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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

sem mãos


Faço o mundo
com uma mão cheia de nada
e outra vazia de tudo.

Tenho na mão
um punhado de alguém,
flores de outras sementeiras,
pedaços de outras partes.

Floresço-me por entre dedos
nascidos por aí,
em raízes íntimas
da natureza em germinação.

Sou-me vida bravia,
perdendo-me e achando-me
na palma da mão,
minha ou, talvez, não.

19 comentários:

  1. Quanta sensibilidade *-* muito bonito mesmo!

    beijo
    beinghellz.com

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  2. Tão giro =)
    Gostei. Achei musical.

    Sim, vou casar. Se nada houver em contrário.
    No final do Verão sim, mas do ano que vem =)

    Tens mais posts com pormenores no blog =)

    Beijocas

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  3. Lindos poemas!
    Obrigada pela visita!
    Bjs e ótimo fim de semana!
    http://dedeartes-denise.blogspot.com

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  4. Uma pérola para juntares a tantas outras.


    Beijinhos
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  5. Estou juntando as mãos para, achando-a, não perdê-la, depois de entretê-la entre as falanges...
    Beijos,

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  6. Um poema bem lindo e maravilhoso!! Gostei imenso!! A imagem é formidável,excelente fim-de-semana para ti,fica bem querida!!

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  7. Um excelente poema que é uma interrogação ou talvez não.
    Quantas vezes perdemos o fio da vida por entre os dedos.

    Um beijinho Pérola

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  8. Finalmente recuperei o tempo para visitar alguns blogs... depois de tanto tempo ausente, continuo a gostar de ler e sentir as tuas palavras.
    Beijinhos e bom fim de semana.

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  9. A sua poesia é sem dúvida uma pérola.
    Gosto bastante, amiga.

    Desejo que se encontre bem.

    Bjs.e bom fim de semana.

    Irene Alves

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  10. A dualidade do tudo-nada, que tanto nos obriga a crescer e a perceber o que temos. É um constante levantar voo e descer à realidade.
    Adorei, como não poderia deixar de ser!

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  11. Gostei do poema e da foto que o acompanha..
    Beijinhos bom resto de domingo
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"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido."
Jules Renard

"O escritor original não é aquele que não imita ninguém , mas sim aquele que ninguém pode imitar."
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"Escrever é ter a companhia do outro de nós que escreve."
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Marguerite Duras

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