terça-feira, 11 de junho de 2013

No Fogo


Vem assolar-me com promessas quentes,
atear-me,
inflamando-me em mares aquecidos,
de maresias afogueadas.

E eu
abraso-me no calor do teu fogo.

A chama abraça-me iluminando-me
em labaredas inesperadas.

Consumo-me em ardor apetecido,
de intensidade inebriante.

A impetuosidade do bailado da tua língua de fogo
desarma-me.

Queimas-me.

No teu lume me entrego,
nua,
onde atiçamos incêndio incontrolável.

Aproprio-te neste desorganizado entrelaçado
de cinzas adiadas.

O crepitar satura-me os sentidos,
abandonando-me na incandescência insana.

A vaga férvida enleva-me 
para céus escarlates
onde sou lenha . . . do teu Fogo!




9 comentários:

Ki disse...

R: Felizmente eu sei muito bem aquilo que quero, pelo menos neste momento.

Tio do Algarve disse...

Em fogo lento...

Lilá(s) disse...

E assim vais indo caliente nesta Primavera arrefecida.
Bjs

Arco-Íris de Frida disse...

Sensualidade ardente descritas em palavras que pegam fogo...
Beijos...

JP disse...

A poetisa da sensualidade no seu melhor....

Gosto disto, sabias? Gosto deste "no teu lume me entrego".

Beijo

Opinante disse...

Inspirador!!

Anónimo disse...

Pronto, lá me queimei :o)

Mas já devia saber que, quem brinca com o fogo...

UI, que calor :)))))))))))


Tudo de bom.

Mona Lisa disse...

Ardente!!!

Peguei no leque para ler o teu escaldante poema!

Beijinhos.

Comida de conforto disse...

Olá Pérola, é uma questão pertinente, esta... É muito ténue a linha que separa o razoável, do malefício e o pior é que quem a ultrapassa, não considera que o esteja a fazer...
Beijinhos