terça-feira, 16 de abril de 2013

A Coca Cola e Sócrates.

                     



Que têm em comum estas duas 'marcas'? -Perguntam-me vocês.

Vejamos!

No que me toca, ambos tinham já declarado insolvência.

Coca Cola? - Não aprecio e muito raramente compro. Quando o faço é para os outros. Não valorizando nem consumindo, o tal medicamento que virou produto de limpeza e bebida refrescante e apetecida, é como se não existisse (quase...) para mim e já teria ido à falência se dependesse da minha modesta pessoa.

Sócrates? - Não ouço, não alimento audiências à cerca dele. Logo, tal como a marca acima mencionada, se estivesse sujeito à minha humilde opinião . . . de Sócrates vir-nos-ia à memória o filósofo grego, conhecem?

É óbvio que respeito quem gosta, aprecia ou idolatra.
Gostos não se discutem, ponto final.

Contudo, sinto fazer a diferença. Tenho palavra a dizer apesar de não se notar neste universo apressado. Sou grão no areal das opiniões, porém, existo!
Como tal, tenho o direito de proclamar o que sinto.

Só não entendo porque tantas pessoas tecem comentários negativos às 'marcas' que trouxe como exemplos e depois têm comportamentos que contribuem para o aumento do seu 'share' de mercado.
Afinal, onde ficamos?

A sério que me confundem!

"O que põe o mundo em movimento é a interação das diferenças,
suas atrações e repulsões;
a vida é pluralidade, morte é uniformidade."
Octavio Paz
P.S Com tudo isto acabo por me contradizer e contribuir para a publicidade que não desejo.
Até nem gosto de discutir e muito menos politica.
Olha para o que me havia de dar...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Estás Bonita !"



Desajeitas-me !

No olhar inesperado que ofereces no Depois e me dizes "Estás bonita!".

Não!

Não me elogias ou tampouco constatas uma inverdade.

Naquele momento "sou bonita" a teus olhos porque mo sinto.

Gosto!

Gosto tanto quando te revelas, não a meu pedido.

Tão somente lês a nudez do meu ser.

Adivinhas-me!

E . . . Eu?

Eu fico sem jeito !   [[f9.shy]] 




domingo, 14 de abril de 2013

Viagem de um Beijo


O vento sopra um Beijo.
Aéreo, paira entre as nuvens.
Brinca, redopia em dança sem ritmo.

No voo despropositado
acaricia as penas de outros beijos.
Saúdam-no corpos tentadores, bocas sôfregas.

Que sejam.
Prossegue.

Levantam-se as estrelas
no dia ensonado.
Guiado por coordenadas impercetíveis,
deixa-se conduzir pela Lua que se espreguiça.

Companheiro da brisa noturna,
transporta-se em ares de certezas.
Entrega-se à madrugada,
banhando-se no orvalho do desejo.

Nesta viagem necessária tentam-no roubar.

Não permite.

Decidido na inteireza de si,
ofertas de anseios alheios refutadas.

Entra no bailado da luz
que aquece e engravida a neblina.

Dormita no embalo do vento,
desequilibrando-se.

Cai em lábios perfumados,
odor conhecido.

Deita-se no veludo carmim.

Adormece . . .  morrendo em Ti.


Fugiria Eu . . .



Fugiria . . .

Para local deserto
Onde os pensamentos sorrissem.

Para sítio distante
Onde os silêncios fossem ilegíveis.

Para lugar ermo
Onde a ilegalidade da dor habitasse.

Para terra condicional
Onde os verbos se conjugassem incondicionalmente.

Fugiria . . . Mas como ?

Se a sombra de mim :

Me aviva pensamentos tristes.

Me grita silêncios decifrados.

Me magoa no abismo do sofrimento.

Me fala em modo imperativo !


sábado, 13 de abril de 2013

Dia Internacional do Beijo - 13/04



Daqui a pouco o calendário já não tem dias disponíveis. 
Há sempre algo para comemorar ou celebrar.
O ano passado foi  Assim.

Variando em forma e simbolismo pode revestir forma  de simples gesto de afeto passando pela paixão arrebatada até ao respeito que pode encerrar.

O  toque de lábios é algo mágico.
Envolve sempre intimidade mesmo nos clássicos 'beija-mão' de outrora.
Há uma parte de nós que se oferece ou se abre em acolhimento do outro.
Momentos inesquecíveis onde a comunhão de almas pode ser sentida.
De cortar a respiração ou parar o tempo.
Presente no simples roçar de lábios, até nos envergonhados.


Símbolo da paixão, do amor, há-os para todos os gostos.
Podem envolver o simples veludo labial até onde a imaginação permitir.

A boca como orgão responsável na produção do ósculo é alvo de muitas outras atividades relacionadas com este 'Bom'.
Sendo matéria irrelevante para a presente celebração, fico-me por enviar beijos para toda a Blogosfera.

Nunca esquecendo o Especial.

Sintam-se beijados.
Beijos pérolados para todos/as!

E não se esqueçam:

Beijem, beijem muito...Faz um bem danado à saúde.



sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sabedoria . . . a conjugar !



Vamos experimentar no fim de semana . . .?


“Procure ser fácil com as pessoas e situações. 
Não é preciso se preocupar com nada. 
Tudo é apenas um jogo, mas um jogo com significado. 
É só uma questão de entender, aceitar e transcender. 
Seja flexível e experimente leveza. 
Preocupação traz peso. 
Deixe o passado ser passado. 
Deixe tudo fluir naturalmente. 
Foque sua atenção no presente. 
Seja uma fonte de preenchimento e haverá facilidade.” 

Brahma Kumaris


quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Paraíso . . . apetece-me!

O significado de Paraíso, de acordo com dicionário atual:

"s.m. No Antigo Testamento, jardim de delícias onde Deus colocou Adão e Eva: paraíso terrestre. (A idéia de um paraíso terrestre é comum a muitos povos da Antiguidade.)
No Novo Testamento, lugar onde permanecem as almas dos bem-aventurados.
Lugar de recompensa das almas dos homens, após sua morte, em muitas religiões. Jesus usou a palavra com este significado quando falou com o bom ladrão na cruz.
Fig. Lugar de delícias, lugar onde a gente se sente bem, em paz e sossego.
Originalmente, era uma palavra persa usada para os parques de diversões dos reis persas."
Dicionário Online


O Paraíso é Persa!
Mesmo que conheças bem a cultura iraniana, nunca deves ter feito alguma relação entre os persas e o paraíso, certo?

Porém, “paraíso” vem do persa, sim.
Mais precisamente do avéstico, que faz parte de um grupo chamado de línguas iranianas antigas.
A palavra original para “paraíso” é “pairidaeza” e o significado não tem nada a ver com 72 virgens esperando por mártires no céu.
Pairidaeza” significa “murado” e a palavra era usada para se referir aos Jardins Persas, aqueles jardins magníficos, com arquitetura e paisagismo simétricos e, claro, muros ao seu redor. O mais famoso deles provavelmente é o Taj Mahal, na Índia.

Do persa antigo, “pairidaeza” alterou-se para  “paradeisos” (grego), “paradisus” (latim) e daí seguiu para todos os cantos do mundo.

Seja como for, a origem do jardim idílico remonta a séculos A.C.

Local apetecido, desejado, sonhado onde as canseiras da vida não existam.
Utopia para uns, promessa para tantos.

Para mim apeteciam-me férias em local paradisíaco.
Com requisitos adequados a gostos próprios:
soalheiro,
com mar morno e areias brancas,
temperaturas nos 25º,
comida fresca e sempre pronta,
silencioso,
natureza amigável e presente na vida animal e vegetal,
outros itens em separata,
(. . .)
tão somente onde pudesse descansar
e . . . esquecer-me de mim.

Alguém conhece o Paraíso?


quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Paixão e o Amor . . .

Estar Apaixonado/a . . .
Ser Apaixonado/a . . .
Amar . . .
Ser Amado/a . . .

Palavras de uso tão comum. 
Escritas, ditas, gritadas susurradas ou simplesmente sentidas.
Corriqueiras.
Todavia, mantêm a sua integridade própria e não se deixam banalizar.
Há sempre alguém que lhes consegue oferecer um novo significado, um enquadramento diferente.

Na Paixão a intensidade comanda e o tempo depressa se cansa na sua tentativa de a acompanhar.
Por isso, temos paixões de curta duração, com prazo de validade, explosivas, inolvidáveis, descontroladas, apetecidas, inesquecíveis, quiça . . . passíveis de adjetivações tão subjetivas como pessoais.
Porém, de vida curta.
Este território, sendo mais vasto, permite o apaixonar-se  por pessoas, ideais, causas, objetos, animais ou até desejos e sonhos.

No Amor a temperança faz-se ouvir, guia e deixa-se conduzir pelo tempo.
Este pode ser até seu aliado.
Não há canseiras loucas apesar da insanidade amorosa poder bater à porta, se assim lhe aprouver.
O prazo do Amor é . . . não tê-lo.
Costuma-se restringir este campo e associá-lo a sentires mais profundos.

Exemplificando: podemos apaixonar-nos por um carro ou por um par de sapatos (lindos e de fazer inveja a qualquer mortal ajuízado, na perspetiva do enamorado). 
Contudo, outras modas surgirão e, em breve, o brilho no olhar esfuma-se dando lugar a outras paixões, igualmente efémeras.
Já o Amor é outra história . . .ou talvez não.

Matéria controversa e alvo de teses e pensamentos sempre inacabados.
Seja como for, e para complicação no assunto, existe também a possibilidade da combinação dos 2: Paixão e Amor.
Mistura bombástica, talvez.
O tempo encarregar-se-à de peneirar amores apaixonados. 
Restando-nos a observação, sofrida, alegre ou indiferente, dos grãos maiores que ficaram na superfície do crivo ou . . . da sua ausência.



terça-feira, 9 de abril de 2013

Para Ti . . .

O abrangente abraço do Equador.

O húmido beijo do Amazonas.

O amoroso afago do Vento Suão.

A colorida visão da Aurora Boreal.

A perfumada maresia de Mares e Oceanos.

Os violentos carinhos dos Furacões.

A ternurenta altura dos Himalaias.

A inspiradora luz das Estrelas.

A paixão do calor Solar.

O estremecimento tectónico dos Continentes.

A harmonia dos ciclos Naturais.

O arrepiante suspiro dos Vulcões.

O refrescante gelo dos Glaciares.

O ardor das areias do Deserto.

A inconfidente brisa dos Ventos.

Para TI . . . O Mundo !


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Com a Maré !



No ritmo lunar enchia a maré.
Em vaga desapressada acercaste-te da areia.

Vinhas embrulhado em maresia.

Deixaste-te provar a areia seca que era eu.

Salgada, por outras marés, permiti-me a fresquidão
da tua onda salpicada de afagos.

No compasso do vai e vem da beira-mar
formámos novelo coberto de espuma.

Na intensidade tempestiva da preia-mar
enchemo-nos um do outro.

Eu, areia sequiosa.
Tu, água doce do salgado mar.

Quisémos raptar a Lua,
suspender a maré.

Louco ensejo
apreciado na paragem do instante.

Surgiste no embalo da maré cheia.
Esvaneceste-te na corrente da água que descia.

Não vás!

Permanece comigo
até à próxima maré !


domingo, 7 de abril de 2013

O Lago


Existe um Lago
dentro de mim.

Onde as águas turvam
com a enchente das minhas lágrimas.

Onde a transparência me permite
vislumbrar fundos inacessíveis.

Onde me banho
despindo-me de poeiras entranhadas.

Onde na neblina da madrugada
me visitam sentimentos que por lá deixei.

Existe este Lago . . .

Que me serve de repouso
no silêncio das suas correntes.

Que me atormenta
no reflexo das recordações.

Que me é cúmplice
consentindo-me no ser inteira.

Que me corre nas veias
ao soltar-me no seu espelho

Existe um Lago
dentro de mim.

Orlado pelas flores perfumadas que nela semeio,
Assombrado pelos fantasmas que nele me são inquilinos.

Esvazio no Lago
o que sou,
o  que penso ser,
o que gostaria de ser,
o que temo ser.

Local,
de paisagem contraditória,
   vulcânico, glaciar.

Já não sei
se me abandono,
se me perco,
se me encontro,
neste lago dentro de mim!

sábado, 6 de abril de 2013

No Equilíbrio


No equilíbrio instável
ouso equilibrar o  desequilibrável. 

Pendendo para um lado e para o outro.

Em estado de repouso ativo 
dependente de forças que se anulam.

No atrevimento de mim
estremeço
perco o pé
o equilíbrio é condição urgente
no estado de sítio
por onde me encontro.


"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."
 Soren Kierkegaard 




sexta-feira, 5 de abril de 2013

( Eu) Passeio ( - me)



Na hora sem relógio passeio-me na floresta desconhecida de ti.

Embrenho-me sob a copa do teu olhar,
Colho uma flor no teu sorriso,
Refresco-me no riacho do teu ventre,
Apanho fruta silvestre na tua boca,
Perco-me no labirinto dos trilhos do teu corpo,
Repouso no tapete florido do teu abraço,
Deixo-me aquecer pelo Sol do teu desejo,
Brinco no balanço do teu amor,
Observo as borboletas esvoaçantes da tua ternura,
Delicio-me com o chilrear dos teus gemidos,
Saboreio o orvalho da tua pele,
Sinto a brisa despreocupada dos teus lábios.

Deslumbro-me na paisagem natural da floresta encantada que és Tu.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Como falar de homens na rotina doméstica.


Atenção: Não é um post sexista ou discriminatório. Hoje em dia, o tratamento de roupa é tarefa de todos os géneros e com o avanço das novas tecnologias e tecidos passará a ser uma atividade em vias de extinção. Assim o espero!

Segundo pesquisas realizadas parece que a tarefa mais odiada pelas donas de casa é passar roupa. O problema das mulheres com as roupas não é de hoje. 
Não é à toa que vários instrumentos têm sido criados para facilitar a vida da mulherada e todas ganharem mais qualidade de vida e tempo para fazer o que se gosta. 
É por isso que hoje em dia a máquina de lavar roupa ou de secar se tornaram electrodomésticos imprescindíveis em qualquer casa. Para completar a tarefa da roupa só falta uma máquina de passar roupas. 
E para alegria geral, não é que já existe???

Porém os seus preços em época de crise podem tornar a sua aquisição proibitiva.

Então surgiu esta ideia de capa mais apelativa, por assim dizer.
É uma sugestão da 'Ironing Fun'.

Acham que a tarefa ficou mais fácil?
A roupa é capaz de se queimar? 
As distrações agradam?

No que me toca, e à falta de empregada/o doméstica/o, muito gostaria que a referida capa fosse mudando de padrões, imagens, fotografias, ângulos, tendo a imaginação como limite.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

História de uma Prisioneira ! ?


Furtada nas desoras da sede esfomeada do desejo, abandonou-se ao cárcere sem reservas. 
Conduzida por veredas que sussurravam o seu nome. 
Palavras que lhe recordavam o corpo mergulhado nela. 
Pressentia a pele arrepiada entre gemidos acorrentados em doces demoras. 
Absorvia-se, envolta em ternura, no vácuo do tempo.
Adivinhava cada átomo seu na descoberta das partículas dele.
Cativa na emoção da masmorra acolhida.
Perdera-se!
De Si!
Por Si!
Não ousava achar-se.
Não queria!
Não podia!
Na penumbra a névoa do arrebatamento tomava conta de cada poro.
Murmurava vontades indomáveis que ele abrigava como se fossem suas.
Rebeldes, fugindo ao tempo, ocultos pelo abrigo, enclausurados.
Prisioneira voluntária, caprichosa, teimava na delonga do véu da paixão.
Ansiava mais, por mais...
Mas . . . o Sol veio libertar as horas e soltou-lhe os grilhões.
Os sentidos despertavam no tempo alterado. 
Vagarosamente, desenergizada, num torpor apetecido, acordava no morno perfumado de odores inebriantes.
Espreguiçava-se lentamente, de olhos cerrados. 
Recusava-se a pactuar com a medição dos momentos que a convocavam para a vida.
Vida?
Quem lhe dera continuar no limbo da cadeia onde fora Ela, na nudez da sua essência.



terça-feira, 2 de abril de 2013

A Utopia


DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!
Mario Quintana

"Utopia tem como significado mais comum a ideia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. Pode também ser utilizado para definir um sonho ainda não realizado. Uma fantasia, uma esperança muito forte.
A palavra foi criada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe"."
Wikipédia

Socorrendo-me do dicionário Web apercebo-me que 'a montanha pariu um rato'.
A Utopia é assim como um sonho ideal.
Mas, não o são todos? 
Uma fantasia? 
E depois?
Seria possível a nossa existência em território meramente material? 
Da sobrevivência pura?
Creio que aqui reside a humanidade. 
Porque pensamos, racionalizamos e imaginamos.
Nesta capacidade onde cabe a esperança e os devaneios tornamo-nos Pessoas. 
Capazes  de se permitirem escolher e morrer pelo que acreditam mesmo que tal não tenha  ser.
Gosto de me poder elevar e flutuar acima de uma realidade que não é compreensível para muitos. 
Porém, existe na minha mente e, como tal, é tão evidente como qualquer outro pensamento ou sentir.
Sou utópica? Talvez. 
Sonhadora? Com certeza.
Lá no fundo sou só eu . . .


segunda-feira, 1 de abril de 2013

PEDIDO



Cala-me com o sabor do teu beijo.
Silencia-me no calor do teu corpo.
Emudece-me no teu abraço feito fortaleza.

Não permitas que o meu grito acorde as sombras.

Extingue-me o fogo que me quer consumir.
Apaga-me as chamas que teimam em me acariciar.
Cessa-me o incêndio ardente que me desnuda.

Não deixes que me inflame no ardor da nostalgia.

Vem!
Quero abandonar-me no teu colo morno.
Banhar-me no perfume de ti.
Fechar os olhos e perder-me contigo.

Chega-te a mim e...Cala-me!

domingo, 31 de março de 2013

No SUSPIRO . . .



Os poros suspiram no alento dos beijos da brisa...

Suspiram os movimentos das águas em ânsias no abraço à terra...

As flores suspiram na busca de olhares de  apreço e de narizes inspirados...

Suspiram vidas ávidas da luz que as sustentem, iluminando-lhes os sonhos...

As sombras do amor saciado suspiram na demanda de desejos inconfessados...

Suspiram bailados de pensamentos em mundos de fantasia que doem...

As ausências suspiram nos silêncios calados, esmagadores pelo que dizem...

Suspiram as veias, os ventres, as estrelas, o Sol, a Terra por paixões desenfreadas...

Os anjos suspiram na paz celestial envolvendo o pecado que se faz divino.

Suspiram os sentidos, os sentidos e os quereres na sofreguidão faminta da procura...

E . . . Minh' Alma suspira em harmonia com este 'ai' Universal.




sábado, 30 de março de 2013

A Origem da Páscoa

As origens do termo 

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. 
A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim 'Pascae'. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como 'Paska'. 
Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo 'Pesach', cujo significado é passagem. 

Entre as civilizações antigas 

Historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos atrás. 
Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. 
Geralmente, esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores. 
Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.

A Páscoa Judaica

Entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. 
Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.

Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não sobrou tempo para fermentar o pão. 

A Páscoa entre os cristãos

Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior ao equinócio da Primavera (21 de março).

Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém

A História do coelhinho da Páscoa e os ovos 

A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. 
O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. 
Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. 
No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.


Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? 
Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. 
Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

P.S. Alguma dúvida?

Boa Páscoa para a Blogosfera e mais além . . . 


E muitos doces conforme as tradições que preferirem.

Eu fico-me pelo chocolate:
    

sexta-feira, 29 de março de 2013

Palavras lidas nos olhos




"As palavras proferidas pelo coração não tem língua que as articule, 
retém-nas um nó na garganta e só nos olhos é que se podem ler."

José Saramago

quinta-feira, 28 de março de 2013

Na Ousadia . . .



Ousar . . .

ser-se . . .

Despir roupas apertadas, incómodas.
Soltar as correntes do medo e atrever-se.

Abraçar este ar que se entranha no seio.
Desapegar-se de grilhões que já tomaram formas .

Buscar-se na essência e olhar-se.

Perfumar-se de odores alegres, brincalhões.
Correr de mão dada com a Lua, o Sol e contigo.

Respirar outras atmosferas desconhecendo surpresas.
Na ousadia do Ser-se a nudez do 'Eu', do 'Tu' desabrocha e . . . a impossibilidade morre.



quarta-feira, 27 de março de 2013

Não me chamem . . .


Sou cabeça no ar
Flutuo em mar de fantasias
Pairo em atmosferas rosadas
Levada na brisa tépida da atração.

Não me chamem . . . por favor !

Quero ficar assim . . . para sempre, na eternidade do sentir.

Sou alma em demanda nas águas profundas dos 'porquês'
Flutuo ao mergulhar nas certezas oferecidas
Pairo sobre terras floridas, aspirando-lhe aromas.
Levada no beijo da vida que me convida.

Por favor . . . não me chamem!

Permitam-me ir 
. . . 
sorrindo
. . .
querendo
. . . 
sonhando
. . .
chorando
. . .

Mas . . . não me distraiam . . . não me prendam  . . . e . . . Não me chamem !

terça-feira, 26 de março de 2013

Na Luz . . .



E a Luz espreguiçou-se . . .

Tomou o espaço e fê-lo seu

Derramou fios de luminosidade
Sobre os sonhos que se escapavam

Destapou-me em claridades  nuas

No seu despertar o fulgor arrepiou-me

Na crua cintilação olhei-me
Permitindo o abraço brilhante
Da Luz

Deitando-me no seu colo de sabor a ternura
Larguei vestes opacas, sombrias, fruto das trevas

Banhei-me sob o seu olhar, sem pudores
Nos perfumes da transparência oferecidos

Em gestos desapressados atrevi-me na descoberta  apetecida.
Em simplicidades visíveis, evidentes

E a Luz espreguiçou-se . .
arrebatando-me.


segunda-feira, 25 de março de 2013

Esquece . . .

Esquece o meu nome,
o telefone, a morada.

Esquece-me o cheiro,
a forma de mim.

Esquece o som do meu sorriso,
o sabor da minha boca.

Esquece-me o tamanho,
a  forma e o espírito.

Esquece...Esquece-me.

Oferece-me esse presente: o esquecimento.
Será o último.

Caída no vazio da memória
buscarei novos caminhos.

Serei peregrina solitária,
nua de amarras.

Esqueceste-me ... permitindo lembrar-me de mim.

Não me recordes, 
não habitarei lembranças.

Esquece-me...só!

domingo, 24 de março de 2013

Cúmplices da LUA ☪




Apanha-me . . . na Lua Nova.
Antes que a noite estenda os seus braços
tornando-me em sombra fugidia.

Segura-me . . . na Lua Crescente.
Vem prender-me pela cintura
observando as negras pupilas a dilatarem-se.

Agarra-me . . . na Lua Cheia.
Deixemos a luz envolver nossos corpos
em hinos de graças ao Universo.

Tranca-me . . . na Lua Minguante.
Abandonemo-nos aos ciclos de prazer.
Instante regidos na cumplicidade lunar.

Nos vales encantados, do feitiço do querer insaciado e louco.
Nos picos arrebatados onde não sou mais eu e tu és mais meu.