Leio-te,
o sorriso a soletrar
cada sílaba,
cada expressão tua,
como se fora a última.
Percorro-te
o corpo a pausar
cada parágrafo,
cada saliência tua,
como se fora única.
Urge-me o calor teu,
a demora tardia
de querer mais.
E de tanto querer,
perco-me
em moradas
de livros sem fim,
leituras inacabadas
de poesias e prosas,
fólios acrescentados
de magia esfaimada
de te ler.