Erguem-se paredes,
fecham-se jardins,
esgotam-se ares
na masmorra de me ser.
Soltam-se cheiros a bafio,
passados trancados,
entre quatro paredes
onde a respiração
se dificulta.
Sei duma nesga,
pequena janela
do lado de fora
onde o ar é puro
e o perfume das flores
me fazem sonhar.
Quero rasgar
esse pequeno nada,
esventrar a brecha
com unhas,
dentes,
e tudo o que me restar.
Viro-me do avesso,
procuro forças
em busca desse lado de fora,
porque,
por aqui,
tudo é escuro,
tudo é fechado,
em asfixias
onde perco a consciência,
a vontade de me ser.
Fechadas portas,
acessos
e travessias,
há que transcender
a ausência de luz,
tem de ser . . .
O seu escrito é tão forte e real que até se torna claustrofóbico.
ResponderEliminarBoa semana
Uma pessoa repete-se tanto. É bonito!
ResponderEliminarBeijocas
Rasgue-se. Vire-se do avesso. Procure a luz para esquecer as sombras...
ResponderEliminarGostei muito do poema.
Uma boa semana.
Beijos.
Maravilhoso momento querida amiga que transcende para lá de toda a escuridão ,beijinhos querida amiga muitas felicidades
ResponderEliminarMais uma verdadeira pérola poética! Amei
ResponderEliminarBeijos e uma excelente semana
.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Querida Pérola.
ResponderEliminarTenha um ótimo ano.
Um beijo!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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ResponderEliminarEspera pelo porquê?!!!
ResponderEliminarSolte as amarras e navegue ... na sua corrente!