sábado, 2 de fevereiro de 2013

O Amor e a Contabilidade


Há tendência generalizada para fazer balanços, visitar o passado, retirar lições e tomarmos resoluções para o futuro.
Seja em época de final de ano, datas de aniversários ou simplesmente quando uma tempestade qualquer nos avassala e faz estremecer.
Poderemos gostar ou talvez não, desta paragem introspectiva que poderá ser bastante analítica.
Analisamo-nos, traçamos novas metas e metemo-nos a caminho.
Não podemos esquecer as 'pessoas-rochedos' cujas certezas têm tanto de inabalável quanto as suas vidas de rotineiro e previsível dentro do permitido pelo Universo em constante mudança.

Ainda que mal comparada, a Vida é uma espécie de Contabilidade.
Com os acontecimentos a sucederem-se é inevitável surgirem produtos, os tais efeitos mais ou menos mensuráveis.
Entre 'Deves' e 'Haveres, débitos e créditos sempre sobra um resultado.
Lucro ou Prejuízo, depende de quem analisa e do analisado.

 Um dos itens mais  importantes nestas listagens são as pessoas.
E na contabilidade individual o número de pessoas que passaram pelo nosso privadíssimo campo amoroso.
Será que ainda guardamos a 'documentação' de todos aqueles/as por quem o nosso coração bateu mais forte?

A memória é coisa estranha. 
Lembramo-nos tantas vezes de pormenores insignificantes.

Quer-me parecer que na escrituração dos afetos de cariz mais intimo podem existir contagens que se resumem a folhas em branco ou  páginas que dariam para encadernar e formar tomo de volume enciclopédico.
Mais cedo ou mais tarde, realizamos contabilidade, começamos a contar pelos e dedos e como se isso não bastasse gostamos de projectar para o futuro.
Como será?

Os solitários elaboram 'orçamentos', esperançosos nas suas previsões.

E afinal, quantos/as foram?
Com maior ou menor relevância se deixou marca, recordação, tem de entrar na contagem.

Já contabilizaram o amor nas vossas vidas?




13 comentários:

Nea* disse...

Ela não foi ao médico.
Ela tem problemas de coração e então nós ficamos sempre com medo quando isto acontece...

Edum@nes disse...

Amor contabilidade
Alguém assim lhe chamou
Viver a vida em liberdade
E feliz quem sempre amou!

Gosto mais de lhe chamar
Amor ardente
Quando começa a faiscar
Energia incandescente!

Bom fim de semana para ti,
amiga Pérola,
um beijinho
Eduardo.

Anónimo disse...

Olá, Pérola!

Gosto muito da forma como aborda alguns, a maioria, dos assuntos da alma.

Nós temos boa memória, eles, péssima.

Pois, eu e a contabilidade nunca nos entendemos, embora tenha boa memória.

Muitos ou poucos, penso eu, todos tiveram a sua importância, mas o amor, a paixão é o que sustenta a minha vida.

Beijo da Luz.

Luna disse...

Eu entendo o que dizes e faz todo o sentido, só que a palavra contabilidade eu costumo dizes que com o amor não podemos fazer contas ou então deixa de sê-lo, mas gostei desta forma de ver a vida, como tempre tens uma forma de escrever precisa e inteligente
beijinhos

Belle du Jour disse...

Gostei de ler!

Mariposa Colorida disse...

Eu faço a minha contabilidade todos os dias. Antes de adormecer.

Francisco disse...

Sim, Já contabilizei o amor por diversas vezes ;)

Bjs

Francisco disse...

Sim, Já contabilizei o amor por diversas vezes ;)

Bjs

dreams disse...

tudo na vida são números, logo contáveis, não é?? beijinhos:)

Unknown disse...

Olá Pérola

Adorei a reflexão.
Uma ótima noite para vc...

AMIGA da MODA by Kinha

MDRoque disse...

O amor não se contabiliza. Ou existe, ou não existe... Beijinho.D

Mona Lisa disse...

É contabilidade que não me escapa.

Recordo tanto os maus como bons momentos.

Todos deixaram marca!Fazem parte do "mar da vida".

Beijinhos.

Margarida Alegria disse...

Ai este tema...
nem me atrevo a fazer tal contabilidade... daria um saldo muito pequenito... :((
Beijinho