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domingo, 13 de abril de 2014

. . . confusa . . .



Há palavras que se apertam
na boca selada pelo silêncio.

Sou campo de batalha visceral
em conflito com a normalidade.

Pesam-me os excessos
de sílabas, entoações e pontuação.

Grito mudez em quietude adoentada,
invisível na dessemelhança de  mim.

Renego-me e fujo em pés pesados,
corpo carregado do que não disse.


Sei da recusa de regularidades carrascas,
mas desconheço caminhos únicos, só meus.

Pesam-me pensamentos,
este amor que não sei pegar,
as letras que me habitam.

Povoam-me singulares vontades
em pluralidades que me impedem
de ser normal.

Assim,
encho-me em engordas suicidas.

Nutro-me do íntimo,
prisioneira (en)farta(da),
quando só me quero soltar.


25 comentários:

  1. Dentro do teu peito escondido!
    Quem por ti esperava não vistes
    O coração com medo do conflito
    Para onde não sei fugistes!

    Volta de pressa não te escondas!
    Nada resolves dessa maneira
    Porque é que tanta a teimas
    Em ser assim tão aventureira!

    Pérola, bom domingo, um beijo
    e continua com as tuas aventuras.
    Eduardo.

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  2. O peso de nós torna-se tantas vezes insustentável , como a leveza do ser... Bonito !
    Beijo

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  3. Boa tarde,
    O peso que transportamos são os sonhos irrealizáveis, como descarregar ou aliviar o peso? "pergunto eu."
    Dia feliz
    ag


    http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

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  4. Isto está muito, muito bom... Os meus sinceros parabéns! :)

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  5. Belos estes dizeres, ademais em quadras com boa rima. Sempre gostei desta poesia espontânea, tem um certo encanto.
    Feliz Domingo
    Besos

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  6. Fiquei um pouco sufocada, embora tenha gostado muito de mais um poema seu, Perolinha.
    Beijos e bom domingo,
    Renata

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  7. Ser normal é a coisa mais anormal que pode existir.
    Um poema muito bonito!
    xx

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  8. Carregamos pesos dos quais dificilmente nos libertamos!

    Magnífico!

    Beijinhos.

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  9. Oi Pérola

    Se fôssemos todos normais e iguais, aí não teria graça.
    O que me fascina são as diferenças
    Beijinhos
    Lua Singular

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  10. Olá Pérola

    Que delicia de poema...Amei.

    Beijinho

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  11. São as diferenças que nos distinguem dos demais ,lindo momento beijinhos

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  12. Está muito bom! Adorei.

    Muito obrigada por seguires o meu blog, também estou a seguir o teu :)

    Beijinhos*

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  13. O teu poema mostra que nem tudo, afinal, é assim tão bom...
    Mas gostei do que li.
    BEIJO.

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  14. Os pesos vamos deixando ao longo da vida...
    Beijo Lisette.

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  15. R: Sem dúvida, mas o meu coração parece ter fugido e eu não o consigo encontrar... talvez esteja em Paris :)

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  16. São tantas, as peripécias do amor!
    Tantas, que resultam em belas poesias...assim!
    Beijo, Pérola,
    da Lúcia

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  17. Shakespeare também não resolveu essa questão: ser ou não ser. Questionar-se é próprio do sujeito. E este é o dilema do sujeito que, por extensão, o leitor identifica como o questionamento do poeta e não apenas do sujeito de enunciação, em particular na poesia. Contribui para essa simbiose a presença da primeira pessoa. Mas o poeta carrega as dores do mundo, assim, pois, ainda que grafado na primeira o drama, o conflito nele delineado não diz apenas de si mesmo, mas incorpora o(s) leitor(es) que carrega(m) dúvidas semelhantes. Ao fim ao cabo, o poeta fala de si para falar aos outros, despertando-os também para as suas dores.

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  18. Um poema poderoso a condizer com a "estranheza" da imagem. :)

    Beijinhos.

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  19. Ter dúvidas e indefinições é próprio do ser humano.

    Uma boa semana.
    Beijinhos

    PS - Hoje há post novo na minha «CASA».

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  20. Querida Pérola
    Há uma frase célebre que diz: O melhor é o que fica por dizer!
    Nos eu caso, não podemos desperdiçar nada,tal é a riqueza e beleza do que diz e como diz!
    Não se inquiete! Escreva sempre!
    Muitos parabéns.
    As suas composições são melhores, dia após dia.
    Beijinho
    Beatriz

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  21. Além do questionamento, sempre transversal a quem escreve, relevo: as palavras são portadoras de memória, são pedaços de vida. E estão dentro do nosso pensamento. Logo, só podemos ser seres de contrastes permanentes...
    E não se pode ser normal, de todo!

    Gostei imenso do poema, Pérola.
    BJO :)

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"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido."
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"O escritor original não é aquele que não imita ninguém , mas sim aquele que ninguém pode imitar."
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"Os homens gostam das mulheres que escrevem. Pensam-no, mas não o dizem. Um escritor é um país desconhecido."
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"Escrever é como fazer amor. Não te preocupes com o orgasmo, preocupa-te com o processo."
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