Há dias em que os minutos se transformam em infância, sonho ou em surrealidade inesperada.
Dizem-me que o tempo, refletido na idade, ensina, é mestre, traz paciência, compreensão, quiçá sabedoria.
Eu não sei . . . desconfio.
Ele há dias estranhos, em que tudo parece ser possível de acontecer. O estranho toma conta do que nos cerca e, pouco a pouco, somos nós a ficarmos 'fora do normal'.
Tenho passado, últimamente, por instantes, dias, deste teor.
Confundem-me, o controle é coisa longíqua e de nada valem os meus pensamentos, as minhas decisões.
Os acontecimentos atropelam-se e quedo-me espetadora surpreendida da vida que não precisa de convite ou explicação.
A vida acontece, eu não entendo e talvez seja assim mesmo.
Há em mim uma procura, a tal demanda das verdades, das regras universais que me confortariam.
Na sua ausência, vivo na sobrevivência do que me deixam ser, do que me permito ou sei ser..., somente.
Não sei...mesmo, de verdade.