente a ecoar no vento,
na lembrança dos teus beijos ardentes,
no flashback do amor interminável.

Na demora de epílogo marcado
conto instantes ritmados
ao sabor da nostalgia sôfrega
que teima em continuar.




quinta-feira, 25 de julho de 2013

Homens !

"Historicamente os homens não sabiam o que as mulheres queriam dele.
Hoje são as mulheres que não sabem aquilo de que os homens precisam"

(Autor -  Céu e Silva , João Fonte: Notícias Magazine (DN) / 20031019)

Que a maioria dos homens andem perdidos no que as mulheres gostam ou pretendem deles parece-me facto histórico.
Ainda nos dias de hoje se continuam a vender-se  manuais como comprender o Universo feminino.

Valem-nos os homens que atingiram a iluminação.
E no final, somos tão fáceis de entender.
Basta poder de observação e sensibilidade.

Bem hajam os homens que se dedicam com sucesso às suas irmãs de espécie.
Nem livros são necessários.

A matéria está toda no dia-a-dia, em qualquer relação homem/mulher mesmo entre desconhecidos.
A tal linguagem corporal, os sinais estão todos lá. 
Basta  sair de si.
Tudo pode conter fonte de informação e conhecimento.

O que me deixou pensativa foi a segunda afirmação do João Fonte.

Então, as mulheres andam distraídas, demasiado ocupadas?
Não sabem aquilo que os homens precisam?
Sempre souberam, na grande maioria dos casos.

Qual foi a alteração?

Homens blogosféricos, elucidem-me: afinal quais são as vossas verdadeiras necessidades?
E, as meninas sabem ou já se esqueceram?



quarta-feira, 24 de julho de 2013

No Choro . . . Um Pedido !



Enxuga-me o rio salgado
que fez leito no meu rosto.

Seca-o no quente do teu hálito.

Sorve-me esta água salgada
em beijos sequiosos.

Suaviza a minha pele húmida
com teus lábios de veludo.

Busca-me para lá desta lamúria,
resgata-me de tristeza chorosa.

Afoga-me as lágrimas sofridas,
mata-me a dor.

Mostra-me o teu sorriso,
e reconquista-me a alma 
perdida em ribeiros dispensáveis.



terça-feira, 23 de julho de 2013

Sou Tua !


Rodeada de ti, prisioneira de mim.

Como maré enchente
foste invandindo-me
em carinhos molhados.

Cativa das tuas mãos, 
que me agarram,
explorando poças e dunas 
de contornos que fazes teus.

Entrego-me à onda do teu desejo.
Ofereço-me ao teu vigor apetecido.

Sou Tua!

À deriva na corrente da tua vontade.

Embrulha-me na tua maresia embriagadora.
Rasga-me o ser fundindo-te em mim.

Desfaz-me em gotas de luxúria
e banha-te no meu querer desmedido.

Degusta-me polvilhada de canela salgada, pois Sou Tua !






segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pérolas da Gruta Na Arrábida



Descobri que existem Pérolas da Gruta na Serra da Arrábida (Setúbal).

Já moro por aqui há algum tempo e desconhecia estas pérolas de gruta.

Nem sabia da existência de grutas lindíssimas na região.

Por vezes precisamos de ser turistas para apreciar e conhecer as raridades de uma região. '- Mea Culpa' -

Pois bem, e o que são estas preciosidades ? Como se formam?

Uma coisa é certa, não resultam de inflamação na ostra.

Explicação: A água goteja com força nas poças, precipitando a calcita que vai revestir pedaços de matéria estranha, como areia, fragmentos de ossos, ou até mesmo canudos para refrigerante. Assim, com a aderência gradual da calcita, forma-se uma pérola.

Tal como acontece na referida ostra, há uma matéria estranha como um grão de areia que vai sendo revestido pela natureza com tempo...muito tempo.

Seja lá como for, a pérola é sempre a intrusão transformada em algo belo, cujo valor tem por base o tempo. 

Ostra Feliz Não Faz Pérola.
Rubem Alves
Não sei bem o porquê, mas parece-me que o meu nome não é à toa. 
Sou uma felizarda por gostar tanto assim da minha denominação.



domingo, 21 de julho de 2013

A que sabem os meus lábios?


Às vezes com travo de saudade,
outras de doce paladar sonhador.

Os meus lábios sabem à ternura
com que os procuras.

Temperados de desejo são festim apetecido,
banquete interminável de beijos devoradores.

Na surpresa, são goluseimas infantis
lambuzadas de tutti-frutti.

A maioria das vezes sabem, tão somente, a Mim !






sábado, 20 de julho de 2013

Em Encontro . . .



A perna oscila em balanço enervado,
na impaciência do tempo ritmado.

A antecipação pisca-me o olho,
impossibilitando-me a morada no presente.

Que nervos!

Sou fantasma de sombras passadas,
irrealidade do Agora e sonho Futuro.

No embargo da garganta,
as sílabas do teu nome libertam-se.

Recomponho-me na inspiração adocicada da tua proximidade.

O instante combinado mterializa-se no teu sorriso.
Sair de mim em abandono incontrolável.

Com desejo, toco-te ao acaso, trilhando-te o corpo.

Acolhes-me em segurança saudosa.
Desvanecem-se inquietações, pressas.

Extingue-se o tempo.
Passamos a habitar eras sem data,
séculos de eternidade.

Em voo sincronizado de espíritos carnais,
somos amantes fugidos
em pleno banquete insaciado na procura do encantamento...


sexta-feira, 19 de julho de 2013

No teu carossel




Giro no carossel onde me sentaste.
Suavemente colocaste-me as proteções.
Depositas um beijo sorridente nos lábios
e tranquilamente sossegaste-me:
'-Vais gostar!'

Inicialmente o vento ameno no rosto
afigurou-se como o toque dos teus dedos.

Na sensação de voo baixo,
o arrepio era abraço teu.

O borbeletar no estômago
transportava-me para outros locais.

Agarrei-me nas correntes e saí de mim.
De olhos apertados,
em plena liberdade,
imaginei . . .

. . . que te colaras a mim,
em fusão enlaçada de fronteiras indefinidas.

O ser de mim repirava no teu ser
em circuitos de polaridades congruentes.

Adicionaste a velocidade
na perdição total.

Completamente rendida
tomaste o comando do teu carossel
onde entonteci feliz,
enlouquecida no alvoroço movimentado.

A fugacidade do momento arranca-me
do são desnorte.

Apetece-me dar mais uma volta, deixas ?