Não há medo que me assuste
nem tempo fantasiado
de silêncios vazios.
Não há loucura que não viva
nem desejo apetitivo
de ausência por visitar.
Quero viver e morrer
em lagos de medos,
mergulhar nas profundidades
das suas loucuras.
Ser-me só eu,
acto e consequência,
pensamento e emoção,
sem medos,
na imprudência insana
de águas salgadas,
ares ventosos
por onde me vou.