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domingo, 29 de junho de 2014

Da Arco Íris




Hoje estou assim . . .
a modos que ARCO ÍRIS.

Não é que a minha querida amiga me presenteou?

Visitem-na!

É um amor de pessoa e blogger.


Fazem-me bem as cores, gosto do colorido.
Hoje ? Ainda mais.
Tenho andado meio cinzenta e esta ternura tornou-se alento que me comoveu deveras.

Bem hajas, Arco Íris ! ! !


Dirk Dzimirsky



A querida Afrodite quis presentear.-me com uma publicação que teve origem num envio de mail sobre a obra de Dirk Dzmirsky
Obrigado, amiga blogger !

Trata-se de pintura hiper realista onde a obra se assemelha a verdadeiras fotografias.
Para os amantes da blogosfera deixo o link do seu blog: http://dzimirsky.blogspot.pt/

Espero que gostem.
O que pode nascer de um simples lápis e talento trabalhado !?
Espantoso, não achas?




sábado, 28 de junho de 2014

Onde estás ?




Como te encontrar?
Sinto-me perdida sem a tua presença.
Busco-te noite e dia,
a toda a hora te chamo
como ave sem bando.

Haverá maneira de te encontrar?
Envia-me um sinal,
dá-me as coordenadas da rota
para que te possa abraçar,
a estrada por onde possa seguir.


Onde estás neste momento?
Por certo, a salvo nos meus sonhos.
Ausente quanto um pulsar do coração,
próximo de mim,
habitando-me o ser.

É tão avassalador este sentir,
que mesmo por perto,
te quero trazer de volta para casa
onde sejas realidade sem tempo.







sexta-feira, 27 de junho de 2014

Distante



Há um mar de terra por diante.
Onde se faz tarde,
onde não há pressa.

Há uma ternura escondida.
Semeada algures,
pronta a ser colhida por aí.

Há um rasto escrito.
Rabiscado em papel de alfazema,
tatuado em mim.

Há um azul do dia.
Pintado debaixo de nuvens
encimado no olhar.

Há uma vontade de ir.
Ferida desconsolada na lonjura
felicidade por existires.

Há um oceano de cheiros.
Marés sucedendo-se no vento
perfumes que me contam de ti.

Há uma distância florida.
Cores que me resgatam do sono,
vida em si.




quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nem sei . . .


Martha Medeiros


Nem sei.
E porque haveria de saber?
O tempo atravessa-me pingando lembranças,
não me espera,
nem, tampouco, me explica.
Somente . . . passa.

Sou assim a modos que invisível,
simples grão no areal.
Estão a ver?
Chama-me o vento
que me desgasta.
O sol entontece-me 
de tantas voltas que dá.

Simplesmente . . . não sei.
Dizem que sou mulher,
semente do futuro,
dona de mim.
Serei?

Ainda agora esperava o Pai natal
e já me querem pedir responsabilidades.
Pois . . .

Passaram milénios,
séculos virão.
E . . . eu?
Respiro a vida,
mas . . . nem sei!



quarta-feira, 25 de junho de 2014

Gosto ... de banho de imersão



 Gosto quando me despes no olhar,
me preparas um banho de prazer,
convidando-me à entrega.

Então, aclaro na humidade 
dos teus beijos molhados,
lavo-me em tuas mãos húmidas,
 permito o abandono na imersão.

E, gosto de me perder 
em tuas águas,
desejos que harpejam
a minha fantasia,
tão límpidas como 
a paixão partilhada.

São tantos os líquidos trocados
peles soltas em êxtase,
 refregas sôfregas,
por onde deixo de me saber
neste tina onde mergulhei.

Então, fazes-te presente,
no instante,
como oferenda dos deuses,
resgatando-me em abraço ensaboado.

Gosto quando de esponja te vestes,
preparando-te para nova barrela
onde tua língua é esfoliante total.

Gosto deste gosto
de gostar 
de banhar-me (em ti)
em imersão total.



segunda-feira, 23 de junho de 2014

Meu Homem de Mar



Embrulhado em algas,
oferta de maré enchente,
deu à costa
meu homem de mar.

Coberto de espuma,
enrolado nas ondas,
divagou por balanços
de atrevimentos oceânicos.

Paralelos atravessou,
em meridianos se perdeu,
nas correntes se fez vento,
foi naufrago de ilhas sem tempo,
alheio a mapas sem norte,
adormeceu nos braços de ninguém.

Despido pelo oceano,
com cheiro a maresia,
viajou no grito da gaivota
 e no meu cais aportou.

Roubo-te ao mar,
chamo-te meu,
beijo-te o sal,
meu homem de mar.



domingo, 22 de junho de 2014

Quereres nocturnos


Mima-me, amor.

A noite esfria
na respiração das estrelas
arrepiando-me toda.

Procuro o amornado de ti
enrolando-me em tuas mãos.

Canta o teu ninar
no berço do aconchego
e deixa-me adormecer.

Leva-me as fragilidades,
dá-me de beber teu sabor,
deixa-me respirar teu fôlego.

Minguada em carências
que o tempo plantou,
afaga-me, amor.

São tenros os meus quereres,
dedicados os teus cuidados.

Quero secar as lágrimas
por entre teus braços,
enrolar-me em tua pele
e ser mimada . . . por ti.



sábado, 21 de junho de 2014

Do Acaso


Confesso que isto  do Acaso, Coincidência, Destino e familiares destes me confundem.


Há opiniões para todos os gostos,
como é habitual a algo que é de difícil comprovação ciêntifica.


Nascendo nós em sítio e família não escolhida, terá começado, logo aí, o nosso Acaso?
Serão incompatíveis as decisões,o livre arbítrio com o azar ou sorte que moram para lá das nossas vontades?


Pois...não sei.
Desta forma, aguardo pelas vossas opiniões.
Quem sabe não me iluminam à cerca da temática?


Em que acreditam?
Na sorte?
No fado da inevitabilidade?
Na sina?
Ou, por outro lado:
Na vontade?
Na persistência,
Na total liberdade?
Na responsabilização de tudo o que acontece ao sujeito?
Ou haverá por aí meios termos e
cada caso será único?


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Entre lençóis



Os lençois ainda se enrolam em teu calor.

Eu, 
ciumenta, 
ocupo o espaço
onde, há pouco, me olhavas.

Aperto as pálpebras 
num improviso de faz-de-conta
onde o "ainda agora" me apetece no "já".

A epiderme da cama exala teu cheiro,
em troça sem vergonhas.
Sabe da minha saudade impaciente
dos teus beijos,
da tua ternura,
do teu desejo enlouquecido,
paixão de minha vida.

Impotente,
sinto o vazio de ti,
a tua despedida breve 
de segundos 
que se vestiram de eras.

Rebolo-me neste leito,
doce cúmplice por onde te espero.

Estendo braços,
sobram-me pernas,
faltas-me tu.

Procuro-te por entre lençóis que se enrolam em teu calor.




quinta-feira, 19 de junho de 2014

Ancora



Habito no antegozo de te arpoar
pois se o mar é casa tua
onde anseio ancorar.

Deixo as marés coarem
a luz do teu hemisfério
e nela viajo para ti.

Avizinho-me de abraço teu,
enlaço obstinado,
de soltura proibida.

Encurto distâncias,
quebro barreiras,
salto meridianos
navego por oceanos de ti.

São improvisos soltos
movidos a fomes mudas,
agitados em ventos do Sul.

Cuido dos nós desatados
 em jangada naufraga
onde sou ancora 
e tu porto seguro.



quarta-feira, 18 de junho de 2014

simplicidade amorosa



Não me peças cautelas,
recatos e salvaguardas.
Não consigo evitar 
a pele suada,
o coração acelarado,
este bem que acontece 
quando em ti penso.

Sou assim, meu querido.

Simples, carente
na vontade de seres meu.
Dispenso conselhos, 
provérbios e filosofias
na hora em que vens morar em mim.

Como te dizia:
- Não me peças,
te ofereço tudo.



terça-feira, 17 de junho de 2014

Aconteço


Aconteço no tumulto do pensamento,
na profundidade do vazio,
na força da inquietação.

Sinto-me em conversas mudas,
em voos subterrâneos,
nas palavras que ficaram por dizer.

Sou-me em tempestades sem vento,
amores sem dono,
terra de ninguém.

Reconheço-me em avessos disformes,
reflexos sem sombra,
sonhos sem sono.

Visto-me no ser mulher,
tecida na sensibilidade,
fragilidades minhas.

Entre esse 'bom demais' e
o choro de não me querer mais . . . aconteço.



domingo, 15 de junho de 2014

. . . nas escadas . . .



No sobe que desce
tropeça-se em degraus
que nos fazem cair de amores.
São escadarias de patamares redondos
como teus braços,
bocas esfaimadas de querer mais.

No ritmo do vaivém
percorrem-se cumes, grutas,
precipícios e serranias.
Tudo vale neste vão de escada
onde o toque dirige mãos, 
dedos percorrendo passadiços 
ora ascendentes 
ora descendentes.

No desce que sobe
perdem-se suores,
para logo se encontrarem noutras peles,
desejos escalados
no sangue fervente da paixão.

No escadeado de beijos sem pé
escorrega-se para lá do possível,
restam feridas,
penas ensaguentadas do voo inclinado.
Há uma escada para subir 
ou, quiçá, descer.


Um sobe que desce,
um desce que sobe
calcorreado em desníveis,
atapetados na loucura.
Vertiginoso declive
a encosta desta escada,
sopé, subida, elevação
e queda
de se ser,
de te ter.


sábado, 14 de junho de 2014

Da Sorte



Conduzida ao acaso,
levada nas asas da sorte,
quis o mar raso
deixar-me sem norte.

Decidi-me saltar deste atraso,
Risquei-me em linha forte,
lancei semente ao vaso,
ventre de vida e nunca de morte.




"A perseverança é a mãe da boa sorte."
Miguel De Cervantes



sexta-feira, 13 de junho de 2014

em espera



Arrefece o braseiro do teu beijo
em meus lábios.

Os contornos de teu corpo
desalinham-se no meu
em lembranças que se vão.

Morno está meu olhar
entristecendo-se na espera.

Ainda sinto teu cheiro,
ténue como o sorriso
com que te despediste.

Porque tardas, amor?
Acaso te esqueceste do teu breve adeus?
Tu prometeste . . .

Abracei essa loucura
com teu nome 
e te aguardo.

Guardei cada afago,
cada carícia,
cada suspiro,
e deles me tenho alimentado,
na esperança do teu abrir de porta.

É-me insuportável o esquecimento,
pois se minha pele é cicatriz tua,
meu coração, 
tatuagem, indelével, de ti.



quarta-feira, 11 de junho de 2014

. . . menino . . .



Se tu perguntasses!?
Oh! Meu menino de oiro!
Se tu soubesses!?

Há mundo diferente . . .

Nem todo o ventre se rasga
em fome de beijos,
nem todo o olhar se perde no aqui.

Há flor de outra cor . . .

Nem todo o céu te cobre
de dias iguais,
nem toda a estrada vai dar ali.

Oh! Meu menino de oiro!
Se tu soubesses!?
Se tu perguntasses!?

Há infância diferente . . .

Nem todo o tempo se esvai
na repetição do tem que ser,
nem o nascer tem de ser assim.

Há dia diferente . . .

Nem o Sol só é despertador
no ritmo que te faz crescer,
nem a noite é coisa ruim.


Quem dera ofertar-te 
outro mundo,
outra flor,
outra infância,
outro dia
para perguntares e saberes 
o como é bom ser menino de oiro.


terça-feira, 10 de junho de 2014

Nostalgia


Apetece-me silenciar,                        
beber de águas mansas,
deixar ir.

Abandonar-me por leitos vazios,
tapar-me no tempo,
ficar aí.

Depor armas,
baixar os olhos,  
quedar-me só.
              
Sair de mim,
despir-me da vida,
ser ninguém.

Supor-me além,
não sei onde,
talvez nenhures.

Bastam-me
lonjuras,
vastidões,
locais sem mim.




segunda-feira, 9 de junho de 2014

Segue o Trilho !


Não te distraias com os brilhos do mundo,
repara no carreiro que desenhei,
trilho por onde me fui despojando.

Olha!
Segue o meu cheiro,
repara nas pétalas da minha pele
que atapetam o caminho.

Preparei atalho à tua medida,
viela que só tu podes pisar,
percurso onde sou o X.

Não te acanhes,
pois não sabes que só a ti espero?

Ouve a minha voz
que faz coro com as ondas,
chamando-te sem descanso.

Toma a estrada,
desfaz-te da bagagem,
agarra o sopro que te impele.

Não sentes?
É fado nosso,
o destino de te esperar,
o cuidado de me procurares.

Segue o Trilho
e deixa que o Acaso seja nossa fortuna.


sexta-feira, 6 de junho de 2014

(eu) Voo



Fermenta-se-me na medula
um vapor destemido,
assim como chuva em dia de verão.

Trepida-se-me o íntimo
em pulsar de chamada,
tal como o tiquetaque do tempo.

Ondula-se-me no desejo
vontades inconfessáveis,
que nem maré viva.

Inquieta-se-me a essência
em olhares proibidas,
do jeito que nem notas.

Revolve-se tudo em mim,
pairando no ar 
movimentos,
pensares
 que se te dirigem.

São balanços víscerais,
hesitações inquietadas,
vagueares vacilantes,
trémulos no voo de te querer.



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Convite (a horas imperativas)


- Mora comigo?
- Você não tem casa.
- Então mora em mim.
Caio Augusto Leite

Solta amarras,
deixa o cais,
embarca no Instante.

Parte correntes passadas,
inspira ar novo
porque a vida não espera.

Dá-me a mão,
vem!


um abrigo sob as estrelas,
ninho tecido em fios de luz,
banho de orvalho, 
banquete acompanhado a maresia.

Desata laçadas
nega trivialidades,
cerra-te ao mundano,
faz morada em mim.

Despede tristezas de outrora,
desacompanha  omissões,
sorri
porque o mundo é já ali.

Vem ser-te
em minhas auroras,
agasalhar-te nos meus mares,
mergulhar em profundezas minhas,
vem morar em mim.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

Abraça-me !


Colo-me nesse abraço,
união morna de te ter.

Acolho-te em desejo quente,
fome de fronteira em ti.

Enlaço-te nessa teia de pele,
novelo que só tu sabes desenrolar.

Encaixo-me nos teus olhos,
baía branda onde me ancoras.

Enleio-me nessa fusão,
pacto escrito por céus teus.


Arrumo-me quando me abraças,
aperto sem nó . . . só nosso.




terça-feira, 3 de junho de 2014

São Pérolas, senhor, são Pérolas e já vão no milhar . . .


Isto do tempo passar depressa parece conversa engelhada,
pois parece.
No entanto, e sem me dar conta, cheguei à publicação:




Para tal, quis vestir-me a rigor para receber os/as meus/minhas amigos/as.
Experimentei juntar umas pérolazitas, de tamanhos vários e adornar-me.
Nãããã . . . 
Muito pesado.


Troquei por algo mais actual e elegante.
Hummmm . . . 
Chique demais.
Gosto da simplicidade.


Ainda ousei um modelo que me realçavam as costas.
Um mimo, mas quero estar no meu melhor em todas as frentes.
Experimentemos algo mais íntimo, caseiro, quiça.


Que acham ?
Talvez não seja a melhor opção.
Podem achar-me uma depravada, embora a sensualidade tenha sempre lugar por aqui.
Lá vou eu outra vez.
Tenho de despachar-me, os convidados não tardam.


Jovial!
Gosto.
Afinal, uma pérola não tem idade, 
ou melhor,
 o tempo aprimora-a.


No meio desta azáfama, chega-me companhia : 
o amor das palavras, imagens e músicas que vou visitando por aí.


Também a ternura que visto em cada palavra quis marcar presença,
caiu-me aos pés todos os sentires, afetos e sensibilidades
Sou uma lamechas, eu sei !

Despi-me de preciosidades e fiquei EU:
nua de pontuações, gramática ou verbos.

Reduzi-me a ser flor.


Tenho nome herdado,
a família assim o quis.
Mal sabiam eles que a origem estava em Pérola


Aqui deixo uma pequena margarida para ti,
singela, despretensiosa.

Obrigado por me teres compelido até aos mil.
Que posso eu mais desejar?

Adoro-vos, Blogosfera ! ! ! 




segunda-feira, 2 de junho de 2014



A água uniformiza-se em aborrecimento  parado,
suspira a neblina dissipada.

Longe do tempo,
existe-se no prolongamento do esquecimento.

Pois é neste lago sem mapa
onde nasci,
cresci,
que teimo plantar-me.

Desconheço ruídos,
agitações de outros mundos,.

De quando em vez,
há ventos que sopram o meu nome.

Chamam-me.

Tolhida em fraquezas quietas,
por ali me deixo.

Que me  hei de fazer 
se só assim me (penso) conheço(er) ?