quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

minha mão


tenho na mão

nascentes, rios e poentes;
vales espraiados
na bainha de montanhas
por acontecer;

quimeras sopradas 
na ventania 
da liberdade:

ousadias escondidas,
segredadas,
na conspiração
de energias minhas,
alheias,
ou desconhecidas;

vida minha,
frágil,
desassossegada,
brotada em humanidades 
de opostos
em equilíbrios ténues
pesados em minha mão.

8 comentários:

Cláudia disse...

Interessante.

Beijocas

Cidália Ferreira disse...

Lindo!!

Beijos

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Sublime!
Bj

Guiomar Lobo disse...

Todos somos tudo e nada...algum dia.
Adorei a imagem que ilustra o teu poema.
Deixo abraço.

jair machado rodrigues disse...

Pérola que beleza de poema, precisamos de poesia, nos reinventar, não secar as fontes, como acontece com nascentes do Rio São Francisco (vi na tv)... tuas palavras desaguam em meus sentidos me ajudando a perceber que está aqui dentro, dentro de mim (de cada um), devemos manter nossas fontes conectadas com a natureza, nossa existência e nos achamos tão prepotentes, mas não passamos de frágeis criaturas humanas, que precisamos aprender, ouvir, amar, a estender a mão, não para socar, mas para somar forças e demonstrações de amizade e afeto., como mostra a linda ilustração deste post.
ps. Carinho, respeito e abraço.

Dilmar Gomes disse...

Muito bom, Pérola. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.

Unknown disse...

Maravilhoso poema querida amiga, muitos beijinhos felicidades

Pedro Coimbra disse...

O Mundo inteiro pode caber nas mãos?