A bem da verdade, tenho de confessar que não consigo aprender esta atitude.
Não considero egoísmo defendermo-nos do mal que nos podem causar.
Afinal, acredito que temos de ser os nossos melhores amigos/as.
Quanto ao 'Amor Próprio' é vasto território, não cabe aqui o que há para dizer dele.
Somente relembrar o quão importante é aceitarmo-nos e amarmo-nos como somos nem que para isso tenhamos de deitar as 'garras' de fora.
Há coisas mais difíceis do que outras.
Uma das mais complicadas talvez seja termos relações de confiança, amizade, partilha, cúmplicidade com pessoas que não têm existência
real.
A nossa imaginação é fértil e nem sempre 'vemos' o que está bem debaixo do nosso nariz.
Fantasiamos e acabamos por nos relacionar com a ideia que temos da pessoa, uma espécie de sombra, de ideal construido por nós.
Nunca se consegue conhecer realmente uma pessoa, somos seres demasiado complexos e vestimos múltiplas roupagens conforme os condicionalismos, as vontades, personalidades, limitações e julgamentos próprios.
Porém, confiar, acreditar tendo como resultado a desilusão pode ser devastador.
O equilíbrio entre o abrir o coração, ser sensível e possuir racionalidade e objectividade suficiente para conseguir relacionamentos saudáveis é ponto desejado, contudo raro.
E neste caminhar que é a Vida ninguém duvida das mudanças.
Existir é isso mesmo: Ação permanente.
Como seres pensantes, é-nos penoso a constante caminhada, o seguir em frente.
Pessoas e acontecimentos marcantes ficaram para trás.
Temos saudades, memórias, lembranças que fazem parte de nós.
Ir em frente é obrigatório, no entanto olhar para trás é decisão individual.
Só o deveríamos fazer em situações proveitosas para nós.
O menos bom...não vale a pena.
(agora só me falta praticar...e aprender.)
20 comentários:
O amor próprio dava para escrever uma tese de doutoramento...vou vivendo com ele aqui e ali com garras fora e dentro, mas tentando sempre ser feliz e tranquila! :)
Muitas vezes para evitarmos ferimentos no nosso amor próprio criámos uma carapaça para protecção.
Às vezes gostava de evidenciar mais o meu amor próprio mas nem sempre consigo.
Gostarmos de nós é fundamental. Quem não gosta de si como pode gostar de outra pessoa? Vai estar sempre na defensiva. Por isso temos mesmo de nos aceitar e vamos tentando encontrar pessoas com quem nos identificamos. Algumas vão nos desiludir mas faz parte do processo de aprendizagem da vida.
Beijinhos grandes.
Se não gostarmos de nós, quem gostará?
Olá, Pérola.
Um texto imenso... Fiquei aqui pensando com os meus botões nessa questão de quando termina o amor próprio e começa o egoísmo e no quanto isso é pessoal.Só se conhecendo mesmo muito bem para não se confundir ou se deixar iludir... Adorei!Já tinha saudades de estar aqui.
Beijinhos, querida.
Eu acho que temos que nos amar a nós mesmos e só depois é que somos amados pelos outros! Há muita gente que nos desilude ao longo da vida, mas também serve de aprendizagem e devemos sempre esquecer e seguir em frente! Por isso o olhar para trás deve ficar em segundo plano!
Amor próprio... Já estive pior do que esou neste momento.
Mas sou muitoexigente comigo mesma.
Tenho que aprender como tu e crescer talvez um pouco mais.
Há coisas que só vêm com a idade.
Beijocas
Um belíssimo texto que nos convida à reflexão.
O Ser Humano por si próprio já é muito complicado, o que por vezes leva a relações complicadas.
Beijinhos
Tenho dias. Ás vezes estou muito bem comigo, outtos nem por isso.
Li este post ontem, mas não cheguei a comentar.
mexeu muito comigo, poiis, como sabes, tive recentemente uma pessoa a levar-me às conclusões daquela frase que vem com a foto do gatito. Mas, apesar disso tento descartar a mágoa, por ter sido um nítido caso de alguém sem personalidade e com uma perturbação psicológica.
Também eu nem sempre sei defender o meus Amor Próprio. Aliás, ele acaba por reagir e se defender, mas depois de muitos estragos feitos, por vezes...
Geralmente estou bem comigo mesmo. Mas sinto que cada vez menos este mundo, com este tipo de hipocrisias nos relacionamentos que existem e com tanto faz-de-conta, é pouco o meu... "habitat".
Mas sobreviverei.
............
Olha: dai a um par de horas, os cartoons(mais uma BD) regressam ao Mercado blogosférico, numa nova emissão de dívida de humor negro! Espreita, que vale a pena.É grátis! sem Juros!
Bjjjjjjjjjjjoosssssssssssssssss!!!
Queria eu escapar às memórias!
Tento, vou tentando sempre, apostar no aqui e agora.
Um beijo
To sempre acompanhando seu blog.
Vim, vi e gostei!
Parabéns pelo teu blog! Um pérola!
Quanto ao post, profundo e com o qual identifiquei-me imensamente...
Grande reflexão, onde me soube bem mergulhar.
Resumindo: precisamos de sobreviver com sapiência nesta caminhada repleta de inter- relações que é a nossa vida.
Um beijo.
Estou vivendo mais a primeira postagens, onde mesmo sendo até egoísta o pensar em mim é sobrevivência. Aprendi a dar minhas próprias braçadas em mar revolto, em momentos que as ondas me afogavam, aprendi a segurar na mão estendida de Deus onde ao meu redor nenhuma, ou quase nenhuma, mão me restou. Tudo faz parte da vida sim, muitas vezes guardei mágoa por esperar ajuda de onde não vieram, de ter palavras duras quando apenas um abraço era suficiente e aprendi também a ser dura tantas vezes. Isso e cada experiência que cada um de nós vivemos forma um conjunto de evolução. Hoje me perguntei pra quê? Sei que há propósito em toda folha que cai de uma árvore, e que ser humano e emprestar nosso ombro, e dar nosso melhor sorriso também faz parte...bjim e obrigada pela visita.
Grandes caixinhas de surpresas que por vezes temos que descobrir e é bom saber também a "nossa"
Beijinhos Grandes
Gostarmos de nós próprios é algo fundamental e este texto deixou-me a pensar bastante sobre o assunto :)
Mais uma vez, e já parece habito, percebo essas palavras como ninguem...são o motivo da minha maior dor neste momento...
Beijinho*
Que palavras tão sábias, Pérola! Saber conhecer o outro e avaliar a fronteira da nossa privacidade, do quanto podemos dar e de até onde confiar, é um dos desafios mais difíceis de superar. Já tive decepções grandes com supostos amigos - e continuo a deixar-me encantar (mesmo aqui, na blogosfera!) por pessoas que não merecem a minha atenção e muito menos a minha amizade.
Venho agradecer a amabilidade da visita e a simpatia de te teres tornado seguidora (o meu é um blogue tão pequenino que uma nova entrada tem grande impacto :D). Também eu seguirei o teu blogue. É verdade que o critério de escolhermos como amigas as amigas dos nossos amigos é bom!
Um beijinho
Também acho que vou praticar mais...
Bjs
Eu fiz o mesmo, aprendi a afastar-me de quem me faz mal.. mas eu nem sei que é bom ou mau. estou aprender a viver sem algumas pessoas.
o amor próprio é importante para nos sentirmos bem.
beijinho
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