Vem assolar-me com promessas quentes,
atear-me,
inflamando-me em mares aquecidos,
de maresias afogueadas.
E eu
abraso-me no calor do teu fogo.
A chama abraça-me iluminando-me
em labaredas inesperadas.
Consumo-me em ardor apetecido,
de intensidade inebriante.
A impetuosidade do bailado da tua língua de fogo
desarma-me.
Queimas-me.
No teu lume me entrego,
nua,
onde atiçamos incêndio incontrolável.
Aproprio-te neste desorganizado entrelaçado
de cinzas adiadas.
O crepitar satura-me os sentidos,
abandonando-me na incandescência insana.
A vaga férvida enleva-me
para céus escarlates
onde sou lenha . . . do teu Fogo!
9 comentários:
R: Felizmente eu sei muito bem aquilo que quero, pelo menos neste momento.
Em fogo lento...
E assim vais indo caliente nesta Primavera arrefecida.
Bjs
Sensualidade ardente descritas em palavras que pegam fogo...
Beijos...
A poetisa da sensualidade no seu melhor....
Gosto disto, sabias? Gosto deste "no teu lume me entrego".
Beijo
Inspirador!!
Pronto, lá me queimei :o)
Mas já devia saber que, quem brinca com o fogo...
UI, que calor :)))))))))))
Tudo de bom.
Ardente!!!
Peguei no leque para ler o teu escaldante poema!
Beijinhos.
Olá Pérola, é uma questão pertinente, esta... É muito ténue a linha que separa o razoável, do malefício e o pior é que quem a ultrapassa, não considera que o esteja a fazer...
Beijinhos
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