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terça-feira, 4 de outubro de 2016

presa



São laços de veludo
que me prendem,
vermelho escarlate
ou púrpura divino,
não o sei.

Limitam o vento,
e a chuva 
que cantam
lá fora,
onde não chego.

Quero lançar
minhas pétalas
ao espaço,
em vácuo
que me será casa,
onde me preencho 
e serei completa.

São correntes
enlaçadas,
ferrugem amaciada no tempo,
ilusão da suavidade
de cadeado por  abrir.

Estou presa em mim, 
algema em veia
a passar-me no coração.

Pérola


17 comentários:

  1. Maravilhoso. Lindo de mais!

    Beijinhos
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Linda construção/inspiração destas amarras que temos e nem sempre sabemos como desatá-las nesta longa jornada.
    Abraços Pérola.

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  3. Confesso que estranhei a imagem forte, agressiva, e a primeira estrofe nessa poesia em que as amarras são de fato insuperáveis, mas não pela força e sim pela profundidade do sentimento. Depois, veio a quarta estrofe, e me recompôs o pensamento. Em todo caso, ser prisioneira de seu próprio sentimento é uma amarra e tanto! Beijo

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  4. Sempre belíssima querida amiga ,palavras sábias num lindo poema ,muitos beijinhos no coração.

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  5. Amarrada em ti e no teu peito,
    Não deixas sentir o tal viver.
    Essa liberdade é um defeito
    Que terás, por certo, remover.


    Beijo
    SOL

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  6. Adorei a poesia
    Temos retirar as amarras e ser feliz
    Beijos no coração
    Lua Singular

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  7. Gostei do toque de veludo destas amarras.
    Brisas doces*

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  8. oi Pérola,

    Os versos fluíram livres do calabouço da poeta em belas metáforas.

    *beijos

    ☆blog Contos da Rosa☆

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  9. Quantas vezes me sinto assim " Presa de mim"
    Lindíssimo poema
    Beijinhos
    Maria

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