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terça-feira, 30 de abril de 2013

Eu . . . SOU . . .



SOU . . .
vulcão que desperta inesperadamente,
vomitando mel ou fel
consoante o sono.

SOU . . .
gaivota magoada na tempestade,
sobrevoando o mar de calmaria
ou encapelado no vendaval da maresia.

SOU . . .
grito sufocado na garganta
estrangulada em aprendizagens
arrastadas ou expontâneas.

SOU . . .
folha soprada pela vontade,
baloiçando ânsias ou fantasias
ao sabor da dúvida.

SOU . . .
menina criada na sépala da flor,
ora espreitando ora vestindo timidez,
provando do 'Ser'.

SOU . . .
boca cerrada palradora
com lábios ávidos, húmidos
na espera das sílabas de mim.

SOU . . .
ferida salgada na pele que dói,
na sombra da cicatrização
que tarda a ganhar corpo.

SOU . . .
remoinho de águas calmas
no olhar cristalino
permitindo-me a transparência.

SOU . . .
a viagem do ontem no presente
habitando a contradição
desarmada e impotente no regresso.

SOU . . .
alma penada, espírito errante,
na demanda de segredo almejado,
mistério encriptado na minha ignorância.

SOU . . .
amálgama celular, desordeira na espécie,
absorvendo calor da gélida sabedoria
percorrendo tormentas no trilho biológico.

SOU . . .
correria imóvel em cárcere florido
no descanso agitado da hibernação
de fadas provocadoras do meu destino.

SOU . . .
desgraça trágica mergulhada
no humor da felicidade transvestida que se banha
na lagoa profunda do 'Porquê'.

SOU . . .
raiva amorosa espelhada
em estilhaços incontáveis
do espelho de mim.

SOU . . .
céu ou inferno
rebolando-me em pronome
que não quer ser 'EU'.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Os músculos . . . Divagações !

Diz a wikipédia que os músculos:

"São os responsáveis pelos movimentos voluntários; inserem-se sobre os ossos e as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo. 
Os músculos constituem aquilo que vulgarmente se chama a "carne". "


Fazem parte de nós como água. 
Impossível humanos(as) sem eles.
Percebida e importância deste tipo de células na nossa anatomia, olhemos para eles duma forma mais superficial, aquela que transparece a olho nu, debaixo da pele.


Ao longo da história o género masculino sempre se destacou pela força e musculatura mais desenvolvida em relação à sua companheira de espécie. 
Os mais saudáveis, possantes e rijos venciam batalhas, destacavam-se nas caçadas e os seus genes ganhavam maior probabilidade de sobreviverem devido ao sucesso entre as fêmeas.

O Homem evolui -dizem- e atualmente já poucos são os trabalhos que exigem grande esforço físico.
Poder-se-ia que o desenvolvimento muscular seria coisa em desuso, um pouco como os dentes do siso. Desnecessários, involuiriam.

Pois bem, não parece que seja assim. 
Pelo contrário.
O exercício físico e o desporto, levado a extremos, produziram espécimes como os apresentados acima.

Bem sei que não reúnem grandes aplausos entre os outsiders da modalidade. 

Por outro lado,  não há mulher que fique indiferente a um corpo definido, tonificado, onde o toque sensível conduz a outros caminhos, sinuosos, mas nem por isso menos apetecidos.


A provar este Gosto (quase) universal temos o Marketing com as fotografias de homens que vendem.
Na atualidade a depilação veio realçar ainda mais os músculos contribuindo para um novo estereotipo de homem.


Agora, acuse-se quem não gosta do desalinho dos cabelos, dos óculos propositadamente ignorados ou dos músculos torneados . . .

Pois . . .

Não posso deixar de referir um dos Agentes Secretos mais giros e sexy de sempre, o querido Pierce.

Como se pode observar, a pilosidade já foi característica muito apreciada pelo mulherio.
E, cá para mim, voltará a estar em alta . . . qualquer dia.

Aproveitando esta última imagem, não posso deixar de constatar o óbvio.
O tempo, o estilo de vida, a alimentação definem o corpo e por arrasto os músculos.

Porque a "carne" é pertença também do feminino, há mulheres que gostam de a trabalhar até à exaustão.


Esta coisa dos músculos é subjetiva, como tudo, afinal.
Muito mais haveria a dizer, tanta divagação a pairar por aqui.

E, com vocês? Onde vos levam os músculos?


domingo, 28 de abril de 2013

O Rochedo



Quero escalar o teu promontório
diluir-me na imensidão oceânica
e tocar o céu.

Apetece-me rebolar na tua centelha pedragosa
e aquecer-me no fogo da faísca.

Deixa-me deitar sobre ti
sentir as irregularidades do teu ser
marcadas em mim.

Mostra-me a tua imponência dura
salgada no mar do teu suor
intimidade degustada a prazer.

Permite-me a aventura do passeio
a descoberta em cada gesto
na passada sem equilíbrio em ti.

Cobiço-te a firmeza da pele
provocação travessa
que me chama pelo nome.

És abismo ventoso no querer
precipício de perdição ansiada
fortaleza procurada
refúgio de tempestades assombradas.




sábado, 27 de abril de 2013

União

❤ Endless Love ❤

O cheiro da noite
abraça o sonho.

A melodia do teu corpo
dança  no meu interior.

O sabor do amor 
escorre-me dos lábios.

A sombra do desejo
arrebata-me o fôlego.

O tacto da vontade
desarma-me em completa nudez.

A pedra fundida
no calor da entrega.

Duas almas enlevadas
no sacrifício carnal da união.

És tu que morres no meu desfalecimento.
Sou eu que renasço no teu despertar.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Água Salgada



Já conheço este pensamento há bastante tempo.
Hoje tropecei nele novamente.
Não descubro coisa que não possa ser curada com uma destas águas salgadas, e vocês?


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Susto na Fantasia



Perdida no labirinto dos pensamentos,
deixei-me num qualquer recanto sem saída.

Pressinto alguém perto.

Umas mãos arrebatam-me a cintura.
Uma boca prova-me o pescoço,
arrepia-me a nuca deixando os cabelos em pé.
Uma respiração acelerada encontra-me.

No precipitado remoinho vertiginoso
das sensações assusto-me.

Perco o pé neste local vazio de mim.

Terror, pânico.

Como posso sentir se me abandonei?

Oca, despojada, mera sombra
de reminiscências no feminino.

Quimera louca,
as tuas mãos, a tua boca, a tua respiração.

Corpo incorpóreo,
alma desabitada,
fantasma receoso.
Eis-me morando em fantasia, casa imaginada.

Habito sonhos irreais onde ainda me assusto . . . porque . . . sei que existes!


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Do Conflito



Quando a tristeza surge.
Fruto dos 'não sei', das batalhas invisíveis travadas na intimidade do 'eu'.
Algumas vezes, os acontecimentos externos, outras pessoas têm esse poder: 
de nos desacomodar, fazer-nos sentir desconfortáveis, connosco, com os outros, com o universo.
Noutras ocasiões, crescem insatisfações mais ou menos íntrinsecas. Pessoais, dilemas internos que podem destruir.
De qualquer das formas, a inquietação aproxima-se, quer tornar-se companheira, amiga, quiça.
Destes conflitos o desassossego gerado, usa de procuração passada pelo verbo Deprimir, dá a mão à melancolia.
Este é caminho desaconselhado, porém faz-se presente na vida de cada humano. Independente de vontades, situações económicas, sociais, políticas ou de níveis avançados de (auto) conhecimento e até de sabedoria.
Sendo a tristeza, o conflito, certezas na existência humana restam-nos o uso de armas para o debelarmos, se o assim o quisermos.
A vontade é algo que assume importância extrema.
Pessoas há que optam por deixar fluir esse desacomodo e permitir que a 'Vida' se encarregue de mudar o sentir . . . ou não . . . perpetuando a dor. Acolhem-se na guerra e a infelicidade torna-se a sua realidade.
Já outros humanos,  mais aguerridos, lançam mão de toda e qualquer ferramenta que julguem ser útil.
Vestem o otimismo, empunham o querer da mudança com olhos postos na acalmia, assumem indiferença às dentadas do sofrimento, revoltam-se intentando ruturas imprescindíveis na sua essência, buscam afetos e amigos que os conduzam a novo ciclo: Sem Conflitos !


terça-feira, 23 de abril de 2013

Sou Fera . . . bravia . . .



Eu, Selvagem, mostro-te as garras.
Movimentos vertiginosos deixam-te desarmado.
Ouso lançar-te olhar carnívoro.
Desequilibras-te na minha insídia.
Estonteado buscas o norte.
Demasiado tarde.
Caíste na minha armadilha.
Acerco-me do teu corpo.
Farejo-te o suor que me faz estremecer.
De pele nua, permito que o vento me despenteie a insinuação.
De quereres silvestres, vontades não domesticadas.
Rude na aparência, cuidadosa na procura.
Sou Fera caçadora, predadora faminta.
Tu, a presa assustada, 
surpreso no momento em que te toco.
Torno-te meu.
Vitima do meu apetite, rendes-te.
Agreste, doce,
sou tudo o que me dás.
No banquete sacio-me de festim apetecido.
Entre gemidos, agatanhamentos e improvisos,
ronrono como gata que encontrou dono.
Amansas-me.
E . . . ao luar transformamo-nos em animais apaixonados.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Beijinhos



Sob a copa esburacada, dormito.
Ténues raios solares depositam-me beijinhos rápidos
ao sabor da brisa que ondula os ramos espigados.

Um morno indolente abraça-me nesta preguiça que se fez de convidada.
Grata pela visita, convido-te a juntares-te a mim,
à cama de erva bordada a flores silvestres.

Aquieta-te !
Vem !
Deita-te a meu lado !
Cerra os olhos !
Deixa-te beijar pelo Sol que brinca às escondidas !

Talvez me disfarce de raio solar e te roube um beijo . . .
E tu ! No êxtase da sinfonia dos chilreos,
atento ao solo do melro, quiça me confundes, não me reconhecendo.

Dá-me a mão !

Permito ao meu impúdico corpo provocar-te.
De mansinho.
Tateio a tua silhueta,
adivinhando-te cada centímetro da pele.
Pelo toque.

Escalo a montanha do nariz
e repouso no vale húmido dos teus lábios.

És um desassossego !

Enderecei-te convite para repousante sesta.
Evento Impossível para nós !

Sentindo-te por perto,
desperto da hipnose.
Tocando-te, os sentidos alertam-se.
O teu cheiro sobrepõe-se ao aroma primaveril das plantas.

Atrevido, retribuis as carícias por mim, em mim,
oferecendo-me o teu querer.

Os dedos entrelaçam-se no estremecimento
da tua face colada à minha.

Prendes-me o olhar, fixando-me para lá das pupilas.
Lentamente, acedo ao teu convite.

Dancemos o bailado do amor
sob esta copa,
no leito da mãe Terra,
onde o Sol continua
a derramar ternos beijinhos.


domingo, 21 de abril de 2013

Da Língua materna !


Se o calor se instalasse, neste país, acabaríamos por falar 'brasileiro'

sábado, 20 de abril de 2013

Cabelo Alisado !


Travava uma batalha com o alisador de cabelo.
As chapas quentes insistiam em lamber as madeixas de cabelo.
Impossível.
Os caracóis teimavam transformar-se em ondas.
Nova passagem e já começava a sentir calor.
Os braços tornavam-se pesados.

Pergunta Ele: - 'Que fazes?'
Ela - 'Aliso o cabelo!?, esclarece.
- 'Vais sais esta noite?'

Não lhe apetece responder.
Pergunta mais idiota.
Por outro lado, que sentido fazia aquele alisar de jeitos, de afetos à hora de deitar?
Olhava-se ao espelho, persistindo na tarefa.
Penteava-se para si.
Iria deitar a cabeleira imperfeitamente penteada na almofada daí a pouco.
O reflexo do espelho devolvia-lhe um rosto disfarçado na ausência da rebeldia capilar.
Sorriu-se.
A festa dos sonhos iniciara-se.
Mais arranjada, desliga o ferro.
Entra no quarto de aparência desacostumada e sentires alisados.
Carrega o cheiro da imersão, do creme que lhe beijou a pele.
Enfia-se nos lençois de lavanda e sente o roçar do cabelo alisado no travesseiro da fantasia.
Onde a impossibilidade não tinha entrada.
Saiu essa noite.
Festa em si!


sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Semente !



Foste semente soprada no vento.
Em viagem alucinada despenhaste-te.
Sem fôlego descansaste em mim.
Alimentei-te na humidade da minha pele.
Abriguei-te no acolhimento do meu abraço.
Germinaste fragilmente em finas hastes.
Perfuraste as minhas veias e passaste a viajar em mim.
Lançaste raízes em terra fértil.
Eras planta em crescimento doando-se na sombra protetora.
Na simbiose da tua semente florida, sorria.
Desconhecia onde começava e acabava.
As fronteiras do teu tronco fundiam-se na minha respiração.
A tua copa coloria o meu céu.
Os teus frutos eram manjar apetecido.

Sou sementeira atemorizada.
Na dependência do teu oxigénio intento arrancar caules, raízes.
Procuro descobrir-me no emaranhado de folhas,
na floresta em que te tornaste.

Singela semente!

Deixa-me tuas flores perfumadas e embarca no vento que te chama.
Lança tuas novas sementes noutras searas.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Aceitar


Tomar como nosso uma ideia, uma situação ou até uma pessoa.
Aceitar implica apropriação, tomar posse.

A mera Conformação não habita no mesmo prédio da Aceitação.
No Conformar a passividade e até a revolta podem morar.

Na casa do Aceitar há uma abertura de porta, uma ação consciente.
Nesta articulação do 'sim' passamos a ser mais, a ser diferentes.

Trata-se de processo incessante onde somos convidados a conjugar o verbo em todos os tempos, modos e pessoas.
O aceitar as concordâncias do outro pode ter influência no 'eu' e levar-nos (ou não) à admissão do, até então, impensável.
Aceita-se por conveniência, por amizade, por amor, por ódio, por convicção, por solidariedade . . . porque sim.
Basta assim o decidirmos.
Desta forma, à nossa vida vêm chegando novos quereres, sentires, desejos e até sofrimento porque aceitamos.

Constituindo a essência do Homem esta impermanência ( a mudança é a nossa principal constituinte), de igual forma se pode Rejeitar.
Proclamar o 'não' ao que nos surge, mais ou menos inesperadamente.
Poder-se-à apelidar de Liberdade, esta opção de escolha.
Há quem a considere bem supremo, símbolo da Humanidade.

E . . . no Rejeitar . . . mata-se o Aceitar!


quarta-feira, 17 de abril de 2013

O que os Homens gostam numa Mulher . . .



Tema controverso!
Vamos com calma...
Começo por realçar que são pensamentos avulso.
Mero fruto da parca experiência, do que observo, leio e sinto enquanto mulher hetero. (Desconheço se se podem transpôr para realidades amorosas no mesmo género).

Em primeiro lugar, como em tudo, é campo subjectivo e as exceções confirmarão (ou não) a regra.

Posto de lado as considerações gerais, entremos nesta matéria que tem tanto de vasta como de estudada.
   Os homens são controlados pelas hormonas.

Com o despertar da adolescência e nos jovens adultos esta realidade conduz à atração pelo imediato. O aspeto físico assume extrema importância. 
Uma mulher nunca passa despercebida ao olhar masculino. Com o avançar da idade a apreciação pode ser comparada à de uma obra de arte ou de um carro que lhe ponham o coração mais acelarado.
Dependendo da grelha etária, os atributos visíveis agradam aos homens.
Sempre! 
Em maior ou menor grau.

 Os homens inteligentes buscam afinidades.

Se o homem possui interesse vários, pensam e a bola não é a sua única paixão, depressa as mulher estonteantes perdem o interesse (ficam de fora mulheres-troféu que o são conscientemente para um ou para outro ou para ambos). 
Saciados os instintos primários esvazia-se a bolha inflacionada do desejo animal.
Os homens gostam de ser seduzidos (mesmo que pensem ser os sedutores), duma conversa franca e desinibida.
Por isso, minha amigas, diálogos (ou monólogos-a evitar) sobre assuntos estritamente femininos, se não tiverem um cariz mais ciêntifico ou íntimo (eles adoram confidências), aborrecem-nos de morte. E . . . deixam-nos de ouvir. Desligam o botão e entram em modo de acenar...concordam com tudo...pois não nos ouvem.
Há que estar informada no geral. Conseguir manter uma conversa onde não lhes passe pela cabeça o sexo durante, pelo menos, 10 minutos.
Apesar de não o admitirem, gostam de ser ouvidos e mulher descerebrada terá relações fortuitas e vazias.
Também existem mulheres inteligentes que optam por esta postura. Tem a ver com escolhas pessoais. Não pretendem relacionamentos sérios e sabem como evitá-los.
Espertas!

 Os homens gostam de ser desafiados.

Servido de bandeja apreciam bebidas e 'entradas' nas festas e eventos sociais.
Há que saber cultivar e preservar uma certa auréola de mistério. 
Nada de se fazerem de difíceis.
Nada disso!
Tampouco de oferecidas.
Saber tentear entre o'eis-me' e o 'não é assim' pode traduzir-se em verdadeira arte.
Ler os sinais, a linguagem corporal, o olhar é coisa facilitada para o famoso sexto sentido feminino.
Usemos a intuição sem restrições.
Joguem, desafiem e notarão o valor que lhes atribuem a subir em flecha.


Tanta coisa para dizer!
Despretensiosamente, fico-me por um resumo à laia de conclusão:

No campo romântico, sexual, amoroso e erótico a imagem tem relevância e esta depende do ponto de vida onde eles se encontram (como sempre, impossíveis generalizações). Mulheres cuidadas ou com predicados físicos, valorizados na sociedade em questão, têm procura acrescida.
Os homens gostam.
Contudo (como as adversativas são forçosas), não basta ou será suficiente para algo meramente casual, fútil ou descartável.

Minhas semelhantes de género, se querem agradar a um homem:
✔ - saibam ouvir.✔ - deixem a timidez em casa.
✔ - ousem sendo vocês próprias, mulheres inteiras e fiéis a vós próprias.
✔ - observem, estudem o comportamento do 'sexo forte'. Aprende-se tanto numa simples conversa entre eles, como expectadora.
✔ - sejam activas, provoquem sem descer ao ordinário. Eles gostam de se sentirem desejados.
✔ - não se inibam de falar sobre qualquer assunto. Surpreendam, porém não tagarelem.
✔ - mostrem o vosso lado físico, não se aquietem somente nas emoções.
✔ - tratem-nos como iguais, permitindo-lhes pensar que são dominantes.
✔ - não esperem que os homens sejam sempre os da iniciativa. Nada de aguardar a sua corte, aos vossos sinais indecifráveis, quais cachorrinhos amestrados. Isso é coisa do século passado e mesmo assim só o era socialmente. (Basta estudar história para constatar que as conveniências estabelecidas existiam para serem quebradas.)

Com as mulheres bem resolvidas, de objetivos definidos e com elevado auto-conhecimento 'a coisa' acontece, naturalmente, sem dramas e de final feliz.
Se consideram que ficar paradas porque é dever deles o 'arrastar de asa' e trabalhos acessórios podem esperar bem sentadinhas.
Esqueçam e não reclamem.
O mundo mudou e com ele as expetativas, os comportamentos.

Para saber o que os homens gostam há uma premissa essencial: conhecer o que esta (eu, cada uma de vós) mulher quer.
A partir daqui o céu não tem limite.

Enfim! Sejam felizes com os homens ou sem eles.

P.S. Aguardo as vossas sugestões, opiniões, experiências...
Este é universo intergalático!

BEIJOS


terça-feira, 16 de abril de 2013

A Coca Cola e Sócrates.

                     



Que têm em comum estas duas 'marcas'? -Perguntam-me vocês.

Vejamos!

No que me toca, ambos tinham já declarado insolvência.

Coca Cola? - Não aprecio e muito raramente compro. Quando o faço é para os outros. Não valorizando nem consumindo, o tal medicamento que virou produto de limpeza e bebida refrescante e apetecida, é como se não existisse (quase...) para mim e já teria ido à falência se dependesse da minha modesta pessoa.

Sócrates? - Não ouço, não alimento audiências à cerca dele. Logo, tal como a marca acima mencionada, se estivesse sujeito à minha humilde opinião . . . de Sócrates vir-nos-ia à memória o filósofo grego, conhecem?

É óbvio que respeito quem gosta, aprecia ou idolatra.
Gostos não se discutem, ponto final.

Contudo, sinto fazer a diferença. Tenho palavra a dizer apesar de não se notar neste universo apressado. Sou grão no areal das opiniões, porém, existo!
Como tal, tenho o direito de proclamar o que sinto.

Só não entendo porque tantas pessoas tecem comentários negativos às 'marcas' que trouxe como exemplos e depois têm comportamentos que contribuem para o aumento do seu 'share' de mercado.
Afinal, onde ficamos?

A sério que me confundem!

"O que põe o mundo em movimento é a interação das diferenças,
suas atrações e repulsões;
a vida é pluralidade, morte é uniformidade."
Octavio Paz
P.S Com tudo isto acabo por me contradizer e contribuir para a publicidade que não desejo.
Até nem gosto de discutir e muito menos politica.
Olha para o que me havia de dar...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Estás Bonita !"



Desajeitas-me !

No olhar inesperado que ofereces no Depois e me dizes "Estás bonita!".

Não!

Não me elogias ou tampouco constatas uma inverdade.

Naquele momento "sou bonita" a teus olhos porque mo sinto.

Gosto!

Gosto tanto quando te revelas, não a meu pedido.

Tão somente lês a nudez do meu ser.

Adivinhas-me!

E . . . Eu?

Eu fico sem jeito !   [[f9.shy]] 




domingo, 14 de abril de 2013

Viagem de um Beijo


O vento sopra um Beijo.
Aéreo, paira entre as nuvens.
Brinca, redopia em dança sem ritmo.

No voo despropositado
acaricia as penas de outros beijos.
Saúdam-no corpos tentadores, bocas sôfregas.

Que sejam.
Prossegue.

Levantam-se as estrelas
no dia ensonado.
Guiado por coordenadas impercetíveis,
deixa-se conduzir pela Lua que se espreguiça.

Companheiro da brisa noturna,
transporta-se em ares de certezas.
Entrega-se à madrugada,
banhando-se no orvalho do desejo.

Nesta viagem necessária tentam-no roubar.

Não permite.

Decidido na inteireza de si,
ofertas de anseios alheios refutadas.

Entra no bailado da luz
que aquece e engravida a neblina.

Dormita no embalo do vento,
desequilibrando-se.

Cai em lábios perfumados,
odor conhecido.

Deita-se no veludo carmim.

Adormece . . .  morrendo em Ti.


Fugiria Eu . . .



Fugiria . . .

Para local deserto
Onde os pensamentos sorrissem.

Para sítio distante
Onde os silêncios fossem ilegíveis.

Para lugar ermo
Onde a ilegalidade da dor habitasse.

Para terra condicional
Onde os verbos se conjugassem incondicionalmente.

Fugiria . . . Mas como ?

Se a sombra de mim :

Me aviva pensamentos tristes.

Me grita silêncios decifrados.

Me magoa no abismo do sofrimento.

Me fala em modo imperativo !


sábado, 13 de abril de 2013

Dia Internacional do Beijo - 13/04



Daqui a pouco o calendário já não tem dias disponíveis. 
Há sempre algo para comemorar ou celebrar.
O ano passado foi  Assim.

Variando em forma e simbolismo pode revestir forma  de simples gesto de afeto passando pela paixão arrebatada até ao respeito que pode encerrar.

O  toque de lábios é algo mágico.
Envolve sempre intimidade mesmo nos clássicos 'beija-mão' de outrora.
Há uma parte de nós que se oferece ou se abre em acolhimento do outro.
Momentos inesquecíveis onde a comunhão de almas pode ser sentida.
De cortar a respiração ou parar o tempo.
Presente no simples roçar de lábios, até nos envergonhados.


Símbolo da paixão, do amor, há-os para todos os gostos.
Podem envolver o simples veludo labial até onde a imaginação permitir.

A boca como orgão responsável na produção do ósculo é alvo de muitas outras atividades relacionadas com este 'Bom'.
Sendo matéria irrelevante para a presente celebração, fico-me por enviar beijos para toda a Blogosfera.

Nunca esquecendo o Especial.

Sintam-se beijados.
Beijos pérolados para todos/as!

E não se esqueçam:

Beijem, beijem muito...Faz um bem danado à saúde.



sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sabedoria . . . a conjugar !



Vamos experimentar no fim de semana . . .?


“Procure ser fácil com as pessoas e situações. 
Não é preciso se preocupar com nada. 
Tudo é apenas um jogo, mas um jogo com significado. 
É só uma questão de entender, aceitar e transcender. 
Seja flexível e experimente leveza. 
Preocupação traz peso. 
Deixe o passado ser passado. 
Deixe tudo fluir naturalmente. 
Foque sua atenção no presente. 
Seja uma fonte de preenchimento e haverá facilidade.” 

Brahma Kumaris


quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Paraíso . . . apetece-me!

O significado de Paraíso, de acordo com dicionário atual:

"s.m. No Antigo Testamento, jardim de delícias onde Deus colocou Adão e Eva: paraíso terrestre. (A idéia de um paraíso terrestre é comum a muitos povos da Antiguidade.)
No Novo Testamento, lugar onde permanecem as almas dos bem-aventurados.
Lugar de recompensa das almas dos homens, após sua morte, em muitas religiões. Jesus usou a palavra com este significado quando falou com o bom ladrão na cruz.
Fig. Lugar de delícias, lugar onde a gente se sente bem, em paz e sossego.
Originalmente, era uma palavra persa usada para os parques de diversões dos reis persas."
Dicionário Online


O Paraíso é Persa!
Mesmo que conheças bem a cultura iraniana, nunca deves ter feito alguma relação entre os persas e o paraíso, certo?

Porém, “paraíso” vem do persa, sim.
Mais precisamente do avéstico, que faz parte de um grupo chamado de línguas iranianas antigas.
A palavra original para “paraíso” é “pairidaeza” e o significado não tem nada a ver com 72 virgens esperando por mártires no céu.
Pairidaeza” significa “murado” e a palavra era usada para se referir aos Jardins Persas, aqueles jardins magníficos, com arquitetura e paisagismo simétricos e, claro, muros ao seu redor. O mais famoso deles provavelmente é o Taj Mahal, na Índia.

Do persa antigo, “pairidaeza” alterou-se para  “paradeisos” (grego), “paradisus” (latim) e daí seguiu para todos os cantos do mundo.

Seja como for, a origem do jardim idílico remonta a séculos A.C.

Local apetecido, desejado, sonhado onde as canseiras da vida não existam.
Utopia para uns, promessa para tantos.

Para mim apeteciam-me férias em local paradisíaco.
Com requisitos adequados a gostos próprios:
soalheiro,
com mar morno e areias brancas,
temperaturas nos 25º,
comida fresca e sempre pronta,
silencioso,
natureza amigável e presente na vida animal e vegetal,
outros itens em separata,
(. . .)
tão somente onde pudesse descansar
e . . . esquecer-me de mim.

Alguém conhece o Paraíso?


quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Paixão e o Amor . . .

Estar Apaixonado/a . . .
Ser Apaixonado/a . . .
Amar . . .
Ser Amado/a . . .

Palavras de uso tão comum. 
Escritas, ditas, gritadas susurradas ou simplesmente sentidas.
Corriqueiras.
Todavia, mantêm a sua integridade própria e não se deixam banalizar.
Há sempre alguém que lhes consegue oferecer um novo significado, um enquadramento diferente.

Na Paixão a intensidade comanda e o tempo depressa se cansa na sua tentativa de a acompanhar.
Por isso, temos paixões de curta duração, com prazo de validade, explosivas, inolvidáveis, descontroladas, apetecidas, inesquecíveis, quiça . . . passíveis de adjetivações tão subjetivas como pessoais.
Porém, de vida curta.
Este território, sendo mais vasto, permite o apaixonar-se  por pessoas, ideais, causas, objetos, animais ou até desejos e sonhos.

No Amor a temperança faz-se ouvir, guia e deixa-se conduzir pelo tempo.
Este pode ser até seu aliado.
Não há canseiras loucas apesar da insanidade amorosa poder bater à porta, se assim lhe aprouver.
O prazo do Amor é . . . não tê-lo.
Costuma-se restringir este campo e associá-lo a sentires mais profundos.

Exemplificando: podemos apaixonar-nos por um carro ou por um par de sapatos (lindos e de fazer inveja a qualquer mortal ajuízado, na perspetiva do enamorado). 
Contudo, outras modas surgirão e, em breve, o brilho no olhar esfuma-se dando lugar a outras paixões, igualmente efémeras.
Já o Amor é outra história . . .ou talvez não.

Matéria controversa e alvo de teses e pensamentos sempre inacabados.
Seja como for, e para complicação no assunto, existe também a possibilidade da combinação dos 2: Paixão e Amor.
Mistura bombástica, talvez.
O tempo encarregar-se-à de peneirar amores apaixonados. 
Restando-nos a observação, sofrida, alegre ou indiferente, dos grãos maiores que ficaram na superfície do crivo ou . . . da sua ausência.



terça-feira, 9 de abril de 2013

Para Ti . . .

O abrangente abraço do Equador.

O húmido beijo do Amazonas.

O amoroso afago do Vento Suão.

A colorida visão da Aurora Boreal.

A perfumada maresia de Mares e Oceanos.

Os violentos carinhos dos Furacões.

A ternurenta altura dos Himalaias.

A inspiradora luz das Estrelas.

A paixão do calor Solar.

O estremecimento tectónico dos Continentes.

A harmonia dos ciclos Naturais.

O arrepiante suspiro dos Vulcões.

O refrescante gelo dos Glaciares.

O ardor das areias do Deserto.

A inconfidente brisa dos Ventos.

Para TI . . . O Mundo !


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Com a Maré !



No ritmo lunar enchia a maré.
Em vaga desapressada acercaste-te da areia.

Vinhas embrulhado em maresia.

Deixaste-te provar a areia seca que era eu.

Salgada, por outras marés, permiti-me a fresquidão
da tua onda salpicada de afagos.

No compasso do vai e vem da beira-mar
formámos novelo coberto de espuma.

Na intensidade tempestiva da preia-mar
enchemo-nos um do outro.

Eu, areia sequiosa.
Tu, água doce do salgado mar.

Quisémos raptar a Lua,
suspender a maré.

Louco ensejo
apreciado na paragem do instante.

Surgiste no embalo da maré cheia.
Esvaneceste-te na corrente da água que descia.

Não vás!

Permanece comigo
até à próxima maré !


domingo, 7 de abril de 2013

O Lago


Existe um Lago
dentro de mim.

Onde as águas turvam
com a enchente das minhas lágrimas.

Onde a transparência me permite
vislumbrar fundos inacessíveis.

Onde me banho
despindo-me de poeiras entranhadas.

Onde na neblina da madrugada
me visitam sentimentos que por lá deixei.

Existe este Lago . . .

Que me serve de repouso
no silêncio das suas correntes.

Que me atormenta
no reflexo das recordações.

Que me é cúmplice
consentindo-me no ser inteira.

Que me corre nas veias
ao soltar-me no seu espelho

Existe um Lago
dentro de mim.

Orlado pelas flores perfumadas que nela semeio,
Assombrado pelos fantasmas que nele me são inquilinos.

Esvazio no Lago
o que sou,
o  que penso ser,
o que gostaria de ser,
o que temo ser.

Local,
de paisagem contraditória,
   vulcânico, glaciar.

Já não sei
se me abandono,
se me perco,
se me encontro,
neste lago dentro de mim!

sábado, 6 de abril de 2013

No Equilíbrio


No equilíbrio instável
ouso equilibrar o  desequilibrável. 

Pendendo para um lado e para o outro.

Em estado de repouso ativo 
dependente de forças que se anulam.

No atrevimento de mim
estremeço
perco o pé
o equilíbrio é condição urgente
no estado de sítio
por onde me encontro.


"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."
 Soren Kierkegaard 




sexta-feira, 5 de abril de 2013

( Eu) Passeio ( - me)



Na hora sem relógio passeio-me na floresta desconhecida de ti.

Embrenho-me sob a copa do teu olhar,
Colho uma flor no teu sorriso,
Refresco-me no riacho do teu ventre,
Apanho fruta silvestre na tua boca,
Perco-me no labirinto dos trilhos do teu corpo,
Repouso no tapete florido do teu abraço,
Deixo-me aquecer pelo Sol do teu desejo,
Brinco no balanço do teu amor,
Observo as borboletas esvoaçantes da tua ternura,
Delicio-me com o chilrear dos teus gemidos,
Saboreio o orvalho da tua pele,
Sinto a brisa despreocupada dos teus lábios.

Deslumbro-me na paisagem natural da floresta encantada que és Tu.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Como falar de homens na rotina doméstica.


Atenção: Não é um post sexista ou discriminatório. Hoje em dia, o tratamento de roupa é tarefa de todos os géneros e com o avanço das novas tecnologias e tecidos passará a ser uma atividade em vias de extinção. Assim o espero!

Segundo pesquisas realizadas parece que a tarefa mais odiada pelas donas de casa é passar roupa. O problema das mulheres com as roupas não é de hoje. 
Não é à toa que vários instrumentos têm sido criados para facilitar a vida da mulherada e todas ganharem mais qualidade de vida e tempo para fazer o que se gosta. 
É por isso que hoje em dia a máquina de lavar roupa ou de secar se tornaram electrodomésticos imprescindíveis em qualquer casa. Para completar a tarefa da roupa só falta uma máquina de passar roupas. 
E para alegria geral, não é que já existe???

Porém os seus preços em época de crise podem tornar a sua aquisição proibitiva.

Então surgiu esta ideia de capa mais apelativa, por assim dizer.
É uma sugestão da 'Ironing Fun'.

Acham que a tarefa ficou mais fácil?
A roupa é capaz de se queimar? 
As distrações agradam?

No que me toca, e à falta de empregada/o doméstica/o, muito gostaria que a referida capa fosse mudando de padrões, imagens, fotografias, ângulos, tendo a imaginação como limite.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

História de uma Prisioneira ! ?


Furtada nas desoras da sede esfomeada do desejo, abandonou-se ao cárcere sem reservas. 
Conduzida por veredas que sussurravam o seu nome. 
Palavras que lhe recordavam o corpo mergulhado nela. 
Pressentia a pele arrepiada entre gemidos acorrentados em doces demoras. 
Absorvia-se, envolta em ternura, no vácuo do tempo.
Adivinhava cada átomo seu na descoberta das partículas dele.
Cativa na emoção da masmorra acolhida.
Perdera-se!
De Si!
Por Si!
Não ousava achar-se.
Não queria!
Não podia!
Na penumbra a névoa do arrebatamento tomava conta de cada poro.
Murmurava vontades indomáveis que ele abrigava como se fossem suas.
Rebeldes, fugindo ao tempo, ocultos pelo abrigo, enclausurados.
Prisioneira voluntária, caprichosa, teimava na delonga do véu da paixão.
Ansiava mais, por mais...
Mas . . . o Sol veio libertar as horas e soltou-lhe os grilhões.
Os sentidos despertavam no tempo alterado. 
Vagarosamente, desenergizada, num torpor apetecido, acordava no morno perfumado de odores inebriantes.
Espreguiçava-se lentamente, de olhos cerrados. 
Recusava-se a pactuar com a medição dos momentos que a convocavam para a vida.
Vida?
Quem lhe dera continuar no limbo da cadeia onde fora Ela, na nudez da sua essência.



terça-feira, 2 de abril de 2013

A Utopia


DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mario Quintana

"Utopia tem como significado mais comum a ideia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. Pode também ser utilizado para definir um sonho ainda não realizado. Uma fantasia, uma esperança muito forte.
A palavra foi criada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe"."
Wikipédia

Socorrendo-me do dicionário Web apercebo-me que 'a montanha pariu um rato'.
A Utopia é assim como um sonho ideal.
Mas, não o são todos? 
Uma fantasia? 
E depois?
Seria possível a nossa existência em território meramente material? 
Da sobrevivência pura?
Creio que aqui reside a humanidade. 
Porque pensamos, racionalizamos e imaginamos.
Nesta capacidade onde cabe a esperança e os devaneios tornamo-nos Pessoas. 
Capazes  de se permitirem escolher e morrer pelo que acreditam mesmo que tal não tenha  ser.
Gosto de me poder elevar e flutuar acima de uma realidade que não é compreensível para muitos. 
Porém, existe na minha mente e, como tal, é tão evidente como qualquer outro pensamento ou sentir.
Sou utópica? Talvez. 
Sonhadora? Com certeza.
Lá no fundo sou só eu . . .


segunda-feira, 1 de abril de 2013

PEDIDO



Cala-me com o sabor do teu beijo.
Silencia-me no calor do teu corpo.
Emudece-me no teu abraço feito fortaleza.

Não permitas que o meu grito acorde as sombras.

Extingue-me o fogo que me quer consumir.
Apaga-me as chamas que teimam em me acariciar.
Cessa-me o incêndio ardente que me desnuda.

Não deixes que me inflame no ardor da nostalgia.

Vem!
Quero abandonar-me no teu colo morno.
Banhar-me no perfume de ti.
Fechar os olhos e perder-me contigo.

Chega-te a mim e...Cala-me!