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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Eu . . . vou . . .



Solto amarras,
subo âncoras,
desfraldo velas,
e . . . vou.

Desligo-me da terra firme,
balanço na instabilidade do mar,
respiro incertezas.

Renego passado,
finco-me no presente
e olho o horizonte.

Desinteressam-me tempos,
medidas e regras.

Aventuro-me na viagem
em que sou direcção,
rota desconhecida
exploração apetecida.

Vou com a minha singularidade,
em demanda nebulosa,
porém obrigatória.



domingo, 29 de setembro de 2013

As meias !



As nuvens corriam velozes lá fora. 
Ouvia o vento a baloiçar os ramos que desesperavam a segurar as folhas que avermelharam. 
Eram filhas que partiam demasiado cedo. 
Todos os anos a mãe natureza fazia o seu luto na invernia que se aproximava. 
O Sol perdera o ardor e sorria tímido por entre correrias de gotículas que se amontoavam. 
Talvez acabassem por lutar e caíssem sobre a forma de chuva esperada.
Como era energia desperdiçada o desejar outro clima, resolveu adaptar-se às circunstâncias.
O telefonema deixara-a apressada. 
O encontro inesperado era-lhe apetecido.
 Sem perder tempo, o duche percorrera-lhe o corpo tenso. 
O hidratante mal espalhado perfumava o ar. 
Em poucos minutos o cabelo tinha sido domado e a pele adquirira tons mais saudáveis. 
O tom bronzing ficava-lhe bem. 
De olhos escurecidos e lábios brilhantes restava-lhe vestir-se. 
Já sem a simplicidade do tempo mais quente.
A lingerie servia de base às camadas que começavam a tornar-se necessárias.
Como sempre, as unhas estavam tratadas e em tons vermelho paixão. 
Pura sorte! 
As meias pretas foram retiradas da embalagem e delicadamente sorriu ao envolver o pé e a perna duma negritude sensual. 
Antecipava o momento em que ele lhas arrancaria sem pudor e com pressas amorosas.
Para lhes prolongar a vida . . . calçou-as demoradamente.

***********

De seguida, enfiou as peças de roupa num ápice e voou para os braços dele que a recebeu com beijo despido.


sábado, 28 de setembro de 2013

Soltou-se o tempo . . .



O tempo soltou-se
em horas que duravam segundos,
dias vividos em instantes.

Nesta especial ocasião, 
desamarrada,
deixo pensamentos à solta
em divagações à deriva.

Liberto desejos, vontades e lembranças.

Viajo no tempo sem tempo
na esperança de te encontrar.

Cheiro-te em percepções quase reais,
Petrifico no assalto inesperado.

Apoderas-te de mim 
com mãos com sabor a ternura,
dedos que me atordoam
e carícias enlouquecidas.

Soltou-se o tempo
e com ele...tu também.

Abandono-me neste arrastar lânguido,
sem tempo,
arrepiada no encontro,
entre sussurros gemidos.

Cada estremecimento é eternidade presente,
mimo intemporal,
doce que me vicia,
onde habitarei para sempre.

Mar.Maria



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Era Uma Vez . . .



. . . Sombra que queria ser gente, 
fugir da silhueta que imitava.

Escapulia-se na escuridão
onde a existência lhe dava tréguas.

Logo uma nesga de luz
lhe devolvia os contornos,
negando-lhe liberdade.

Insatisfeita,
percorria caminhos impostos,
assumia formas reflexas.

Em noite de Lua Nova
evadiu-se de coração descompassado.

Diluiu-se no véu das trevas e,
já que não podia ser gente,
preferiu ser Nada.

Mar.Maria


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pela madrugada . . .



Acordei a pensar em ti.

De lento despertar na preguiça.

Ajeito a almofada.

Deposito o rosto em algodão frio.

O relógio dá-me tempo
que ao sono não interessa.

Pergunto-me porque ainda não te esqueci.

Sou morada de lembranças
luminosas, 
vítima de eclipses que passam.

Os pensamentos esfumam-se
na decisão de te arrancar de mim.

A dor funde-se na prazer da saudade.

És marca tatuada em minha alma.

Tenho de levantar-me esquecendo-te para,
quiçá, 
te recordar em nova madrugada.

Pérola


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Do Virtual ao Real.





O nervoso atrevia-se a tentar dominá-la.
Até podia ser natural, porém tinha de recusar tal companhia.
Recusava-se a ficar toldada e de reflexos e pensamentos diminuídos.
Fez um trato consigo: só poria o motor a trabalhar se ficasse calma.
Condição indispensável.
Inspirações várias e fez-se à estrada.
Gostava da sensação de liberdade que a estrada em movimento lhe proporcionava.
A auto-estrada permitia-lhe uma tranquilidade apenas interrompida nas paragens das portagens.
Na auto-imposição de calma, deu conta da sua eminente chegada ao encontro combinado.
Prestou maior atenção à sinalética e recordou-se dos pontos de referência.
Havia chegado.
Deparou-se com o ostensivo nome do café que a fez sobressaltar.
Procurou as horas.
Estava adiantada, como era hábito.
Passou os olhos em redor.
Será que o reconheceria das fotografias?
Até ali, as mensagens trocadas na web tinham-lhe aumentado a curiosidade e o fascínio pelo desconhecido.
Expressões faciais e corporais que se adivinhavam em pontuações propositadas.
O virtual aguçara-lhe a vontade e ali estava ela.
Prestes a olhar para o rosto real.
O momento aproximava-se.
Voltou-se e um sorriso acolheu-a.
Sentiu-se em casa.
Finalmente, passara do Virtual para o Real !

Mar.Maria

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ousada . . . de branco !



 "Vesti-me de branco, acrescentei umas pérolas, caminhei sobre o que não quero, e . . . ousei !"

Pérola


Mulheres ousadas

"Gosto, sim, de mulheres ousadas, daquelas que não têm receio de assumirem-se lindas, sexys e maravilhosas. 
Mulheres que sabem bem o que querem - e o que não querem! - sem se importar com conceitos antiquados ou tabus. 
Mulheres de um novo tempo: o tempo delas! 
O tempo de elas serem tudo o que podem e o que quiserem ser, após tanto tempo de repreensão. 
Mulheres ousadas são, sim, mulheres que ultrapassam fronteiras, são verdadeiras agentes de transformação de uma sociedade ainda tão hipócrita. 
Gosto de mulheres ousadas, por que reconheço que as mulheres têm todo o direito do mundo de assumir sua feminilidade, de aproveitarem as coisas boas da vida, e de serem imensamente felizes - até por que poucas coisas no mundo são tão belas quanto um sorriso feminino.
E eu simplesmente adoro o sorriso das mulheres ousadas."
 Augusto Branco


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ata-me !


Vem com a espuma dos desejos.
Na onda da maré.
Com sussurros e gemidos.

Vem com a maré atrevida.
No odor fresco da maresia.
Com caprichos desvairados.

Vem tocar-me em delírio.
Molha-me no teu beijo.
E . . . ata-me 
para que não possa fugir de Ti.


Meu Anjo da Guarda !



O meu anjo da guarda cansou-se.
Enfadado com dúvidas minhas,
lamentos sem sentido,
tristezas despropositadas, 
desistiu de mim.
Abandonou-me a meio caminho.
Sem proteção,
que me resta?
Apenas prosseguir sozinha,
sem penas aladas que me aconcheguem
em abraços invisíveis.
Meu anjo da guarda,
terei perdão possível?


sábado, 21 de setembro de 2013

Porquê ?



Procuro a palavra adequada, 
porém nem as letras me visitam.

Quero encarreirar frases,
contudo não encontro caminho.

Aguardo o sinal de pontuação acertado,
todavia  a escrita não tem expressão.

Ensaio sílabas rimadas,
mas a poesia não me quer.

Então, tendo a dúvida por conselheira,
escalo montanhas de pressentimentos,
deixo cair o lápis e pergunto-me:
- 'Porquê?'


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Selo - Um Blog Real



A querida Diana Filipa Fonseca atribuiu-me este prémio Blogosférico e real.
("O real é tido como aquilo que existe fora da mente ou dentro dela também.").
Obrigado, princesa!

Aceitar este prémio implica responder a duas perguntas:

- O que mais gostas na vida?

A aprendizagem constante.

- Há alguma mensagem que desejes partilhar?

"Carpe diem"-vulgar, mas tão necessário.

O próximo passo é, naturalmente, atribuir também este prémio aos blogues que, para mim, são reais. 

Para além da realidade e da realeza, Reais são todos aqueles que partilham comigo o seu tempo e carinho.

Ofereço o mimo a todos vós. Ao aceitá-lo é um sinal que são reais.
Bem Hajam!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Fronteira



Desenhaste uma fronteira
no limbo do tempo.

Visito-te em passados acordados
onde vives em territórios meus.

Encantas-me na perfeição do teu sorriso.
Desdobras-te em ternuras saudosas.

O toque da tua pele.
O entrelaçar dos teus dedos.
O teu corpo a chamar pelo meu.

O desejo transformado em cobiça
e esta em luxúria.

A fronteira delimitou 
os acessos furiosos de prazer.

Fantasio na entrega acolhedora,
na tua força arrebatadora que me prende.

És amante fantasma,
habitante além-fronteira.

Eu vivo entre mundos
em visitas para lá das horas.

No sonho de te recuperar,
apago a fronteira
agarrando-te Agora.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pequena & Diferente





"Põe tudo o que és na mais pequena          coisa que faças."
                    Fernando Pessoa





No meu mundo sempre fui habituada a ver a realidade duma forma 'pequena'. 
Sou de baixa estatura, de peso baixo e constituição franzina. 
Dentro do 'normal (isso existe?) sou a dar para o pequeno, como a tal sardinha portuguesa.
Nunca me senti diminuída ou coisa semelhante.
Pelo contrário.

As diferenças enriquecem-nos como seres humanos e fazem-nos tomar consciência de fantasias incomportáveis.
A modos que nos remetem, e nos puxam, para o lugar que é só nosso.

Ao olhar para esta réplica minúscula de regador reflito  sobre aquelas frases que apelam para as pequenas coisas da vida, as tais que podem ser realmente as que importam.

E como essas miniaturas ou disfarçados sentimentos, ações, toques, palavras, pessoas, meiguices e ternuras várias podem fazer a dissimilidade ser muito boa...tão boa!






terça-feira, 17 de setembro de 2013

Outono ?


Na brisa, 
a carícia da tua voz atravessa atmosferas.

Sinto o arrepio do ar que se movimenta,
adivinhando-te.

Murmuras palavras desenhadas
em bailados outonais.

Sou choupana de porta escancarada.

O espaço exíguo, onde as aranhas se espreguiçam
abre-me o horizonte desmesurado.

Permito que a natureza me invada e fundo-me nela.

Sou árvore caída onde aguardo que faças ninho em mim.

Vem hibernar!
Deixemos que a primavera nos faça florir!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Minha Senhora de Mim




Minha Senhora de Mim

Minha senhora de mim 
Comigo me desavim
minha senhora
de mim 
sem ser dor ou ser cansaço
nem o corpo que disfarço 
Comigo me desavim
minha senhora
de mim 
nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços 
Comigo me desavim
minha senhora
de mim 
recusando o que é desfeito
no interior do meu peito.

by Maria Teresa Horta


sábado, 14 de setembro de 2013

Sussurro



Fechando os olhos
vagueio pelo teu corpo.

Tateando nas palavras
dispo-te em susurros do tempo.

Com ecos de passos ligeiros,
em gestos de paixão,
falando em silêncio,
a noite acontece em nós.

Os corpos se cruzam
nas sombras de pensamentos,
em beijos dados.

Rompe-se a quietude,
em rumores abafados,
num amanhecer desmedido,
transbordando tudo o que somos.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Palavra Mágica


"Todos podemos fazer magia"
Pérola


O casamento pode já durar há eternidades, 
a amizade pode ser a relação assumida,
o namoro até pode vestir-se de noivado, 
mas . . .
há uma palavra mágica que tem o poder de transformar tudo. 
Em sílabas soletrados mais ou menos emocionados:
"Amo-te!"

Ninguém lhe fica indiferente.
Não me convencem os de coração pedragoso, os tais que embirram com lamechices como os corações e outras piroseiras etiquetadas a gosto.
Conheço quem se proiba da paixão e se escuse ao amor.
Até podem ter relacionamentos, mas 'o sentimento vem estragar tudo', dizem.

Até pode ser.
A vida seria tão mais fácil se os sentires não tropeçassem em nós.
Uma vida mais racional, planeada e, quiça, mais feliz.

Quando me refiro a esta palavra mágica estendo-a para além de horizontes românticos.
Também em relações familiares pode ser mais poderosa do que anos de convivência.

Enquanto humanos (embore considere que o sentimento se possa estender a animais e até objetos) precisamos de nos sentir queridos, em suma, amados.

Ouvir tal declaração pode mudar num instante a vida ou, tão somente, a vida num instante.

E possuir o dom de a proferir em momento certo, aproveitando o momento, expelindo parte da sua essência. . . . é mágico, quase divino.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Permite-me . . .



Hoje, só hoje, permite-me:

abrir livros, 
tomar banho nas palavras,
enfeitar-me de jóias, 
ser cor-de-rosa,
cheirar as flores,
andar descalça,
ser mimada,
sonhar noutro tempo,
encontrar-me em local desconhecido,
ser lamechas.

Permite-me, hoje, fantasias de diamante
pois o meu coração é carvão.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Os deuses do Olimpo

Tendo o meu amigo Francisco um blog todo ele dedicado aos deuses do Olímpo, mais ou menos caídos, resolvi saber deles. 
Esta pérola é para ti, fiel seguidor.

(já aqueles tempos eram conturbados, bem ao jeito e imagem das vidas humanas)

Os Doze Deuses Olímpicos

A mitologia grega serviu de inspiração para os romanos. Desta forma, eles passaram a adorar os mesmos deuses dos gregos, dando-lhes, no entanto, apenas nomes diferentes. Eis os 12 deuses gregos, com os seus respectivos nomes romanos entre parênteses.

ZEUS (JÚPITER)

É o deus principal, governante do Monte Olimpo, rei dos deuses e dos homens. Era o senhor do céu e o deus da chuva, aquele que tinha o terrível poder do relâmpago. A tempestade representava a sua fúria. Sua arma era o raio e sua ave a águia, animal em que costumava se transformar. Zeus era um tanto mulherengo e teve diversas esposas e casos com deusas, ninfas e humanas, tendo vários filhos semi-deuses, entre eles, Hércules e Perseu.
HERA (JUNO)

Mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa do matrimônio, do parto e da família. Extremamente ciumenta, é vingativa com as amantes do marido e com os filhos de Zeus que elas geram. Íris, a deusa do arco-íris, era a servente e mensageira de Hera, e o pavão, a sua ave favorita.


POSEIDON (NEPTUNO)


O irmão mais velho de Zeus e Hades é Poseidon, o Deus do oceano. Morava em seu palácio no fundo do mar, junto a sua esposa Anfitrite. Com um movimento de seu tridente, causa terremotos e tsunamis - por isso os navegantes sempre rezavam para esse deus pedindo águas tranquilas e que lhes protegessem dos "monstros marinhos" (que eram as baleias).

AFRODITE (VÊNUS)

Deusa do amor, da beleza e do sexo, Afrodite é a mais bela das deusas. Ela nasceu quando Cronos cortou os testículos de Urano e arremessou-os no mar; Da espuma que surgiu na água, ergueu-se a virgem Afrodite. Sua presença causou tumulto no Olimpo, pois os deuses começaram a brigar para conquistá-la, inclusive Zeus. Temendo que o ciúme pusesse fim à paz que reinava entre eles, Zeus a casou com Hefesto,o mais decidido e tranquilo dos deuses, e também como forma de agradecê-lo por ter forjado os raios. E então, contraditoriamente, a mais bela das deusas acaba por se casar com o mais feio dos deuses, Hefesto, que era deformado e encardido. Hefesto construiu-lhe um cinto mágico de ouro, o Cestus, que tinha o poder de inspirar o amor. Mas Afrodite não gostou muito da idéia de casar com o feio Hefesto e o traia com o bruto e musculoso Ares, com o qual teve alguns filhos, Cupido era um deles. Suas aves favoritas eram os pombos e os cisnes, e a rosa era a flor a ela dedicada.


ARES (MARTE)

O terrível deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. Representado como um homem forte e de carater violento, ele tinha o prazer em apreciar a dor alheia e, no campo de batalha, pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Quando estão perto dele, as pessoas sentem raiva e vontade de bater uma nas outras. 

HEFESTO (VULCANO)

Também filho de Zeus e Hera, Hefesto era o arquiteto, o forjador, construtor de todas as obras do Olimpo. Foi ele que, com a ajuda dos Ciclopes, forjou o raio de seu pai Zeus e os gregos antigos acreditavam que as erupções vulcânicas eram causadas por este deus, que forjava no interior das montanhas. Hefesto nasceu tão feio que foi jogado pela mãe, Hera, - a despeito de ela ser a deusa da família - do alto do monte Olimpo. Ele despencou durante um dia inteiro até cair no oceano, onde foi criado pela oceânide Tétis (mãe de Aquiles). Ele aprendeu a forjar e, depois de adulto, decidiu se vingar da mãe. Hefesto fez um belo trono de ouro e enviou para Hera. Lisonjeada, ela se sentou, mas não conseguiu mais se levantar, pois o trono estava enfeitiçado. Vários deuses tentaram libertá-la sem sucesso, até que Dionísio, o deus do vinho, levou sua bebida para Hefesto, que bebeu até cair e foi carregado para o Olimpo para desfazer o feitiço do trono. Ao acordar, ele disse que só libertaria sua mãe se Afrodite, a mais bela das deusas, aceitasse se casar com ele. Assim aconteceu, Afrodite e Hefesto se casaram (esta é uma outra versão de como eles ficaram juntos) e Hera foi libertada do trono.

Certo dia, Hefesto descobriu que era constantemente traído por Afrodite por meio de Hélios, o sol que tudo vê, e planejou uma armadilha para eles durante uma de suas escapadas. Enquanto Afrodite e Ares estavam juntos na cama, Hefesto envolveu-os com uma rede tão fina que era praticamente invisível, mas muito forte, e levou-os ao Monte Olimpo para humilhá-los diante dos outros deuses. Estes, no entanto, apenas riram diante da visão dos amantes nus, e Poseídon conseguiu persuadir Hefesto a libertá-los como troca de uma garantia de que Ares pagaria uma multa pelo adultério. Pobre Hefesto!

DIONÍSIO (BACO)

Zeus se apaixonou pela mortal Sêmele, e ainda que Zeus ficasse sempre metamorfoseado de homem comum, ela sabia que ele era um deus porque ele lhe sussurrara isso mais de uma vez. Mas a ciumenta Hera, com raiva de ter sido traída mais uma vez por seu esposo divino, armou uma cilada para a rival. Sob a aparência de uma velhinha foi se encontrar com Sêmele e lhe persuadiu a perguntar para Zeus se este era mesmo um Deus, e não um impostor, e que lhe provasse isso. Sêmele ficou com sérias dúvidas, até que resolveu perguntar. Zeus tentou convencê-la a desistir, mas só fazia Sêmele insistir mais ainda. Então ele se revelou em toda a sua glória, resplandecendo em relâmpagos. O corpo de uma mortal não era capaz de suportar aquela luz tão intensa e a infeliz foi fulminada.

Acontece que Sémele estava no sexto mês de gravidez, e Zeus se apressou a salvar o filho que ela trazia no ventre. Para dar continuidade à gestação, o deus negociou com seu irmão Hades, o deus dos mortos, que concordou em lhe dá apenas o bebê. Zeus abriu a própria coxa e nela colocou a criança, depois fechou-a com grampos de ouro. Quando o tempo fixado pelo destino chegou a seu termo, Zeus deu à luz Dionisio, que se tornou o Deus do vinho, das farras, da loucura e do teatro.

O NASCIMENTO DE ÁRTEMIS E APOLO
A bela ninfa Leto foi possuída por Zeus e engravidou de Apolo e Ártemis. Hera, esposa legítima de Zeus, descobriu o romance e voltou sua ira para Leto. Pediu à Gaia, a Terra, que não oferecesse lugar para Leto, assim a coitada não poderia mais pousar sobre terra firme para ter seus filhos. Como se não bastasse, Hera ainda enviou uma enorme serpente para persegui-la, assim ela não ia permanecer viva tempo o suficiente para dar à luz.
Mas Leto, quase morrendo de tanta dor, encontrou a ilha de Delos, que ao contrário de todos os lugares que passara antes, não era ligado a Gaia, pois era uma ilha flutuante e podia abrigar e esconder Leto de píton, e assim ela conseguiu parir os gêmeos divinos.


APOLO (FEBO)

Apolo era o deus da luz e do sol, na verdade, os gregos acreditavam que ele era o próprio sol, conduzindo a sua carruagem dourada e resplandecente no céu, para chegar, à noite, ao oceano onde os seus cavalos se banham, enquanto a noite prevalece. Por isso era chamado também de Febo (brilhante). Seus cabelos eram louros e seus olhos claros como o dia. Também era o deus da música, poesia e da arte de atirar com o arco. Assim como sua irmã, era muito habilidoso com arco e flecha, e tocava belas melodias em sua lira. Com poucos dias de vida, lutou contra a enorme serpente Píton e a matou com suas flechas. 


ÁRTEMIS (DIANA)

Ártemis se tornou a deusa da vida selvagem e da caça. Seus cabelos eram negros e tinha olhos escuros, ao contrário de Apolo, ela era a deusa da noite enluarada. Como era uma caçadora, desprezava a companhia de homens, prometendo ser eternamente virgem. Possuia um arco e flecha como os de Apolo, só que prateados. 

ATENA (MINERVA)
É a deusa da sabedoria, imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe era páreo, pois, enquanto este só prezava a guerra violenta e sanguinária, Atena era extremamente estratégica. Filha de Zeus com a primeira mulher dele, Métis. Quando Zeus recebeu a notícia de que Métis estava grávida, ficou com medo de que seu filho o destronasse, como aconteceu com seu pai e seu avô. Então Zeus enganou Métis, que se metamorfoseou em uma mosca durante uma "brincadeira" imposta por ele, e acabou sendo engolida propositalmente pelo deus. Mas Métis gerou Atena no ventre de Zeus, que começou a sentir uma insuportável dor de cabeça, e pediu que Hefesto lhe abrisse o crânio com seu machado, e de lá saiu Atena já adulta e toda armada. A deusa jamais se casou ou manteve amantes, mantendo virgindade perpétua. A coruja é o seu símbolo e a capital da Grécia recebeu o nome de Atenas, como uma homenagem a esta deusa.


HERMES (MERCÚRIO)


Filho de Zeus com a deusa Maia, Hermes era esperto e rápido e estava sempre a serviço de Zeus. Ele era o mensageiro dos deuses e também conduzia a alma dos mortos até o submundo de Hades. Protetor dos viajantes, comerciantes, dos ladrões e trapaceiros, em suma, de tudo que requer habilidade e astúcia. Representado como um homem de sandálias e capacete com asas e também portando em uma das mãos o caduceu, uma vara com duas serpentes entrelaçadas.

Ainda bebê, o astuto Hermes inventou o fogo, friccionando folhas de loureiro com uma acha de lenha, criou um instrumento musical com os cascos de uma tartaruga, chamado Lira, e em uma noite, fugindo de seu berço, ele foi furtar cinquenta gados sagrados de Apolo, e os trouxe puxando-os pela cauda, para que as pegadas indicassem o caminho oposto e confundisse o deus do sol. Mas quando Apolo deu por falta de seus bois, ele logo desconfiou de Hermes, que negou dizendo que seria incapaz devido a tão pouca idade, mas mesmo assim ele foi levado ao Olimpo para ser julgado por Zeus. Ele continuou negando tudo. O problema se encerrou quando Apolo viu a Lira e seu doce som, o deus da música ficou encantado com o instrumento inventado por Hermes e ficou para si, deixando, em troca, Hermes ficar com os gados.

DEMÉTER (CERES)

Filha de Cronos e Réia, era a deusa das plantas, da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. De seu romance de trágico desfecho com Iásion, Deméter teve um filho chamado Pluto, que posteriormente tornou-se a personificação da riqueza e da abundância. Iásion morreu atingido por um raio fulminante enviado pelo enciumado Zeus ao surpreender juntos os dois amantes. De sua união com sei irmão Zeus nasceu Core que, raptada por Hades, tornou-se  Perséfone, a rainha dos mortos.

Há ainda outros deuses muito importantes, mas que não fazem parte dos 12 Olimpianos, como:




HADES (PLUTÃO)

Hades é o deus dos mortos. Não tinha assento no Olimpo porque preferia passar a maior parte do seu tempo no reino subterrâneo, o mundo dos mortos, chamado também de Hades, onde vivia com sua esposa que ele mesmo raptou, a rainha Perséfone. Assim como Zeus tem o raio e Poseidon o tridente, Hades possui um capacete que o deixa invisível. Por ser o deus da morte, era bastante temido entre os gregos. 


HÉSTIA (VESTA)


Também costumava aparecer entre os doze, Héstia. Quando foi dado lugar a Dioniso, o número total de Olímpicos passou a ser treze. Sendo tal número indesejável, e de modo a evitar conflitos, Héstia abdicou do seu lugar entre os doze. Ela é a deusa grega dos laços familiares, simbolizada pelo fogo da lareira. Cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares e ser incluída em todos os sacrifícios. Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. 


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Aprender


O seguidor nº 500 que se acuse.
Satisfarei um desejo (exequível) da minha preciosidade.

Ok, Mar, Adorei que fosses tu, faz todo o sentido.
Depois falamos!

Li por aí, na Blogosfera, uma pergunta que me pôs a pensar.

" Que gostarias de aprender a fazer?"

A resposta que me parecia fácil . . .  não o é
Primeiro, há tanto para aprender. 
A minha ignorância cresce a cada dia como é natural.

Aprender? Aprender mesmo?

* A conhecer-me por inteira.
*Conseguir ultrapassar fragilidades.
*Gerir melhor o tempo que me é oferecido pela vida.
*A ser paciente.
*A deixar fluir sem preocupações.
*A desapegar-me sabendo distrinçar importâncias.
*Gostava de aprender a viver em paz . . . é tudo.

O que resta é banal . . . aprende-se . . . se houver motivação e meios.




domingo, 8 de setembro de 2013

A Que Sabes . . . ?



Tens um sabor doce,
de açucar refinado pelo tempo.

A morangos acabados de colher,
frescos e sumarentos.

Com cobertura de chocolate,
perfeita para provar com os dedos.

Na gustação gulosa,
acrescentas o coco de sabor a calor.

És tentação molhada na embriaguez
do alcool no recheio.

O teu aroma abre-me apetites,
disposições culinárias.

De paladar desperto pelo odor,
serves-te em buffet livre.

Ouso uma trinca na apetível  iguaria,
acabo lambuzada,
sabendo a ti.


sábado, 7 de setembro de 2013

Dúvidas . . .



Desejar muito, lutar pelos sonhos, enfim, os provérbios aconselham-nos a perseverança.
Insistir na canção trauteada somente na nossa mente.

Ser  desistente: sinal de fraqueza.


Pois, eu não penso que seja assim tão linear.
A vida encarrega-se de alterar cenários, condicionantes e os nossos projetos e rumos terão de ser ajustados.
Os mapas da vida, com tudo o que ela contém, necessitam de ser redesenhados constantemente. 
E isto é trabalhoso, exigindo (auto)conhecimentos nem sempre percetíveis.
Por vezes, não cantar, apesar da vontade nos dominar por completo, pode ser indício de saber viver na mudança.
Adaptações podem ser a única via de nos mantermos inteiros e, quiça, mais felizes.



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Do ridículo à piroseira.



Hoje deixo, tão somente, uma pergunta:

Existe piroseira no Amor?