domingo, 22 de dezembro de 2013

Casa


" Quem busca a felicidade fora de si é como um caracol que caminha em busca da sua casa." 
Constâncio C. Vigil


Casa não é morada, 
muito menos residência.

Casa tem cheiro de lar,
refúgio de berço.

Casa despe-nos integralmente,
rouba-nos máscaras
e somos, simplesmente, nós.

Casa tem borralho de lembranças,
saudades de lumes extintos.

Casa pode ser covil,
pouso seguro.

Casa é onde a felicidade mora
e nós a reconhecemos.

Casa mobilada de afetos,
amores e desamores,
onde a dor também habita.

Casa é pátria do nosso 'Eu',
com língua, costumes e fronteiras só nossas.

Casa é local interior,
chão firme onde os nossos sonhos podem descansar.

Casa ... para onde me quero mudar,
onde estás ?

Pérola


sábado, 21 de dezembro de 2013

Solstício de Inverno




Já vos tinha contado de como gosto dos Solstícios, com especial preferência para o de inverno.

É o dia mais pequeno do ano, em que a sombria noite ganha ao dia luminoso.

A partir daqui, todos os dias, a claridade somará uma pequena vitória que culminará no Solstício de verão, o dia mais longo do ano.

Gosto disto!
Pela perspectiva da primavera que se adivinha.
Do novo ciclo que se inicia em que a entrada em novo ano é marco assinalado.

Venha a maior proximidade do Sol e com ele dias mornos onde o meu humor floresce.


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Com chuva



Na chuva . . . não te abrigues.
Sente a humidade molhada que te arrepia o corpo e alma.

Larga chapéus, gabardines e agasalhos vários.

Deixa que os pingos desçam na tua silhueta,
perfumem a terra que  te circunde.

É o céu que chora, de alegria, quiçá!

Despede-te de conveniências,
saboreia o ciclo da natureza.

E que essa nudez permita ao Sol te estender os seus lábios
em beijos reconfortantes,
aquecendo-te, secando-te,
e lembrar-te que também se pode ser feliz no improvável.

Pérola

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Com saudades...



Vibram saudades da infância...
Recordo a noite de Natal  em sobressalto.
O Pai Natal visitaria a minha casa.
De vontade refreada em cativa impaciência, obedecia.

Como gostaria de viajar no tempo!
Inocência genuína, puro acreditar.

Sobram saudades...
Um presente desembrulhado em vagares de prazer.
Criança ansiosa em expectativas pueris.
Era eu!
Envolvida na magia era feliz.
Hoje só peço a restituição do que fui.

Morro de saudades...


P.S. Estarei impossibilitada de fazer os meus habituais passeios Blogosféricos nos próximos tempos.
Ficam uns Post's agendados.
Prometo a todos visitar quando voltar.
E...já tenho saudades...de ti!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Pai Natal sabe onde moro !?



Não veio pela chaminé, mas pelos Correios de portugal.

Desta vez, a Troca de Miminhos da Querida Anita trouxe-me mais um presente de natal.

Um livro (já devorei mais de metade) e uma carteira que é um miminho.

Aqui fica o meu "Muito obrigado!".

Bem Hajas, Anita, pela iniciativa.

Um grande beijinho à blogger que me presenteiou.
(ainda desconheço a identidade virtual)



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mais Presentes de Natal . . .


O blogger Leão da Estrela ofereceu-me este selo, leonino q.b.
Obrigado, fera sensível!
Parabéns pelo 2º aniversário do Blog!
Tanto mimo!


O caro José Carlos Sant Anna presenteou-me com um poema que emocionou esta Pérola em formação.
Obrigado, amigo das 'Dúvidas'!

"Pérola
é pele tão fina,
um enleio nas mãos

ao sair da ostra
adeus equação

Pérola
é a essência do sim,
a margem do nada

ao sair de si
volátil doçura.

Pérola
é inscrição fugaz,
refúgio do destino

ao sair de si
é apenas dúvida

Pérola
é um tecido segredo
raio de brancura,

ao sair de si
nas águas mergulha."


Este ano, a época tem sido muito generosa comigo.
A Blogosfera tem contribuido para alegrias inesperadas e amizades improváveis.

Bem hajam, amigos/as !


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quero Ser Flor !



Deixem que o perfume das flores me chamem irmã.

Quero florescer entre pétalas coloridas, 
verdes refrescantes 
e borboletas bailarinas.

Plantar-me em jardim de rosas, 
margaridas 
 túlipas,
e incontroláveis flores silvestres.

Dançar melodias desenraízadas,
em infinitos compassos de amores-perfeitos.

Salpicar-me de matizados tecidos na seiva,
sorver o orvalho fresco da madrugada.

Florear nubladas estrelas,
escondidas entre o buxo.

Desabrochar em alegre grinalda,
olhar o Sol e deixá-lo beijar-me.

Irromper do ventre da terra,
rasgar caminho 
e fluir.

Adornar formosos sonhos,
secar lágrimas derramadas.

Enrolar-me nas viçosas hastes 
e crescer.

Quero ser semente, 
raíz, 
botão
e . . . Flor !

Pérola

domingo, 15 de dezembro de 2013

Triste



Com os músculos doridos a reclamarem, despertou. O  passeio forçado prolongara-se no tempo bem como  o sentimento torturado da rejeição que a asfixiava. 

Ainda não percebera o que lhe doía mais, a sua credulidade ou o desamor alheio. Estava irritada, furiosa, consigo, com o mundo e principalmente com Ele. 

Bem, as prioridades estavam trocadas. 
A bem da verdade, Ela era a principal responsável. 
Nos outros não tinha controle e só lhe restava a opção de aceitar ou optar por qualquer outro tipo de relação, inclusive a indiferença.

Deixou-se levar pelo trilho de madeira enquanto o cansaço aguardava pelo tempo. Desanimada, parou no final do pontão e absorveu aquele fim de tarde. 
Como se fosse a última inspiração!

A baía perfumada de maresia convidava-a a juntar-se-lhe. Banhar-se de tal forma que a limpeza lhe levasse as tristezas.

Descalçou-se e ao sentar-se os pés foram acariciados pelo veludo gélido do mar. O arrepio veio de imediato e fê-la esquecer-se, por instantes, da mágoa tatuada em si. Uma marca que transportaria para sempre. Cicatriz ainda em chaga, arrependimento sem volta.

À dor insuportável respondeu com um arrancar de vestido.
Mergulhou e deixou de sentir . . . penas amorosas.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Ainda Sinto !



Ainda sinto o tépido toque da tua mão,
o teu sabor na minha boca.

Ainda sinto o teu olhar guloso,
a nudez de mim em ti.

Ainda sinto o eco da tua voz,
a doce música da nossa dança.

Ainda sinto a humidade do teu desejo,
o  prazer cúmplice.

Ainda sinto os contornos do teu corpo,
fronteira de domínio nosso.

Ainda sinto o teu morno nos lençois,
aconchego íntimo.

Ainda sinto o teu afagos multiplicado em carícias,
viagens alucinadas.

Ainda sinto os teus beijos brincalhões,
abraços onde perco o pé.

Ainda sinto o teu amor jurado,
a ternura do querer mais.

Ainda te sinto no tempo parado,
morada para sempre.

Ainda sinto,  tão somente sinto,
saudades de ti!

Pérola


Pelos ares . . .



De temperamento alado,
sou de linhagem sem filiação.

O vento semeou-me pensamentos
em esvoaçares sem lei.

O mar salgou-me penas,
de inconveniente condição.

Construí ninho com instáveis espantos,
em ambíguos voos.

Sou ave ferida
em cicatrizes tatuadas no tempo.

Estranho espécimen 
em bando extraviado.

Elevo-me em atmosferas rarafeitas,
pelos ares do sonho.

Privada de asas,
soltam-se lágrimas que choram em terra.

Pérola


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Natal já chegou !


O Natal também é isto:

AMIZADE BLOGOSFÉRICA

O querido AFlores fez-me uma surpresa que tocou a minha essência mais sensível e as lágrimas dançaram em ritmo alegre.

Obrigado, amigo !!!

Não há nada que se compare a atitudes perfumadas de carinho e seladas na ternura.

Este presente antecipado tornou o meu Natal com sabor especial e emotivo.

Não esperava!

A Dedicatória do autor e a do amigo blogger Flores no LIVRO enriqueceram-no. A sua leitura irá transportar-me para mundos de sonho.

A acrescer, o postal natalício com votos que retribuo em duplicado.

Não mereço e deixaste-me sem jeito, querido amigo florido, e de que forma !!!

Grata pelo virtual onde Tu fazes valer a pena...simplesmente  tudo.

Pois...o Natal chegou mais cedo!

E eu?  

Voltei a ser a criança que acredita na Magia da Época.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Com apetites . . .







"A loucura é uma ilha perdida no oceano da razão."

Machado de Assis







Apetecem-me:

loucuras 
ilhas insanas
oceanos azuis
perdições improváveis
viagens sem rota
desajuízados sabores
corações sem fronteira.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Eu julgo, Tu julgas, Ele(a) julga, Nós . . . , Vós . . . , Eles(as) . . .




A interação social também conduz ao julgamento. 
O próprio será, porventura, mais difícil e raro. 
Ser juíz em causa própria parece coisa exigente.
Quanto ao alheio...haverá atitude mais vulgarizada?


Confesso que não gosto do verbo julgar nem da ação em si.
Envolve ou supõe algo parecido com a critica destrutiva.
Trata-se de um ato frequentemente  associado à ausência de respeito e da tolerância.


Falar é fácil e as máscaras do 'politicamente correcto' não precisam da época carnavalesca para 'sair à rua'.
Nunca os espelhos são suficientes nem os dedos apontados para nós, quando apontamos alguém, chegam.
Há e haverá sempre alguém que gosta de dizer mal.
É um facto.
De forma gratuita, escondendo traumas ou simplesmente por maldade, a realidade é que o julgamento alheio está para durar.


Este género de conduta não parece ser apanágio de pessoas responsáveis e maduras, socialmente, psicológicamente, e até, mentalmente.


Quais os limites?
Quem define tais liberdades?
Uma montanha de dúvidas, julgamentos à parte.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Atenta-te !



Atenta-te!
Que nada te perturbe e nada te espante.
Não te deixes enganar.

Olha-te!
Não deixes cair teus olhos.
Vê por onde corre a maré,
de onde sopra o vento.

Vai-te!
Impele a tua canoa com remadas determinadas,
não te plantes em moradas assombradas.
Abre as tuas janelas.
deixa que a brisa do desconhecido te renove.
Não queiras ficar no cais.

Atreve-te!
A vida é deserto e floresta chuvosa,
desfruta a plenitude.
Confronta teus fantasmas,
desarma teus medos.

Permite-te!
Perde o pé em rumo certo,
abandona-te em ti,
se queres ser feliz.

Atenta-te!
Decide-te onde vais!

Pérola

sábado, 7 de dezembro de 2013

Desejo . . .

Que a tua pele não se esqueça da minha!

Os teus beijos madrugarem no meu corpo!

O teu Olhar perdido em mim!

Abismos de prazer onde me  perco!

Adormecer no teu sonho e despertar na tua fantasia!

O calor da ternura do teu desejo!

Um fogo onde somos chama e  lenha!

Que sejas presente embrulhado em recordações por inventar!

Um Mundo que se banhe no Amor!




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Patrícia - ( 3 )

A Patrícia aguarda o seguimento da sua história.
Apesar dos atrasos, não gosto de coisas inacabadas, pelo menos das narrações vividas na minha mente, aqui prosseguem as peripécias da mulher a quem os acontecimentos ultrapassam vontades e planos.


Patrícia imobilizou-se na surpresa e petrificou por momentos. A presença inesperada roubou-lhe palavras e ações. A amiga beslicou-lhe o braço e fê-la regressar a terra. 
'- Hã?' - foi a única sílaba que lhe saiu da boca entreaberta.
'- Pode dar-me o prazer de conhecer o seu nome?' - insistiu o homem moreno.
'- Desculpe, estava distraída' - desculpou-se Patrícia, de forma atabalhoada.
'- Sou a Patrícia'.
Miguel pegou na mão de Patty e conduziu-a à pista de dança. A 'Salsa' convidava ao ondular de corpos insinuantes. 
Ao princípio, retraída, Patrícia sentia os olhares curiosos e estupefactos das amigas de noitada.
'Quem diria!' - era o pensamento resumido de todas elas.
Porém, o sorriso contagiante do par inusitado transmitia-lhe confiança e à vontade. 
Deixou-se seduzir pela música, mergulhou naquele mar azul dos olhos e a música tornou-se cúmplice de algo inexplicável.
As músicas sucediam-se bem como os ritmos e as sensações.
Miguel mostrara-se um dançarino meigo e muito atento. Um verdadeiro cavalheiro apesar da ousadia inicial.
Já cansados recolhem-se a uma mesa mal iluminada onde Miguel se desculpa pelo atrevimento. Justifica o atrevimento no impulso incontrolável que sentira ao olhá-la de longe. 
'- Tu chamaste-me!'- brincava ele.
Patrícia perdera a racionalidade que lhe era peculiar. Emoções desconhecidas faziam-na vibrar e começava a duvidar das suas certezas.
Com o trabalho completamente esquecido, somente aquela presença desinibida e afável lhe prendia a atenção.
'Seria amor à primeira vista?' - Era pergunta na cabeça de ambos.
A atração era visível e quase palpável. O desejo subia de tom tornando-se impaciente. 
Miguel brincava com o cabelo de Patrícia as conversas desfilavam sem tino. Como adolescentes, deixavam o prazer da companhia mútua crescer e no momento eram felizes.
Entretanto, as amigas de Patrícia resolveram continuar a sua volta pelos locais nocturnos já programados e despediram-se da amiga que se  'encontrava em boas mãos' conforme brincaram. Patty ainda mencionou o facto do acordo e o dever das acompanhar. Meros resquícios de consciência.
Estava claro que o mulherio aprovava o encontro inesperado e fazia questão que Patrícia se divertisse.
O homem do veleiro, pegou nas mãos e com uma seriedade desconhecida pergunta-lhe se ela gostaria de conhecer a sua pequena casa flutuante.
O olhar respondeu-lhe.
De mãos dadas caminharam em direção da madeira que cintilava no reflexo da Lua.
O mar, esse libertava o seu cheiro a algas, e baloiçava, suavemente, aguardando os amantes apaixonados que ainda não o sabiam.

( Fim )


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Là-bas, Je Ne Sais Où...




(...)Partir!

Nunca voltarei.

Nunca voltarei porque nunca se volta.

O lugar a que se volta é sempre outro.

A gare a que se volta é outra.

Já não está a mesma gente,
nem a mesma luz,
nem a mesma filosofia.


Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!...

Álvaro de campos


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O teu Sim !



De mãos vazias,
despida de vãs necessidades:
Leva-me contigo!

Por entre voos livres,
de essência cristalina:
Vem-me buscar!

Lavada pela chuva,
de ser húmido e cabelo molhado:
Espero  por ti!

Com a dor adormecida,
mágoas e lágrimas ausentes:
Aguardo o teu Sim!

Pérola

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

BRINDO ! ! !



Foto by Pérola

Pelos momentos que se tranformaram em eternidades.
Pela amizade que se veste de amor.
Pela vila que desenhou silhueta de mim.
Pela WEB que transforma bytes em sorrisos reais.
Pela infância solta e campestre.
Pela juventude que me alargou horizontes de mulher.
Pela calor da ternura das pessoas que me estão entranhadas no ser.
Pelas tristezas e desilusões que conduzem o sofrimento a estatuto de professor.
Pela Blogosfera!

Brindo à vida!
Brindo a ti, amigo/a blogger!
Saúde e longa vida!

Adoro-vos ! ! ! 

(Que as minhas e vossas pérolas voem no sopro da escrita.)


sábado, 30 de novembro de 2013

Dos Melhores Amigos !



Os melhores amigos nem precisam que diga nada . . .

 - O silêncio.
 - A ausência.
- O toque.
- O olhar. . .

Fartam-se de falar e . . . Bastam!



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Oferta


No beijo do Sol arrepia-se a pele
em espasmos de prazer.

Verte-se a luz em chuvas secas,
pó que me polvilha o corpo.

É o abraço do Céu, 
que bem me quer,
em neblinas perfumadas de sabor a ternura.

Permito a carícia envolvente,
de azul vestida, 
com coração estampado.

Sou terra em vaso, 
com formas de mulher,
onde sementes se espreguiçam no morno reflexo.

Dilatam-se as sensações,
sobre o colchão florido,
onde me encontro deitada.

Recebo esta marca amorosa,
cicatriz tatuada,
 do beijo do Sol.

O amor infiltra-se em mim,
 de cerimónias perdidas,
brindando-me em doação apetecida.

Pérola


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Da Gratidão




Agradecer as coisas, as  pessoas e situações simpáticas é fácil.

Nem sempre temos, sequer, a noção do quanto podemos ser afortunados.

Reconhecer as felicidades da existência é algo tão subjetivo como tudo o resto que envolva o próprio.



Hoje quero aproveitar estes ares que sopram da América e retribuir ao Universo, a Deus, à Natureza, às Pessoas tudo aquilo porque estou agradecida.

Não!
Não desesperem, a lista não é longa.  
Prometo não aborrecer muito.

Começo por não mencionar o óbvio e positivo.

Estou grata pelo menos agradável como:

* O desemprego - Sem este flagelo não teria conhecido a Blogosfera e pessoas que passaram para a minha vida virtual e real fazendo já parte de mim e que me são tão importantes.

* A perda de amores - Assim aprendi a valorizar o sentimento e as saudades são marcas do que já vivi e experienciei.

* Ser 'normal', vulgar e pobre - Com a minha estatura e aspecto ninguém se aproximou de mim com paixões de 'Top Model' ou por motivos materiais.

* Ter perdido 'uma pequena fortuna' - Aprecio melhor a simplicidade e a bonança, quando a há.

* Percorrer caminhos de eterna inquietação - A ansiedade e a dúvida associados têm-me levado a procurar incessantemente. Nesta demanda tenho aprendido tanto para conceber o tamanho da minha ignorância.

* A auto-confiança não ser o meu forte - A sensibilidade exarcebada fez-me sentir infinidades desconhecidas de muitos.


Obrigado, VIDA ! ! ! 


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Frágil



Perco-me em fragilidades
de palavras fechadas,
beijos sem lábios,
ausências interiores.

Desfaço-me em cinzas
de fogo sem chama,
labaredas sumidas
em lenha que não arde.

Espraio-me em espuma
de ondas sem marés,
mar doce,
de céus sem horizonte. 

Rasgo-me em vazios
suspensos na onda do tempo,
luz fria em túnel sem fim,
fragilidades de mim.

Pérola