quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia de todos os Santos / Dia das Bruxas / Halloween

"A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bertanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.
Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").


A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:

Origem Pagã

 

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos.

Origem Católica

 

A festa em honra de Todos os santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa gragório III († 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gragório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente.

 Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".

A celebração do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista.

Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã."

Wikipédia

 

Factos históricos à parte, a realidade remete-nos para festejos tão diversos como verdadeiras romarias a cemitérios onde se recordam os defuntos bem como a camadas mais jovens imersas em tudo o que tenha a ver com bruxaria.

Esta última tendência, mais recente.

Há apenas algumas décadas o hábito entre os jovens era o 'Pão por Deus' ou 'pedir os Bolinhos' como lhe chamam por terras do centro.

Seja como for é feriado graças à nossa tradição cristã-católica.

Que aproveitem bem o  descanso, com ou sem superstições.

 

Mensagem sem destino !


 
 Desapressado, o toque das tuas palavras ecoaram no meu íntimo.
Ao correr do tempo tornaste-te presente, sem propósito delineado.
Com a intuição por conselheira, confiei, confio.
Invadiste-me de forma consentida.
A troca de pensamentos, de vida em forma de letras, de melodias transformam-me.
Nesta partilha comum, a simplicidade faz-me acreditar.
Sinto-te sem te ver, sem te olhar.
Conheço-te por osmose, levada pela mão do afago imaginado.
Sabes?
O vento da vida sopra-nos em orientações de rumos e sentidos diversos.
Que importa!
O essencial é que te sei aí, desvendei a tua existência.
Posso nunca defrontar-me contigo, porém o teu Ser único basta-me.
És! Isso chega.
Satisfazem-me diálogos interrompidos, palavras proibidas, distâncias reais.
Porque o aroma da tua essência inebria-me, o 'Tu' completa-me.
Desconheço se receberás este escrito.
O valor reside em te saber bem, feliz.
Por aqui continuarei a conjugar a abnegação e aguardar o fluir da vida.

Obrigado por exitires!


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fada da ... Fantasia.




Mãos cheias de quimeras
encantam sedutoramente.
Ilusão palpável
depósito de desejos.
Move-se soltando pétalas pefumadas
repletas de vontades.
Fada bela, a Fantasia.
Sedução mágica
em cascatas de vida.
Precioso enlevo
pincelado de matizes deslumbrantes.
No sonho da imaginação
enreda rotinas, 
mistura insensatos quereres,
carrega a fada nosso 'eu'
para terras risonhas.
E em chão irreal
irrompe felicidade.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O...



...tempo, assombroso,
galga miragens,
transpõe sonhos
em raios cegos.

O...
...tempo ofusca
em realidade baralhada.

O...
...tempo consentido
vem iluminar
meus sentires,
acordar meu corpo.

O...
...tempo em ti
é serena espera, desassossegada.




? ? ?

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- ACREDITAR -

- DINHEIRO -

Eis duas coisas que geralmente não associamos.
Ou melhor:

- Quando a parte financeira é uma preocupação da nossa mente (por não termos os recursos suficientes para nos esquecermos da necessidade dela ), lançamo-nos em jogos de azar ou sorte, sonhamos com uma herança inesperada, tornamo-nos crentes em momentos de pedidos involuntários a divindades várias...

- O Acreditar conduz-nos (falo por mim, apesar de vos associar ao pensamento) a dimensão menos materialista.
Gostamos de acreditar... que acreditamos.
Então, acreditamos em nós (ou não), nos outros (ou não), em algo sobrenatural (ou não), no Amor (ou não), no Destino (ou não)...

Embora ainda existam uns milhares de pessoas no nosso Planeta que não precisem de pensar no dinheiro, o Acreditar estará presente na vida delas, de alguma forma.

Eu incluo-me na massa densa da grande maioria onde o Acreditar é tão necessário quanto o Dinheiro.

Não os costumo relacionar, mas esta imagem deu origem à partilha.
(Desculpem-me!)

Acreditar parece-me mais fácil impresso em notas (!) ? ? ?
Ou será mera miragem ? ? ? 
Tão insignificante quanto o valor real do 'papel' ? ? ?

domingo, 28 de outubro de 2012

LUA


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“Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém”
– Mark Twain


O tal do 'Lado Lunar' que, tão bem, Veloso canta.

Porque somos humanos com ambições de perfeição.
Porque queremos o que não podemos e vice-versa.
Porque a relatividade é regra e uma luz pode ser  entendida como sombra.
Porque a nossa complexidade atrapalha-nos, confundindo-nos.
Porque, tal como a Lua, somos corpo individual e as relações nunca são transparentes.
Porque Twain o disse!

sábado, 27 de outubro de 2012

Teia


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Tecida com fios temerosos,
na fragilidade do ser,
a existência ganha contornos de pavor.

Enredada teia
 no desalinho de linhas entrecruzadas.

Na mira...o desequilibrio...a apreensão...a fraqueza do terror.

Provocação perturbadora.

Desígnio que descontrola.

Confusa, envolta em receosa trama,
permito a dúvida, a hesitação.

Traiçoeira ausência de confiança, de certezas.

Caindo em enredo de finas elaborações
combato pela liberdade da ousadia.

Sem medos!

Sem teias!



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Chegas !


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Chegas
com vagares lunares
esperando ritmos datados.

Chegas
com ondas nos olhos aguardando marés transbordantes.

Chegas
com música suspensa
ouvindo sinfonias incompletas.

Chegas
com vestes de ternura
soltando pedaços de vida.

Chegas...Porquê?



Mistura


Brincas!
Com o indicador vais delineando os caracóis no meu cabelo ondulado.

Gosto!
Do teu toque cauteloso, disfarçando carinho voluptuoso.

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Sorris!
Com o teu olhar envolvente, marotice adivinhada.

Rendo-me!
A esta cumplicidade, causa da amálgama de sentires, miscelânea de mim e de ti.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Olhos nos Olhos !



Gosto de olhar as pessoas nos olhos. Inclusivé os animais, mas estes revelam-se mais previsíveis e de fácil leitura.

Dialogando ou simplesmente observando, o olhar pode - e diz - muito mais que palavras bem articuladas e discursos coerentes.
Há quem diga que estes nossos preciosos orgãos são o espelho da alma.
Pois bem, são mais do que o reflexo do espiríto, incluem imagem do fisíco, do pensamento, do estado de alma, do sonho, do desejo, do verdadeiro 'ser'.

Enfim, mirando atentamente podemos ler, descobrir, sentir toda uma série de pensamentos e características que, doutra forma, permaneceriam escondidas.
É óbvio que as nossas limitações podem induzir-nos em erro. Somos mestres em só 'ver' o que queremos ou que nos será mais desejável.
Porém, se tivermos o esmerado cuidado de examinar zelozamente a vista alheia, em todo o seu pormenor, com todos os movimentos inerentes, assim como as contrações da pupila, há uma visão da essência do outro que facilmente, sem esta atenção, nos escapa.

Comecei por dizer que gosto de olhar as pessoas 'olhos nos olhos'. É verdade. Faço-o instintivamente. Quem desvia o olhar também me ´fala'.
Acabo por confessar que também gosto de me olhar nos olhos. Aliás, o espelho para pouco mais me serve.
Estes olhos castanhos com que a natureza me dotou gritam, sussurram, lamentam, riem, deprimem-se, zangam-se.
E não tenho argumentos para os contrariar. Refletem o meu íntimo mais recôndito.
Às vezes tento a indiferença, mas eles revelam-me e não consigo fugir de mim.

Assim, prossigo neste olhar buscando almas que se escondem, disfarçando-se, e nesta senda deparo-me com a vida, em todas as suas vertentes.





quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Rainha

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Afagas-me no teu mar de delícias.

Mimas-me no teu seio despudorado.

Queres-me em ti.

Desejas-me em insanas fantasias.



Ai...Loucura das Loucuras!

Em domínio teu...fazes-me tua Rainha.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Deixo-me levar . . .

Deixo-me levar pela espuma,
quimeras da vida.

Abandono-me ao morno do pensamento.

Voo, flutuo,
moro na suspensão.

Leveza apetecida,
desapego querido.

E no limbo da indefinição
a tua silhueta aparece.

E o vago da orla onde me equilibro fala-me, recorda-me.

Afasto as palavras, as memórias, e deixo-me levar...



Prémio Dardos


Do amigo Edumanes este selinho,
o recebi com enorme carinho.
Presente imerecido do poeta rimador,
respeitado e grande criador.



O prémio Dardos, prestigiado no mundo dos blogs, reconhece o mérito diário a cada blogueiro que com amor e dedicação faz espalhar o seu conhecimento e criatividade, tornando-o disponível para todos na Web.
De acordo com as regras devemos:- exibir o link do blog de quem se recebeu o prémio-escolher outros blogues para receber o selo Dardos-avisar os escolhidos.
É muito difícil escolher entre tantos amigos mas...existe uma regrinha, então vamos à listinha sintam-se à vontade para aceitar ou não:
Os blogs que eu indico:
- António
- Luna
- Mar
- Pretty in Pink
- Lilá(s)
aNa
Vic
D.
Claúdia 

Tantos mais gostaria de incluir nesta lista.
Meus amigos e amigas da casa, se gostarem levem-no.
Só peço que me avisem.
Eu ficarei honradíssima com a vossa aceitaçao.
Obrigado!

-

domingo, 21 de outubro de 2012

Sou . . .



Sou . . .
remoinho inquieto,
dúvida constante,
ventania lacrimosa,

Sou . . .
regozijo sem hora,
vontade alucinada,
sofreguidão descomedida.

Sou . . .
timidez embaraçada,
insegurança desequilibrada,
préstimo inútil.

Sou . . .
sol nublado,
nuvem deformada,
flor despercebida.

Sou . . .
mulher incompleta,
garota despropositada,
pessoa em construção.

Obra do acaso, hesitante, oscilando na permeabilidade dos sentimentos,
sem saber o que sou.

Sou . . .
certeza na vacilação do 'não sei'.



sábado, 20 de outubro de 2012

O Devir Social...



As horas, os dias, os meses, os anos os séculos passeiam-se no seu ritmo certeiro.
O Homem muda, a Sociedade abraça novos conceitos e prioridades obsoletas vão-se diluindo.

Mas, no limite, estaremos assim tão longe dos nossos primos afastados de épocas  pré históricas???
Na essência, os géneros terão invertido papéis ou são meras adaptações à evolução???

Não sei! São dúvidas que me assistem...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Gota


Gota, pingo de emoção.
Basta uma só.
Pedaço de satisfação
que inunda inteiro existir.

Gota, fragmento de mim.
Razão suficiente.
Carrega rastilho,
modificador de humores
contraditórios.

Faço-me, desfaço-me em gota única.
Reduzida a pequenez irreparável.


"Somos um aglomerado pensante e errante; uma gota de água no oceano da vida...!
 Matusalén Kossmann Bergamin

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sonho




Na musicalidade das tuas palavras sonho.
Doce ilusão ao sentir-te.
Transportada pela fantasia toco-te.
Sendo-te impossível olhares-me prossegues.
Devaneio sem fim, alimentado-se da imaginação.

Sonho!
Quero!
Desejo,
ternos afagos, amorosos sussuros
que caem sobre mim
como chuva de pétalas perfumadas.

Ilusório local onde nos encontramos.
Quimera para sempre possível.
Domínio do querer.

Excelso lugar
eu pertenço-te,
tu és meu.
Incorporamo-nos na mansidão de sentidos nossos e
tornamo-nos reais,
na verdade do nosso amor.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Ironia

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"A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos.
Na Literatura, a ironia é a arte de zombar de alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reacção do leitor, ouvinte ou interlocutor.
Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo.. Para tal, o locutor descreve a realidade com termos aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalorizar."
Wikipédia

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Confesso que a ironia é um conceito que me confunde. Assim, resolvi escrever sobre a temática com a finalidade do próprio esclarecimento.
Atendendo à definição encontrada, tenho para mim, que está relacionada com a mentira ... o gozo ... a troça ... a brincadeira ... a dissimulação ... enfim, de alguma forma, tem o fingimento como componente.
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Não domindo a técnica, no entanto constato que 'ser irónico' faz parte do quotidiano, sendo transversal a todas as áreas da realidade: social, politica, familiar, pessoal, profissional, ...

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Ser irónico pode transvertir-se em arma defensiva ou, quiça, ofensiva.
Seja qual for o caso não me parece que seja um instrumento de linguagem inócuo.
Contém sempre mensagens subliminares, segundas intenções.
Esconde-se no refúgio da inteligência ou da esperteza ou pretensas habilidades.


Abarcando universo tão vasto, continuo sem saber ser irónica e, por vezes, nem entender que o estão a ser para mim.

Uma das minhas limitações que pode fragilizar, ou não!


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Contradições

 

Revolvo memórias envoltas em inconguências.

Coração abrasado reclamando delicias amorosas.

Razão equilibrada em exigências legais.
Cabeça inundada de princípios morais, rigídas regras, assentes na fria pedra do social.

Batalha sofrida, esta.

Permitida, não apetecida.

Ásperas decisões, gestos a contragosto.
E peso, meço danças de sentires, de quereres.
Sem aviso escolho o amor e o cérebro não me diz que não.

Contradições desorientadas que rumam ao sonho prazenteiro.
Que esmoreçam os juízos e triunfe a ternura dos afetos.
Nada mais me importa....

Dos pólos brotam extremos enleados.
Parodoxal ardor que dá forma à vida, tornando-a visão apetecível.



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Toque de Sino !



Sou um sino na noite.
Imóvel, em calmaria espera.
Observo haurindo a vida.
Sorvo a luz que se transmuta a ritmos naturais.
As ânsias e quereres dispersam-se pelo macio do tempo.
Esta quietude finda a um singelo Toque.
De ti.
E o timbre da minha voz sacode a indiferença.
Do que me cerca.
De mim.

Irrompendo na disponibilidade intemporal ressôo...tendo-te como culpa.




domingo, 14 de outubro de 2012

Histórias Reais


Fruto da instabilidade outonal, ou talvez não, a realidade é que a garganta arranha-se-me. Até tenho dificuldades em adormecer com a sensação incómoda. Já nem sei que mais hei-de tomar.

Mas, pior que este desconforto doentio, é saber de situações que me arranham as vísceras fazendo-me sentir repugnância pela humanidade traduzida em usos e costumes ( de respeitar, já sei, estudei Antropologia) que não consigo tolerar.

O(a)s mais sensíveis, hoje, não leiam.


Venho falar de Waris Dirie que será conhecida de muitos, mas admito a minha ignorância.

Menina nascida no Deserto da Somália, que não sabe ao certo a sua idade. Na actualidade  45/46?.


 Passou a infância a pastorear os camelos e cabritos de seu pai em pleno deserto.
Aos 5 anos foi submetida à mutilação genital. É um rito em que as meninas são cortadas, para se manterem virgens até ao matrimónio.
Não desço a pormenores porque me envergonham e arrepiam.
  

Fugiu aos 13 anos para escapar ao casamento forçado com um homem de 60 anos que prometeu por ela 5 camelos.
Atravessou mais de 500 km de deserto sózinha, descalça até chegar à capital Mogadíscio. Aqui uma tia, casada com um diplomata, que ia para Londres levou-a consigo.


Na capital londrina, enquanto trabalhava como empregada de limpeza foi descoberta por um fotógrafo que a lançou no mundo da moda.
Tornou-se modelo de prestígio internacional ganhando fama, êxito e dinheiro.


Depois de deixar as 'passerelles', a moda e cinema passou a dedicar-se à luta contra a mutilação genital percorrendo o mundo pela causa.
Graças ao seu trabalho de divulgação e consciencialização, 16 países africanos já proíbem tal prática.
Fundou a Fundação 'Desert Dawn' para lutar contra esta violência.



Voltou à sua terra natal, onde as mulheres são meros animais sem direitos, após 22 anos. O pai já frágil e cego revelou-lhe que estava orgulhoso dela (?!). E ela chorou...
Um mundo inimaginável para os comuns portugueses.
Hoje é embaixadora da ONU para o combate à mutilação genital.


Interrogada se mudaria algo no seu corpo, as suas pernas arqueadas, responde que não. Essas pernas são fruto da desnutrição que sofreu enquanto criança e recordam-na das suas raízes.


E afirma:
"A única beleza que valorizo é a da alma. Devemos estar gratos por estar vivos."

P.S. E a garganta inflamada deixou de me incomodar...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Guloseima

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Doce,
deslizas os teus murmúrios
pelas minhas  fontes.

Meigo,
deslizas teu corpo
pela minha pele.

Terno,
gotejas carícias
pela minha alma.

Afável,
entornas beijos
pela minha essência.

Amante,
exalas prazeres
pelos meus poros.

Enlouquecendo-me com gulodice.

E..harmoniosamente,
com aprazível deleite, consumimo-nos, docemente.



P.S. A seu pedido,  para o meu amigo Alberto se 'lambuzar' com um doce a partilhar com a sua cara metade.
Queres mais 'mel', caro Alberto?



Ilusão




Delírio
que me arranca da realidade.

Alucinação
que me tranporta para a fantasia.

Desvairio
que me deixa de cabeça oca.

Loucura
que me faz sonhar.

Estusiasmo
que me impulsiona.

Insânia
que me deixa irreconhecível.

Demência
que me torna cristalina.

Alienação
que me faz perder-me.

Devaneio
que me deixa sem tino.

Pesadelo
que me prende.




quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Rotina...s...


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O tempo deve ser das poucas coisas igualitárias. É igual para cada um, em qualquer parte da Terra. Um segundo decorre durante o mesmo espaço de tempo aqui e na Austrália.

Um dos motivos a que nos leva a percecioná-lo de formas tão diferentes tem origem nas rotinas a que somos sujeitos desde o nosso pré nascimento.

Os horários, as tarefas pré estabelecidas, as ações auto impostas, o trabalho condicionam a maneira de sentirmos o tempo passar.
É como se o rotineiro nos amarfanhasse e deixassemos de ter espaço temporal para sermos tão somente o 'Eu'.

A sociedade organizada exige esta arrumação, esta definição de horas com acontecimentos pré determinados.

Contudo, os costumes podem e são os maiores inibidores de crescimento e de descobertas.
É que precisamos de tempo para evoluirmos e as rotinas condicionam-nos.
Repensar o tempo de  que dispomos precisa-se.
E com urgência.
Afinal todos temos prazo de validade.
Cabe-nos decidir como o queremos viver: em plenitude, fiéis a nós próprios...ou não.

(Corremos o risco de nos esfumarmos antes mesmo de 'sermos'.)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O coração


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Muito para além de ser o orgão principal do Aparelho Circulatório, ao coração é-lhe atribuído um sem número de funções.
Morada de sentimentos que podem variar dos amorosos aos mais sombrios como o rancor ou o ódio.
Por outro lado, é como se os sentires e as suas variantes tivessem existência palpável e se pudessem organizar, arrumar.
E onde encontraríamos as materializadas mentiras, os segredos visíveis, os corpos das desilusões e por aí fora?
No coração, claro está!
Numa qualquer cirurgia ou autópsia ao referido orgão era ver os técnicos de saúde a depararem-se com complexos reprimidos a evadirem-se, modas a esconderem-se de vergonha, amizades ingratas dissimuladas e amores esvoaçantes, numa eterna demanda, para não falar de sensibilidades mais delicadas.

É engraçada esta forma que o Homem tem de alojar no coração todos os afectos!

Não usamos todos a forma de coração, que por acaso (mas é mesmo só por acaso) nada tem a ver com o feitio do dito na anatomia?
São as mãos em forma de coração, os desenhos, enfim um mundo infindável de representações como tão bem sabem.

Seja lá como for, a verdade é que sem o orgão em questão e os respectivos batimentos, o líquido vital não alimentaria as nossas célulazinhas e nós 'já éramos'.

Tenho cá para mim que lhe confiamos a nossa essência (sentimentos incluídos) porque a nossa mera existência física dele depende.

Quem não gosta de ouvir: 'O meu coração é teu'? - Palavras simbólicas de entrega e confiança total.
Da vida, em suma.




terça-feira, 9 de outubro de 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sou . . .


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Sou levada...em suaves sopros,
roupagens de cor que me aconchegam.

Sou envolta...em doces sentires,
brisas afectuosas que me alentam.

Sou enredada...em adoráveis tramas,
histórias que me transfiguram.

Sou consumida...em apetecidos carinhos,
gestos que me saciam.

Sou conduzida...em vertiginosa viagem,
caminhada que me enriquece.

Sou mimada...em indescritível paixão,
intimidades que me enlouquecem.


domingo, 7 de outubro de 2012

Águas



Suspiro pela respiração que me arrepia.
Anseio pelos dedos que me entontecem.
Espero pela aragem do teu movimento.
Grito pelo sussuro dos teus murmúrios.

Reclamo, exigo e ... tardas.

És fôlego ausente.
O teu corpo passeia-se noutros cheiros, dedilhando outros espasmos.
Deslocas-te em atmosfera alheia.
Ofereces doce néctar em palavras inaudíveis.

Continuo prenhe de quereres, deslizando por instantes incessantes.

Mergulho na dúvida.

É a distância?
Contratempo?

Afundo-me no desmesurado desejo de ti.
Tornas-te miragem.

Em rodopios insanos não cedo.

Abandono-me em oferta, que recolhes, enfeitada de ternura.
Doação derradeira que encontra palco na lagoa de 'mim' e no lago de 'ti'.
E já não suspiro, anseio, espero, grito, reclamo ou exijo.

Ganho existência no 'Nós'.
Vivemos existindo em águas enleadas de afectos e ... basta.


sábado, 6 de outubro de 2012

Viagem ? Saudade ?


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Passamos pela vida e as recordações vão-se acumulando. Iniciámos esta viagem desconhecendo apeadeiros, pausas, paragens e destino final.
No entanto, a bagagem vai aumentando, quer queiramos ou não. São experiências, pessoas que se atravessam à nossa frente, sentimentos em que tropeçamos.
Gostamos de pensar, que ao desejar, ao sonhar e tudo fazendo para que se concretizem, controlamos a nossa deambulação pela Terra.
E, assim, apegamo-nos ao considerado essencial e sofremos ou divertimo-nos com as nossas 'verdades' como companhia escolhida.
Acarinhamos o que carregamos dentro das 'malas' e sentimo-nos confiantes.
Até podemos ter saudades de coisas que perdemos, que passaram, de pessoas desencontradas ou desaparecidas.
Queremos acreditar que faz tudo sentido e a saudade pode ter um papel de ligação entre episódios desgarrados.
Neste percurso o que me é mais penoso é o desejo não materializado, a lembrança do sonhado, sem materialização correspondente.
Pois! A saudade do irreal pode doer mais, muito mais.
E porque carece de termo de comparação, a nossa imaginação, sendo o limite, não tem fronteiras, conduz a sentires desmesurados.

Gemido



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Gemido.
Som adormecido,
pausado,
nos braços do lamento.

Gemido.
Solto,
à deriva
caído nos grilhões do silêncio.

Gemido.
Apelo,
gritado
sem rendição no horizonte.

Gemido.
Amoroso,
insaciável
vocalização do coração.

Gemido.
Sofrido,
ensanguentado
de dores configurado.

Gemido.
Silencioso,
engolido
de mãos dadas com a indiferença.

Gemido.
Ar retido.
ar expelido
em contradições.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

* Humor *





Será que ainda nos resta a capacidade de rir?


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

" Em sofrimento "


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O grito que se me agarra à garganta rebelda-se e não consigo vocalizá-lo.
Quero acreditar!
Quero pensar que é possível!
Porém, sinto grades que me aprisionam, carrascos ameaçadores.
Quero acreditar!
Quero pensar que é possivel!

Dói-me a alma.
Grita o meu coração.
Enlouqueço ao pensar.
Gemem os sentidos.
Rasga-se-me o ventre.
Amputam-me os membros.
Cega de tanto perscrutar.
Emudeço de garganta apertada.
Esvaziam-se os pulmões.
Pereço esquartejada.
Despedaçada.
E ao longe...a Luz!



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Metamorfose


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Transformas-te...

Ao correr do Vento...

Ao Sabor do Tempo...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pensamentos ?


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Somos um todo de difícil leitura.
Consoante a situação, apenas um pedacinho de nós é compreensível.
E, mesmo assim, sempre filtrados pela subjectividade alheia.
Como se já não bastasse a complexidade inerente ao ser humano, ainda carregamos com as nossas especificidades.
A unicidade é onde desembocamos, definindo-nos.
Somos especiais e irrepetíveis.
Em tudo.
No aspecto físico, nos pensamentos, sentimentos e nas tribulações e felicidades emocionais.
As nossas peculiaridades traduzem-se em atitudes, em gostos, em características que, apesar de se poderem enquadrar em grupos, contêm sempre o encanto do raro.
E o conhecimento deste todo revela-se tarefa incompleta, sempre em construção.
Acresce a tudo isto o facto da mudança ser a constante da nossa vida.
Com todas estas condicionantes, não surpreende que a auto crítica, o auto conhecimento sejam quase tão deficientes quanto as opiniões que dos outros fazemos.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pressa . . .


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Pressa...
De te sentir
em corpo que teimo fazer meu.

Pressa...
De te olhar
em ensaios de vislumbres do paraíso.

Pressa...
De te desgrenhar
em dança descompassada.

Pressa...
De te embeber
em suor fruto de amor.

Pressa...
De te cheirar
tornando-me ébria viciada.

Pressa...
De te agarrar
a alma cuja essência quero partilhar.

Pressa...
De te amar
em leitos irreais.

Pressa...
De te materializar
em sonhos lascivos.

Pressa...Impúdica!
Vai-te! Permite-me os vagares!