terça-feira, 12 de novembro de 2013

Com ou sem sentido(s) . . .



O cheiro da noite
abraça o sonho.
A melodia do teu corpo
dança no meu interior.

O  sabor do amor
escorre-me dos lábios.
A sombra do desejo
arrebata-me o fôlego.

O tacto da vontade
desarma-me em completa nudez.
A pedra de toque fundida
no calor da entrega.

Duas seivas misturadas
no enlevo da união
És tu que morres
no meu desfalecimento.

São sentidos saturados
de sentires ainda vazios.
Porque é sempre pouco
o encontro onde existes.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Mimos e mais Mimos !


Com tanto carinho e mimos ainda farei birras próprias de menina mimada.
Eu estou a avisar....

A amorosa, inexcedível Alegria, quis presentear-me com um post em que fez uma reportagem, muito ao seu estilo, próprio e inteligente, do evento do dia 2/11. 
Já por aqui contei que a querida amiga blogger passou a ser bem real ao deslocar-se, de propósito (do Porto), a este evento modesto. 
Não quis deixar de estar presente e assim me conhecer, mas o maior prazer no encontro foi meu...
Nunca terei palavras para lhe mostrar o meu reconhecimento, na totalidade

Eis uma fotografia que lhe 'roubei':


Não deixem de a visitar no seu blog repleto de ideias bem fundamentadas e banda desenhada que fazem as minhas delicías AQUI
Façam o favor de lhe darem um 'Olá', ok?
Ela merece muito mais !

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Por outro lado o simpático Francisco, qual Deus, quis baixar a terras sadinas e fez um esforço hercúleo para o virtual dar lugar à realidade.
Após percursos atribuladas, a viagem, iniciada por terras da capital, teve um bom termo no sorriso com que me presenteou.

Esta rosa é linda e foi-me oferecida pelo querido amigo.


Ainda por cima, é da minha cor preferida.
O branco transmite-me só e sempre vibrações positivas.

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E depois, digam-me lá que não tenho motivos para adorar a Blogosfera???


sábado, 9 de novembro de 2013

Sou Mundo . . .



Quiseste percorrer-me,
trilhar por vales meus.

Grandes explorações inimagináveis,
e eu . . . gostei!

Sou mapa em branco
onde desenhas os meus recortes,
definindo-me a silhueta.

Escalaste-me montanhas 
e fizeste-as tuas.

Descobriste minas de água fresca
onde te saciaste.

Cansaste-te em azáfamas
amorosamente brincalhonas.

Repousaste no meu regaço húmido.

Foste naúfrago da ilha que sou eu.

Ofereci-me em sacrifício desejado,
em ânsias da consumação.

Aguardo-te nessa viagem sem pressas,
pressentido-te em cada percurso,
saboreando-te nos passeios sem rumo.

Sou Mundo teu
em que te acolho como foras meu!

Pérola




quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Parabéns à Afrodite!


A sempre amora e deusa Afrodite quis presentear-me no seu aniversário.
Ela é que fez um aninho e os amigos recebem os presentes.
O meu sincero 'Obrigado', com muito carinho.

Parabéns e que venham muitos mais!


Fico emocionada com tamanho mimo.
A Blogosfera tem de tudo, mas a Amizade é o melhor.


Para além das perfumadas margaridas (como gosto desta flor, porque será?) ainda conhece músicas que me são especiais e aprecio.
Trata-se do rei (velhinho, mas sempre atual) das melodias do amor e que aqui se excedeu numa das 1ªs músicas ecológicas.
As baleias e o mar.
Que mais posso querer?

Estou em casa...


Viva a Blogosfera !


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Em luta . . . por guerras perdidas.




Debato-me em  batalhas quiméricas,
sagrando ao sabor da luta.

Quais monstros invenciveis
derrubando-me após cada pequena conquista.

De corpo ferido e essência atormentada,
prossigo nesta peleja sofrida.

A razão pede-me tréguas,
o coração que pare,
e os sentimentos uma pausa.

A vontade não permite tais luxos.

Avanço, em posição defensiva,
com ataques aguerridos
que o pensamento faz brotar.

Sou batalha,
guerra interminável,
de mim mesma.

No mais  profundo do meu íntimo,
clamo a paz,
tranquilidade humana,
reforços ou alianças.

Impotente,
não consigo.

Vazia de recursos,
sou ave sem asas,
flor sem semente.

Encontro-me em batalha sem termo conhecido.

Pérola



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ao amigo !



És amor desinteressado,
confiança viva em desagendadas confidências.

Nó indestrutível na ferrugem do tempo.

Sangro com tuas feridas,
rejubilo com as alegrias que faço minhas.

Gosto tanto de ti! 
Sabes?

És casa que habito,
até em ausências negligenciadas.

Porto de abrigo onde ancoro
em tempestades febris que me afogam.

Tu, nem sempre me sentes.

Alheado no corre-corre diário
sou sopro invisível.

E tens mais que fazer . . .

Vidas separadas,
diferenças esquartejadas,
transformaram-nos na distância.

És marca na cicatriz da minha Vida.

Palavra, 
 pensamento, 
emoção,
que me recorda o valor do  amor único da Amizade.

Amo-te, Amigo!


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Na impossibilidade




Passas ao longe,
acenas-me com um sorriso.

Prende-se-me o olhar em ti.

São instantes mágicos
onde moram recordações.

No teu andar
recordo o corpo atrevido,
arrepios brincalhões
e boca ávida.

O tempo suspende-se nas passadas
que parecem arrastar-se para lá do instante.

No desaparecimento do Mundo,
ficámos Tu e Eu.

Viajantes do tempo,
aventureiros foragidos,
retomamos novo voo visual.

Adivinho-te o desejo,
evoco o físico
e quedo-me em suspiros.

Passas . . .  e não te posso tocar.



sábado, 2 de novembro de 2013

O 2 de novembro e um encontro de AMIGOS !



Pois é! 
Foi hoje o lançamento do meu 1º livro de Poesia.
Registei a minha nova máxima :  - " Não ter expectativas é a melhor das expectativas!"

Nunca terei palavras para agradecer aos meus amigos de anos, a Fátima e o Jorge que se excederam.
Sinto-me uma mimada.
Bem hajam! 
Têm morada permanente em mim.

Foi uma tarde deliciosa e continua a ser porque as emoções ficam coladas na pele e espalhadas no ventre com comunicação para a alma e o coração.


Tive surpresas que abalaram o meu ser . . .  e de novo não podia ser melhor.
Grata pelas surpresas cujos adjectivos serão sempre poucos.


E aqui, com amigos virtuais que se tornaram reais. 
O adorável Fancisco, a amorosa lilás e a queridíssima Margarida Alegria que veio do Porto, de propósito.
Eu mereço tanto?


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

É já amanhã !


Miminhos que sabem tão bem: 
Da querida Arco Íris;
Do amigo Alberto Flores;

(haverão mais? - Realmente, não mereço!)


Amigos e Amigas minhas!

Virtuais ou não.

Conto com a vossa presença.

( Muitos/as farão presença no meu pensamento)

Quero agradecer todo o apoio e carinho.

Não mereço . . .

Assina: Uma pérola transformada pelo mar, no mar!




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Bruxa ou Anjo?


Tem instantes que sou bruxa.

Mágica em maldades indecentes.

Despudorada nos sonhos em que voo.

Uma mariposa negra,
linda de assustar.

Sou feiticeira aluada,
vestida de prazeres carnais.

Sombria, passeio os meus fantasmas em noites de insónia.


Tem momentos que sou Anjo.

Nascida  no bem perfumado por flores coloridas.

Uma arauta de branco coberta, libertando pétalas em formas de amor.

Sou querubim caído em sonhos puros.

Reluzente, atravesso horizontes azuis e persigo a luz do Sol.

Afinal, talvez seja apenas uma confusão de pecado sem arrependimento.

Mistura indissociável que sou eu: Bruxa e Anjo !


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fora de tempo



O bailado das folhas caídas arrepia-me.
É o ritmo outonal de coreografia constipada.
Visito o roupeiro e cumprimento os casacos.
As botas sorriem-me com saudades poeirentas.

Que hei-de fazer?
Render-me ou empunhar a arma do estio cuja sombra desvanece?

Assolam-me memórias acaloradas,
vontades frescas de prazeres suados.
Apetecem-me morangos regados de sol,
bebidas frutadas servidas em gelo.

Apanho as fantasias, 
reúno lembranças de mares calmos
e contemplo o silêncio da natureza a despir-se.

Sorrio ao novo colorido,
despeço-me das andorinhas
que as cegonhas já  por cá ficam.

As nuvens atarefadas,
em cinzentos degradê,
 montam-me um céu deslumbrante.

Na ventania ocasional,
a boca pasma-se 
ressequindo lamentos sem préstimo.
Levo a língua aos lábios e sabe-me a morangos . . .

Pérola




segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um Sopro de Luz !




Um sopro de luz estremece-me.

Um pequeno nada, 
de ternura,
com roupagens claras.

No ar em movimento,
ondulante,
a brisa acorda-me o olfacto.

Cheiro-te.

O perfume de ti flutua
em ondas de espuma vulneráveis.

Imóvel,
inspiro este odor que me estonteia.

Salpicas-me, 
de saboroso brilho,
no clarão do teu toque.

Cego na claridade que me segredas.

Entornam-se-me os sentidos
nesta dormência sôfrega.

Em estado febril,
sedenta e esfaimada,
aguardo recuperação e cura.

Eis-te envolto no tempo luminoso
de aromas saboreados.

Anuncias-te.

Fico atordoada no belisco do teu beijo,
um sopro de luz.

Pérola



sábado, 26 de outubro de 2013

Ele há momentos . . .



"Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela."
Carlos Drummond de Andrade .



Morrer de Amor

Morrer de amor 
ao pé da tua boca 

Desfalecer 
à pele 
do sorriso 

Sufocar 
de prazer 
com o teu corpo 

Trocar tudo por ti 
se for preciso 

Maria Teresa Horta, in “Destino”


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Do Medo !



Confesso:

- Tenho medo, pavor a até pânico.
- Sou uma medricas, maricas e medrosa.

Seguindo o raciocínio do Sartre: sou normal.

Ora, como não considero normal a 'normalidade, assusto-me, ainda mais, perante o prestígio do pensador.


E de que tenho medo?

- Pois bem, de situações, de pessoas, de sentimentos e até de mim.


Seria bem mais fácil viver sem ele, não duvido.

Porém, parece que faz parte das nossas defesas inatas.

Coloca-nos em estado de alerta, prontos para o que der e vier, para a luta que se quer vitoriosa.

Mas, o medo pode ser letal.
Paralisa e em excesso corrói-nos de tantas formas.
Muda-nos e nem sempre é bom.
Pode tornar-nos amargos, desconfiados e até anti-sociais.


Como a mudança é a constante da vida, a felicidade, constituinte da existência, nem sempre é companheira.

Temos e vivemos momentos de felicidade.
Com o medo da sua perda, volta-se a ter medo.

A efemeridade dos sentimentos pode tornar-nos desconfiados e o medo está sempre à espreita.

Devia haver um dia Anti-Medo.
Com um lema do género "SEM MEDOS!"
(Eu aderia)

A coragem, qual antídoto, é remédio recomendável.

Eu continua a ter medo, 
contudo deixo um conselho:

 



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Banalidades . . .



De olhar guloso aproximaste-te.
Cheiravas a verão na intimidade do cumprimento.
Com uma familiar cegueira devolvi-te a afeição.
Conversávamos doidices que se diluíam em entusiasmos.
E foi no ardor da chama do momento que o teu bem querer apareceu:
- Queres namorar comigo ?
Em choque, disfarcei o fanatismo do galanteio e respondi . . .

Pérola


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Revelo-me Em Ti !



És tentação minha,
moradora em emoções clandestinas.

Tornas-me riqueza afundada
em delírios profundos.

Suspiro-te na respiração 
do oxigénio que me sustém.

Escapa-se-me a mão em ti
com afagos insinuantes.

Deixas-me na pele
o sabor dos teus lábios.

Arrepias-me por montes e vales
na geografia do meu corpo.

Escutar-te é ouvir-me
no meu ser que é teu.

Transportas e vida em tempos
apaixonadamente desmesurados.

Desarmas-me no teu toque caprichoso
apetecido em cada gesto.

Revelo-me em ti de coração exposto 
aos sentidos e afetos.

Ofereço-te a minha essência
na simplicidade do ser.

Dás-me a mão?