sábado, 11 de fevereiro de 2017

à janela


Vejo-te para além
da tristeza,
para além do cinzento
que me rodeia.

Toco-te sem o saberes,
ao de leve,
tão devagarinho
que ninguém me ouve.

Desejo-te tanto
que meu corpo se contorce
em espasmos de agonia,
aflição irrespirável.

Procuro-te nas brumas
da lembrança,
névoa nascida
desta demanda por ti.

Quero-te sem esta ansiedade
por demais sentida,
como quem está à janela
de outra casa,
de outra rua,
de outro eu.

4 comentários:

Manuel Luis disse...

Sente-se o conforto no interior como quem está a janela a olhar o exterior gelado.
Bjs

Unknown disse...

Bom dia querida amiga muito belo nessa ansiedade cheia de sentires ,desejo-lhe um abençoado domingo ,muitos beijinhos no coração.

Cidália Ferreira disse...

Lindo!
Feliz Domingo!

Beijo

Poesia do Bem disse...

Lindo