quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Negro Profundo ( 21 )

A casa da herdade encheu-se de alegres sorrisos e esfuziante alegria com o regresso das meninas já mulheres.
Teles e a esposa não ocultavam o contentamento em voltarem à companhia das suas filhas. Claro  que Samara era uma filha, nunca o questionaram a partir do momento em que a acolheram nos seus frágeis dezasseis anos.
Os rapazes Tavares juntavam-se amiúde às raparigas e a algazarra não era passível de ser ignorada.
Samara, mais calma com a ausência de horários, começava a ouvir-se. Tinha adiado a 'arrumação' de sentimentos aguardando a serenidade suficiente para não tropeçar.
A vida tinha-lhe ensinado essa prudência e amadurecera-a talvez demasiado cedo.
Sabia que a família se encontrava acampada no local costumeiro, mas ninguém procurou. Adivinhava a inevitabilidade dos conflitos.
Por seu lado, Luís continuava a sua corte que não a deixava indiferente.
Naquela manhã radiosa, Samara ocupada em mimar a égua que lhe tinha sido ofertada no último Natal sentiu alguém que a agarrou por trás.
Mesmo não  virando a cara, reconheceu, de imediato o seu amigo bem disposto Luís.
O riso contagiante iluminou-lhe o rosto. Virou-se de frente para ele. Não lhe soltando a cintura, olha-a nos olhos  como só os apaixonados entendem. Samara retribui o olhar e naquele momento todas as dúvidas se dissiparam.
Era ele!
Sempre gostara dele e de que forma. Nunca o tinha admitido nem para si própria. 
Naquele instante soube-o duma forma que lhe retirava a força das pernas.
(continua)

5 comentários:

Patrícia disse...

Amiga gostei pois sei que só escreve coisas criativas, mas preciso acompanhar os outros capítulos pra entender, eu chego lá qdo tiver mais tempo nas férias. Bjs

Maria do Mundo disse...

Vou ficar à espera dos próximos capítulos!

lena disse...

OLá Perola.
Fico curiosa pelo resto da historia.
Beijinhos grandes.

Meu Velho Baú disse...

Tão lindo !......
Será que se beijaram !....
Beijinhos

Mona Lisa disse...

O cupido acertou!

Será que vencerá ?

Beijos.