domingo, 2 de junho de 2013

No casulo


Agrilhoada em penumbra doce,
fiquei cativa de ti.

Passaram eras, amanheceres invisíveis.

Encerrada neste casulo, onde só tu tens a chave mestra,
matemorfoseio-me.

Minha pele, suave na palidez,
cobiça-te ternura oferecida em pedaços.

Despojada de vestes incómodas,
ganho asas 
no leito dos teus lânguidos devaneios.

Submissa aos desatinos da mudança
és senhor do meu ventre.

Sou plenitude contorcida
na leveza eloquente da paixão.

Ecoam poemas arrebatados 
versejando o teu desejo que procura porto.

Afago-te em beijos húmidos
e voamos de corpo  colado,
na fresca brisa madrugadora,
do prazer querido,
no amor impaciente.

Meu senhor absoluto,
aconchego epidérmico,
lobo esfaimado,
somos um no outro,
almas aladas.




10 comentários:

JP disse...

Que linda borboleta que assim voa...eloquente da paixão :))

Beijo

chica disse...

Maravilha,Pérola!! beijos,tudo de bom chica

Jovem $0nhador@ disse...

lindo =)

x disse...

Tudo o que fazes transforma-se em pérolas preciosas. Lindo.
Beijos

Cidchen disse...

Tão bonito.

Francisco disse...

Adorei :)

Beijinhos

Mona Lisa disse...

No casulo, alimentada de paixão, transformaste-te, voando nas asas do amor!

Magnífico!

Beijinhos.

MDRoque disse...

Qualquer lagarta retorcida se pode transformar no esplendor da natureza que paira nas asas duma borboleta. Jinhos. D

ZULMIRA ROMARIZ disse...

Que dizer Pérola ? fantástico .
Boa semana beijo

Cláudia disse...

Espectáculo =)