sábado, 19 de janeiro de 2013

Parabéns a Você . . .

A Não esquecer :

Costuma dizer-se que o tempo voa. No que me toca, os dias sucedem-se a velocidade alucinante. Uma hora tem sempre 24 horas, mas há horas mais demoradas que outras.

Já lá vai 1 ano desde que postei aqui as minhas primeiras palavras. Confesso que desconhecia a Blogosfera e hoje ainda me sinto em 'estágio'. 
Há sempre tanto para aprender.

É tempo de Festa ! ! !

Como tal, celebro com um Selo (os opositores dos miminhos blogosféricos vão ter de me desculpar) alusivo à ocasião.

Se gostarem, levem-no ...
Desta forma presenteam-me com carinho acrescido.
Ei-lo:


E não há aniversário sem bolo para formular desejos, após apagar as velas, e distribuir fatias pelos amigos que me honraram com a sua presença.
Espero que esteja a gosto de todos e ninguém seja alérgico a algum ingrediente.
Vamos cantar ?


O mar sempre presente já que é casa que me acolhe e reconforta de tantas formas, em tantas ocasiões.

Brindemos a este bébé que mal começou a falar e ainda não sabe andar. 
Talvez para o ano já possa ser levado a sério. 
Nada prometo e tenho as minhas dúvidas. 
Conto com a vossa ajuda preciosa neste tempo que se pretende de crescimento.


Tchim-Tchim ! ! ! 


Brindo e agradeço às pessoas que o 'Era Tudo Muito Bom . . .' me permitiu tropeçar e, desta forma, iniciar conhecimentos e amizades.
Comecei a contar aqueles do coração e os dedos das mãos não me chegaram, dá para acreditar?

Obrigado pelos vossos comentários, pelo apoio, pelas partilhas, pelos mail's de ânimo e de amizade, pela confiança depositada na Pérola e até pelas vozes carinhosas que já tive o prazer de ouvir via telefone. 
Apenas conheci 3 blogeres pessoalmente. 
Uma novidade sempre enriquecedora.

Nem consigo encontrar palavras para demonstrar o meu apreço e  pelo bem que introduziram na minha vidinha. 
Milhões de toneladas de beijinhos para todos.

A esta hora já choro, sou sensível, comovo-me facilmente. 
Porém,  é 'Party Time'. 
Vamos sorrir e divertir-nos. 
Estão todos convidados !
Preparei uma festinha com petiscos vários. 
Vamos conviver?


No jardim, pois claro. O tempo está radioso e estamos pertinho do mar onde iremos ver o pôr do sol.


A música já nos chama e não podia estar mais feliz.
Como vos agradecer?

Espero que para o ano possamos voltar a reunir-nos noutro alegre, informal e despretensioso aniversário.

Viva a Blogosferera ! ! ! 




P.S. Não se esqueçam de votar no Aventar nas páginas 2, 3 e 4 (instruções na barra à direita e no post DAQUI ).
A Pérola agradece . . .
(As votações encerram hoje, dia 19 - data de aniversário por aqui.) 




quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Quem Dera . . .




" (...)Quem dera . . .

Ser menina,

 gota de mar,

brincalhona,

viajar no remoinho da onda,

sorrindo carícias,

e vir beijar meu grãozinho de areia.

Quem dera . . .(...) "

M.M.




P.S. Não se esqueçam de votar no Aventar nas páginas 2, 3 e 4 (instruções na barra à direita e no post DAQUI ).
A Pérola agradece . . .
(As votações encerram dia 19 - data de aniversário - o 1º - deste abrigo em forma de ostra. Coincidência engraçada, não?  Valerá a pena festejar???)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Fazer Amor ? !


O conceito de AMOR é tão amplo e indefinível. 
Poderia ficar aqui horas a encontrar significados e nunca seria satisfatório. 
É dos sentimentos mais falado, mais escrito neste Planeta Azul. 
Faz-se de TUDO em seu nome, por ele. Bandeira de triliões de conversas e comportamentos. Tudo desculpa.
Acrescentar a ação de 'Fazer' ao próprio do conceito aumenta-lhe a imprecisão e até a ambiguidade.
Fazê-lo, praticá-lo, levando-o ao reino do palpável torna-se domínio escorregadio. 
Como conseguir conjugar harmoniosamente um afeto tão poderoso com a relidade material?

Há os ligeiros que depressa concluem: fazer amor é sexo ou qualquer actividade desse cariz.

Há os mais românticos, como o querido Balzac, que assumem: o simples 'falar dele'...já é fazê-lo.


Para mim torna-se claro esta ideia de ser mais fácil fazer a guerra. 
O Homem é perito em complicar e é mais fácil entrar em desavenças do que aceitar e simplesmente amar, seja lá o que isso for. 
Não discuto as fronteiras das palavras, por agora.

De qualquer das formas, gosto de acreditar que o pensamento desta senhora está relacionado com a época e os preconceitos sociais vigentes na altura.


Tal como Pavarotti faz comparações de acordo com a sua formação e profissão.
Os próprios conceitos alteram-se ao sabor dos séculos e da geografia.

Este sentir que envolve quereres, desejos, pensares e paixões nunca será pacífico. 

É da sua natureza, a subjetividade.
O(A) enamorado(a) é pessoa que conjuga o verbo amar com todos as suas capacidades e limitações.

O objeto do amor pode ser uma outra pessoa (talvez a forma mais complexa), uma ideia, um objecto, um ideal, um sonho.


Fazer Amor é anunciá-lo, demonstrando-o.

Pode passar pelas palavras, pelas atitudes, pelos pensamentos, pelos atos ou simplesmente pela omissão, disfarçada ou nem tanto.
O mais comum é associar a expressão a tudo que envolve a relação mais íntima entre dois (ou mais, para alguns) seres humanos onde se revelam sensibilidades e um 'nós' ganha identidade.

Fazer amor connosco pode não parecer apetecível ( e daí..., é melhor não entrar por este caminho) , no entanto a tese que precisamos de ter um caso de amor com o nosso 'eu' para podermos amar exteriormente não pode ser ignorada.


Fazer Amor e o próprio conceito de Amor em tempo algum permitem a indiferença.
Desejado ou odiado, praticado ou não, no fundo só queremos ser felizes.
Ou ter momentos de felicidade.
Cabe a cada um de nós escolher. 
E essa liberdade é uma responsabilidade inimaginável para tantos.







P.S. Não se esqueçam de votar no Aventar nas páginas 2, 3 e 4 (instruções na barra à direita e no post DAQUI ).
A Pérola agradece . . .


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Carinho

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
Mario Quintana

Aguardo . . .  carinho teu.
Mimo embrulhado em afagos
com laçarote de lembrança.

Aguardo . . . delicadeza tua.
Prenda primorosa
envolta nos teus braços.

Aguardo . . . meiguice tua.
Ternura perfumada
no teu olhar que me prende.

Aguardo . . . carícia tua.
Amor disfarçado de atenção
suprema graça.

Aguardo . . . sorriso teu.
Cumplicidade doce
respirando cuidados.



P.S. Não se esqueçam de votar no Aventar nas páginas 2, 3 e 4 (instruções na barra à direita e no post DAQUI ).
A Pérola agradece . . .



O tempo (im)Permanente!


O tempo, sendo uma constante, molda-nos sem que nos apercebamos. Para além de  sermos o seu  fruto também acabamos em suas vítimas.
Costumo dizer que o tempo é impiedoso, implacável. Por ninguém espera, de passada sempre igual, carrasco cumpridor e a horas
Não pára, não desiste, não se cansa, imune a súplicas  ou desvarios.
A evolução do Homem, dos seus valores, das suas tecnologias têm existência temporal.
Até se costuma dizer que há um tempo para tudo.
Eu penso que não há verdadeiramente tempo para tudo, apenas para alguma coisas.
 O TUDO é muita coisa, mesmo muita.
De qualquer das formas, tal como a bicicleta, teve o seu tempo de invenção e de transformação no seu desenvolvimento, todas as descobertas humanas passam por essas metamorfoses.
O que não me parece sofrer alterações é a própria humanidade e as suas características peculiares.
Como demonsta a imagem, a bicicleta da atualidade é uma prima afastadíssima da fotografada e aqui representada.
Contudo, o símbolo do género feminino associado ao ser sexy, à nudez, à própria feminilidade já me parece ser das poucas coisas que não sucumbe ao tempo.
Existe desde sempre, anterior à descoberta do fogo.
Agora resta-me a dúvida se esta cegueira universal pelo 'erótico' teria sentido sem o masculino na História.




segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Idiota


Caio em imbecilidade anunciada.

Monstro gigantesco que urra.

Não o percebo, não o vejo.

Néscia cega atolada em palermices.

Atarantada no lodo que se me entranha, vacilo.

Estupidez que me veste e chama: 'idiota'.


P.S. Não se esqueçam de votar no Aventar nas páginas 2, 3 e 4 (instruções na barra à direita e no post DAQUI ).
Obrigadinho...

Era uma Vez ... ( Um Sonho... )


O Sol brilhava. A temperatura morna convidava ao passeio. Sugeriste deixarmos a salinha acolhedora.
Não me apetecia.
Com a cabeça no teu colo brincavas com os caracóis do meu cabelo.
Amolecida pelo proximidade do teu corpo, os olhos fechavam-se  em prazer tranquilo.

Deixava-me levar...por ti...em sonhos.
Envergava um lindo vestido branco. Romântico.
Sentia-me princesa em dia de baile.
Enquanto caminhava, o odor das flores envolviam-me.
Vislumbrei-te.
Encontravas-te num recanto do jardim.
De cabelo bem penteado olhavas-me. Assemelhavas-te a  um oásis hipnotizante.
Embalada pela súplica que te adivinhava, prosseguia.
Em tua direção.
Acolheste-me em sorrisos.
Presenteaste-me com olhares de desejo.
Tocaste-me em suavidades desconhecidas.
Lia-te em cada gesto.
Sabia-te.
Afloraste os teus lábios na minha face.
Atrevi-me e ofereci-me.
Não te apressaste nem perturbaste.
Fiquei desconcertada.
Respondeste-me ao enlaçares-me pela cintura.
Com o tempo dispensado, conduziste-me em dança estonteante.
Na certeza de ser tua, ouvindo melodia só nossa, concedeste-me a  tua essência ao som de presente ansiada.

O som da campainha despertou-me. Continuavas a tua imobilidade. Sem me quereres despertar, tinhas de atender a porta.
Levantei-me com esforço.
Um sonho ... somente um simples sonho.
Talvez fosse melhor aceitar o convite do 'tal' passeio...







domingo, 13 de janeiro de 2013

CONVITE À LEITURA - SELO


O Selo Literário "Leia Sempre" foi criado pela blogueira Érica Bosi.

Um Selo de incentivo à leitura que foi oferecida pela querida Manuela Barroso.

Uma grande amiga que me enriquece com a sua poesia, pensamentos e carinho sempre disponível.
Obrigado querida!
Eis as regras do Desafio:

1 - Referenciar o nome e o link de quem mo ofereceu:

2 - Indicar 2 livros lidos em 2012:

"O Nome da Rosa" de Umberto Eco;
"O Último Segredo" de José R. Santos.

3 - Indicar 3 livros a ler em 2013:



4 - Indicar os blogs para dar continuidade à campanha:

Perante tamanho objectivo, ofereço o selo a todos os que passam por aqui, honrando-me com a visita.

Levem-no e Divulguem-no ! ! !

Obrigado !

sábado, 12 de janeiro de 2013

A diversão


Isto do divertimento é comportamento que transcende a humanidade.
Encontramos exemplos vários de recreio em várias espécies animais. 
Porém, o entretenimento está relacionado com o seu grau complexidade e inteligência.
Não estou a ver um ser tão primitivo como a estrela do mar a divertir-se rebolando nas ondas do mar.
O Homem é diferente.
Somos sempre.
Porque haveria de ser a diversão uma exceção?
Não entrando em patamares de espiritualidade ou religiosidade vária e tendo como aceite a racionalidade do Homem, somos animais incomparáveis.
Para o melhor e para o horrível.

No que toca a diversão, haverá alguém que a recuse?
Mesmo faminto, em zonas de guerra, vivendo em condições desumanas não é difícil encontrar crianças, pessoas na brincadeira, rindo contra todas as expectativas.
Parece sermos portadores de um gene que nos inclina para transformar os obstáculos em oportunidades.

Bem sei que não é assim tão linear e que a conjutura não ajuda.

Contudo, mesmo sem dinheiro algum, até sem casa, desempregado, há sempre intervalos onde se permite a gargalhada, o tímido sorriso, o trocadilho, a anedota marota, a galhofa, a participação numa qualquer atividade que distrai.
E são estes intervalos de recreação, de 24 horas para alguns ou somente de escassos momentos ou instantes para outros, que fazem diferença.

Uma diferença que nos pode fazer felizes.


Divirtam-se!
Brinquem!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A Simplicidade !

"Simplicidade ou frugalidade é a ausência de artifícios, extravagâncias e excessos de ordem material, social ou psicológica. Simplicidade é o caminho para se chegar a humildade, e com isso ser uma pessoa mais servil, menos arrogante e prepotente, combatendo e se livrando da inveja, orgulho e ciúmes."
Wikipédia

Optei por esta definição de 'Simplicidade' porque estou, em parte, em desacordo com ela.

Confunde-se com a humildade, a servilidade. Características  que se podem ter e não se ser 'simples'.
A arrogância, o ciúme, o orgulho e os excessos e estravagâncias também podem ser apanágio dos dententores da Simplicidade.


Desconheço se me entendem.
Considero a simplicidade como sinónimo de descomplicação.
Não enveredar por pensamentos e atitudes pintadas de 'ses', indecisões, dúvidas metódicas.
Enfim, a singeleza que demando incessantemente.
Mas, ao procurá-la tendo para a complexidade. Tudo quero entender, não me satisfaço com o comum.
Ou talvez seja demasiado vulgar.
Não sei!
Esta procura estéril tem sido cansativa, confesso.
Desconfio que eu e a 'Simplicidade' teremos de dialogar. 
A bem da minha sanidade mental e evolução como pessoa.

Confusos?

Pois, eu estou, para não variar.
No entanto: Quero variar!
Como vos falava há uns dias:  Mudança precisa-se.

O essencial pode bastar-nos na sobrevivência.
Contudo, anseio pelo fantástico, pelo encantamento do sublime que nos enleva e faz sentir-me pessoa.
A Simplicidade pode ser a 'Chave' ! ! !


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Coçadelas e afins !


Tenho andado um pouco nostálgica, confesso. Aproxima-se a data de aniversário e a vida parece atravessar-se-me à frente, qual filme repleto de 'gaps' temporais.
Numa dessa viagens revejo a minha avó a tentar saciar os netos (eu incluída) de coçadelas nas costas com as suas mãos ásperas e calejadas pela vida árdua e de trabalho fisico.
Lutávamos entre nós, os pirralhos, e até cronometrávamos o tempo de cada um sujeito a tais mimos.

O mexer na cabeça e o coçar do couro cabeludo também era delícia solicitada.
Ainda hoje a  procuro e até comprei um instrumento apropriado para o efeito. Contudo, as manias dos penteados que se desfazem, dos cabelos que ficam oleosos deixam-me sózinha neste apetecer.

As massagens aos pés foram, por mim, descobertas mais tarde.
Relaxantes ou excitantes conseguem pôr-me a dormir ou despertar-me.
Depende !

Seja como for, apenas quero salientar a importância do TOQUE, seja ele em forma de massagem, coçadela ou outra qualquer.

 
 
Sou sensível ao contacto fisíco. 
Pode estreitar laços, provocar prazer, mas  acima de tudo faz-me sentir muito bem.
Um presente irrecusável!

P.S. Que saudades de ti, avó!

Concurso de Blogs de 2012 - AVENTAR

VOTEM ! VOTEM ! VOTEM !

Em mim ou em quem preferirem, mas votem, pf.

Podem (e devem) votar todos os dias.

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Sendo a primeira vez que concorro a este desafio (o 1º aniversário do E ERA TUDO MUITO BOM ... aproxima-se rápidamente) venho solicitar o vosso carinho e voto nas categorias em que concorri:

- Blog Revelação 2012

Votem AQUI

-Mulher
-Outros

Votem AQUI !

- Blogger do Ano

Votem Aqui

É só clicar na bolinha e 'Vote'.

Só novidades!

O mundo blogosférico não pára.

Obrigado !!!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Eu . . .



Sou . . .

Grão de areia em praia deserta.

Grito ignorado em multidão ruídosa.

Amor desocupado em carência oca.

Beijo perdido em mar de desejo.

Maresia gotejada em oceano revolto.

Ferida aberta em chaga doentia.

Onda de vontade em cabelo emaranhado.

Roupa ultrapassada em corpo alheio.

Querer insaciável em míngua de refeição.

Lágrima sofrida em rosto nu.

O Nada em forma de gente.






terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Da Bruma . . .


Imersa na bruma
resvalo em veredas perfumadas.

Deixo-me guiar.

Conduzida pelos vestígios, aromatizados, de mim.

Contorno trevas.

Acolho a luz na neblina que me cerca.

Dispo secretos fantasmas.

Envergo novas roupagens.
Na madrugada do 'EU'.

Com a aurora
caminho envolvida por alva essência.

Leve,
acompanho-me em plenitude
tendo-me por companhia perfeita.

Mulher surgida do místico Nada,
sou somente vida.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

100 história ( s ) . . .


O passo apressado denunciava ansiedade. A escuridão pedia-lhe cautela, coisa imprestável neste momento.
Cair, tropeçar, nagoar-se fisicamente não era nada, comparado com os sentimentos que a torturavam.
Um sentido desconhecido guiava-a por onde onde os olhos não a podiam ajudar.
Necessitava, com urgência, de chegar ao destino. Determinada o receio não tinha lugar na sua companhia.
Avançando sem dar conta, vislumbrou o local combinado.
O banco da alameda já estava ocupado. Não a surpreendia. Sabia da pontualidade que lhe era característica. Ele gostava de se adiantar. Previdente, racional, metódico e prático demais para o seu gosto.
Afinal tinham sido estas peculiaridades que os tinham conduzido até ali.
Abrandou o passo. Ajeitou o cabelo. Retocou o 'gloss' por instinto. Inspirou e vestiu-se de si própria. Feminina, confiante.
Desta vez estava decidida. Ou a conversa a satisfaria ou o rumo seria outro, na certa.
Fartíssima de parcas palavras, de racionalidade comprovada, apenas queria letras juntas com o afeto como cúmplice.
Desejava emoção e bem explicada.
Ânsias de diálogo sem pontuação, conversa de olhos, enfim a dissecação daquela relação tinha de ser feita.
Precisava do detalhe, dos pequenos 'nada'. Enfim, de todas as 'inutilidades' como ele lhe chamava.
Continuar a viver da forma como ele queria estava fora de questão.
Necessitava de  esclarecimentos como do ar que lhe custava a tragar.
Naquele momento, o som da sua passada virou-lhe a cabeça.
Olhou-a, cumprimentando-a, e sorriu...

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Mudança ! ! !

"Nada é permanente, exceto a mudança"
Heráclito


"Seja a mudança que você quer ver no Mundo"
Dalai Lama

Sendo do senso comum a inevitabilidade do Devir, a verdade é que a alteração de hábitos, estilos de vida, horários, enfim até uns pequenos nadas podem dar connosco em doidos.
Sabemos que, tal como afirmava o filósofo há centenas de anos, a única constante da vida é a sua inconstância.
No entanto, apegamo-nos a pessoas, afetos, coisas, sentimentos, saudades, relações como se a eternidade fosse caracteristica sua.
Costumamos, até, defender-nos com o facto de sermos animais de hábitos.
A estabilidade provoca segurança, confiança. Pelo menos é o que se crê.

Também não sou imune às mudanças como qualquer comum mortal. Desafiam-me, destabilizam-me e, por vezes, irritam-me profundamente.

Porém, necessárias são. 
Essenciais, acrescentaria, cruciais na existência e crescimento de cada ser.

Pisar o solo pantanoso e pouco firme das nuvens da incerteza deveria ser exercício obrigatório e desejado por cada um.
Afinal, as evidências possuem caráter ilusório e acabamos ludibriados pela sua pseuda permanência.

Rasguemos novos horizontes.
Deixemos o vento da vida conduzir as nossas nuvens onde soltamos amarras e caminhemos, descalços, despojados de enganosas verdades,  de sorriso em riste.

Avancemos rumo ao desconhecido, agradecendo cada dádiva, cada pessoa, cada olhar que nos cruza o caminho.

Vestindo roupagens de ousadia e tomando a Mudança como amiga de jornada nada nos poderá deter. A não ser a nossa própria sombra, os nossos fantasmas, a necessidade inculcada de segurança baseada na invariabilidade.

Estou pronta para andar nas nuvens. Já dei a mão à minha nova amiga, a Mudança. 

E tu?
Vens?

sábado, 5 de janeiro de 2013

* Menina *

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Entre véus rasgados, tecidos na ternura,
nasce menina arrancada ao morno berço.
Embalada em abraços cantantes, abre-se à vida.

Carinhos mil a nutrem.
Crescendo, aprende a sorrir.
Vestida de candura, a inocência é sua.

Menina  feliz!

Enfeitada de sonhos,
olhos perfumados,
caracóis que se passeiam pela face.

Tudo crê, a doce menina!

Dança o tempo que lhe é indiferente.
Rodopios de mundos desconhecidos.

Menina de puros sentires, ditosa querida.

Onde estás tu, menina afortunada? 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Espera Quimérica


Vesti o vestido que gostas,
branco, lembras?
Enfeitei o pescoço com as pérolas,
presente teu, lembras?
Perfumei o corpo com aroma de flores,
o que te enlouquece, lembras?
Ensaiei pose ensaiada,
foste professor, lembras?

Aguardo-te!

Porque tardas?
Acaso já não me recordas?

Aguardo-te!

De sorriso esborratado
pelas lágrimas da espera,
abandono-me.

Olho as migalhas em que me transformei.
Espalhadas, restos de mim.
Pedaços esquartejados,
réstias amorfas que me desagradam.
E numa revolta silenciosa,
dispo-me de ti,
arranco-te do meu ser,
passo a esponja pelo corpo,
curvo-me sobre mim.

Sou só eu.
Somente eu.

Espero-te nesta ilusão apetecida.
Vão desejo.
Sonho de fantasia que anseia...
ser realidade.
Devaneio que toma meus sentidos, meus pensamentos,
meus sentires.

Aguardo-te!
Vens?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


A Mulher Portuguesa Tem um Bocado de Pena dos Homens



"A mulher portuguesa não é só Fada do Lar, como Bruxa do Ar, Senhora do Mar e Menina Absolutamente Impossível de Domar. É melhor que o Homem Português, não por ser mulher, mas por ser mais portuguesa. Trabalha mais, sabe mais, quer mais e pode mais. Faz tudo mais à excepção de poucas actividades de discutível contribuição nacional (beber e comer de mais, ir ao futebol, etc). Portugal (i.e., os homens portugueses) pagam-lhe este serviço, pagando-lhes menos, ou até nada. 

O pior defeito do Homem português é achar-se melhor e mais capaz que a Mulher. A maior qualidade da Mulher Portuguesa é não ligar nada a essas crassas generalizações, sabendo perfeitamente que não é verdade. Eis a primeira grande diferença: o Português liga muito à dicotomia Homem/Mulher; a Portuguesa não. O Português diz «O Homem isto, enquanto a Mulher aquilo». A Portuguesa diz «Depende». A única distinção que faz a Mulher Portuguesa é dizer, regra geral, que gosta mais dos homens do que das mulheres. E, como gostos não se discutem, é essa a única generalização indiscutível. 

A Mulher Portuguesa é o oposto do que o Homem Português pensa. Também nesta frase se confirma a ideia de que o Homem pensa e a Mulher é, o Homem acha e a Mulher julga, o Homem racionaliza e a Mulher raciocina. E mais: mesmo esta distinção básica é feita porque este artigo não foi escrito por uma Mulher. 

Porque é que aquilo que o Homem pensa que a Mulher é, é o oposto daquilo que a Mulher é, se cada Homem conhece de perto pelo menos uma Mulher? Porque o Português, para mal dele, julga sempre que a Mulher «dele» é diferente de todas as outras mulheres (um pouco como também acha, e faz gala disso, que ele é igual a todos os homens). A Mulher dele é selvagem mas as outras são mansas. A Mulher dele é fogo, ciúme, argúcia, domínio, cuidado. As outras são todas mais tépidas, parvas, galinhas, boazinhas, compreensíveis. 

Ora a Mulher Portuguesa é tudo menos «compreensiva». Ou por outra: compreende, compreende perfeitamente, mas não aceita. Se perdoa é porque começa a menosprezar, a perder as ilusões, e a paciência. Para ela, a reacção mais violenta não é a raiva nem o ódio – é a indiferença. Se não se vinga não é por ser «boazinha» – é porque acha que não vale a pena. 

A Mulher Portuguesa, sobretudo, atura o Homem. E o Homem, casca grossa, não compreende o vexame enorme que é ser aturado, juntamente com as crianças, o clima e os animais domésticos. Aturar alguém é o mesmo que dizer «coitadinho, ele não passa disto…» No fundo não é mais do que um acto de compaixão. A Mulher Portuguesa tem um bocado de pena dos Homens. E nisto, convenhamos, tem um bocado de razão. 

O que safa o Homem, para além da pena, é a Mulher achar-lhe uma certa graça. A Mulher não pensa que este achar-graça é uma expressão superior da sua sensibilidade – pelo contrário, diverte-se com a ideia de ser oriundo de uma baixeza instintiva e pré-civilizacional, mas engraçada. Considera que aquilo que a leva a gostar de um Homem é uma fraqueza, um fenómeno puramente neuro-vegetativo ou para-simpático – enfim, pulsões alegres ou tristemente irresistíveis, sem qualquer valor.

E chegamos a outra característica importante. É que a Mulher Portuguesa, se pudesse cingir-se ao domínio da sua inteligência e mais pura vontade, nunca se meteria com Homem nenhum. Para quê? Se já sabe o que o Homem é? Aliás, não fossem certas questões desprezíveis da Natureza, passa muito bem sem os homens. No fundo encara-os como um fumador inveterado encara os cigarros: «Eu não devia, mas.. » E, como assim é, e não há nada a fazer, fuma-os alegremente com a atitude sã e filosófica do «Que se lixe». 
Homens, em contrapartida, não podiam ser mais dependentes. Esta dependência, este ar desastrado e carente que nos está na cara, também vai fomentando alguma compaixão da parte das mulheres. A Mulher Portuguesa também atura o Homem porque acha que «ele sozinho, coitado; não se governava». O ditado «Quem manda na casa é ela, quem manda nela sou eu» é uma expressão da vacuidade do machismo português. A Mulher governa realmente o que é preciso governar, enquanto o homem, por abstracção ou inutilidade, se contenta com a aparência idiota de «mandar» nela. Mas ninguém manda nela. Quando muito, ela deixa que ele retenha a impressão de mandar. Porque ele, coitado, liga muito a essas coisas. Porque ele vive atormentado pelo terror que seria os amigos verificarem que ele, na realidade, não só na rua como em casa não «manda» absolutamente nada. «Mandar» é como «enviar» – é preciso ter algo para mandar e algo ao qual mandar. Esses algos são as mulheres que fazem. 

O Homem é apenas alguém armado em carteiro. É o carteiro que está convencido que escreveu as cartas todas que diariamente entrega. A Mulher é a remetente e a destinatária que lhe alimenta essa ilusão, porque também não lhe faz diferença absolutamente nenhuma. Abre a porta de casa e diz «Muito obrigada». É quase uma questão de educação. 

A imagem da «Mulher Portuguesa» que os homens portugueses fabricaram é apenas uma imagem da mulher com a qual eles realmente seriam capazes de se sentirem superiores. Uma galinha. Que dizer de um homem que é domador de galinhas, porque os outros animais lhe metem medo? 
Na realidade, A Mulher Portuguesa é uma leoa que, por força das circunstâncias, sabe imitar a voz das galinhas, porque o rugir dela mete medo ao parceiro. Quando perdem a paciência, ou se cansam, cuidado. A Mulher portuguesa zangada não é o «Agarrem-me senão eu mato-o» dos homens: agarra mesmo, e mata mesmo. Se a Padeira de Aljubarrota fosse padeiro, é provável que se pusesse antes a envenenar os pães e ir servi-los aos castelhanos, em vez de sair porta fora com a pá na mão." 

Miguel Esteves Cardoso, in ' A Causa das Coisas '

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

É Mágico !


Quando...
 o calor da tua mão me estremece,
a carícia solta dos teus lábios me prova,
o teu doce desejo gemido me enlouquece,
tomas posse de mim,
adentrando-te apetitosamente,
é Mágico!

Quando...
ensaias poses descompostas, desnudadas,
te entregas ao segurar-me intrépido,
respiras pingos de suor perfumado,
me enredas em ondulações dançantes, improvisadas,
cada instante é assombro inegável, surpresa ansiada,
te abandonas em fonte de denúncias cúmplices,
é Mágico!

Quando...
me aconteces,
em ilusões,
na realidade da minha essência,
é Mágico!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Ano Novo !



2013 é o Ano da Serpente

"Considerada um símbolo de boa sorte na China, ano regido pelo signo da Serpente trará amor e sabedoria, mas pede calma, reflexão e planeamento.

Para a Astrologia Chinesa, 2013 será o Ano da Serpente. Segundo os chineses, o ano novo só se inicia em 13 de fevereiro, pois eles se baseiam no calendário lunar, que dura doze meses e 29 dias, e não no calendário solar, usado aqui no ocidente e nosso velho conhecido. Cada ano lunar é regido por um signo, representado por um animal que empresta suas características àquele ano. Para os chineses, o Ano da Serpente trará uma temporada de muita reflexão, planeamento e procura por respostas. Nada muito diferente do que já é esperado com a regência de Saturno.
Mas, não pense que isso se refere a algo pesado ou difícil. A Serpente carrega consigo um aspecto positivo, de muita sorte. Para os chineses este é um animal sagrado! Será um ano em que nos sentiremos protegidos por nossa própria sabedoria. Por outro lado, embora tudo possa ter um ar fresco e calmo, o ano da serpente costuma ser sempre imprevisível.
Olhando para trás na historia, vemos que anos regidos pela serpente nunca são muito tranquilos. Muitos desastres que se iniciaram no ano do dragão (2012) tendem a culminar no ano da serpente. Estes dois signos têm uma relação muito próxima e as calamidades dos anos da serpente resultam, frequentemente, dos excessos cometidos durante o reinado dos dragões.
No amor, as notícias são boas, mas a calma deverá ser mantida! Para quem está solteiro, a Serpente promete trazer um ano de romance e cortejo. Para quem está comprometido, as brigas podem ser mais intensas, repletas de escândalos de todo o tipo, fique atento! Veja onde pisa e seja mais cauteloso. Nada de deixar o coração falar mais alto.
As pessoas nascidas no Ano da Serpente são consideradas nobres dentro da Astrologia Chinesa. Tudo devido a sua sabedoria e capacidade de compreensão. São extremamente sensuais, supersticiosas, orgulhosas e vaidosas, além de muito refinadas."
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P.S. Como as previsões são tantas tive de optar. O aspeto económico pesou, afinal os Chineses estão-se a tornar donos do nossa pátria ou do que resta dela.