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sábado, 14 de dezembro de 2013

Pelos ares . . .



De temperamento alado,
sou de linhagem sem filiação.

O vento semeou-me pensamentos
em esvoaçares sem lei.

O mar salgou-me penas,
de inconveniente condição.

Construí ninho com instáveis espantos,
em ambíguos voos.

Sou ave ferida
em cicatrizes tatuadas no tempo.

Estranho espécimen 
em bando extraviado.

Elevo-me em atmosferas rarafeitas,
pelos ares do sonho.

Privada de asas,
soltam-se lágrimas que choram em terra.

Pérola


9 comentários:

  1. Diana Fonsecasábado, 14 de dezembro de 2013 às 15:04:00 WET

    Que os ferimentos sarem, sempre.

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  2. Edum@nessábado, 14 de dezembro de 2013 às 15:26:00 WET

    Sem asas a voar...
    De certeza vai cair
    Só no teu imaginar
    Essa ideia podia vir!

    Lágrimas na terra deixou!
    Escreve lindos poemas
    Porque voar sonhou
    Ave sem penas!

    Bom fim de semana para ti amiga Pérola.
    um beijo. Eduardo.

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  3. mﾑ尺goんsábado, 14 de dezembro de 2013 às 15:40:00 WET

    [ tem-se momentos que vêm cobertos de lâminas que cortam à sua passagem]

    beij0

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  4. Cidália Ferreirasábado, 14 de dezembro de 2013 às 16:24:00 WET

    Fabuloso! Embora triste mas belo

    Beijo, bom fim de semana

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  5. MDRoquesábado, 14 de dezembro de 2013 às 16:27:00 WET

    Melancólico e belo. Beijinho querida. D

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  6. Laura Santossábado, 14 de dezembro de 2013 às 17:00:00 WET

    Um ser de temperamento alado nunca pode ficar privado das asas.
    Um poema belíssimo!
    xx

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  7. CrisFonsecasábado, 14 de dezembro de 2013 às 22:28:00 WET

    Nossa.. que linda maneira de expressar e falar das coisas da vida...
    Belissimo! parabens!!

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  8. José Carlos Sant Annasegunda-feira, 16 de dezembro de 2013 às 17:27:00 WET

    A estrada é sempre infinda, tenhamos ou não asas. Eu sei que o saber não cabe em qualquer lugar, mas as imagens cabem perfeitamente no poema. São bem construídas...
    Beijos, Pérola!

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  9. Beatriz Bragançaterça-feira, 17 de dezembro de 2013 às 14:56:00 WET

    Minha querida
    Eu espero que «essa ave» se cure com a máxima brevidade.
    Se «Era tudo muito bom» tem de continuar a ser.
    Parabéns por esse poema que é uma pérola bem preciosa.
    Uma excelente semana.
    Um Santo
    Beatriz

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