Piso as fendas deste chão estéril,
procuro as estrelas da ponta do teu indicador,
a vida adivinhada nas tuas palavras
ou no deserto delas.
Vinco-me nas rugas do tempo,
alheia à vastidão de outros céus,
trilhos húmidos por onde te encontras.
Cicatrizo-me neste vão de bainha descosida,
querendo a água fresca que se descortina,
mais ali,
como prémio desta míngua.
Esgueiro-me em dobras tuas,
sinto-te o fôlego,
a frescura dos teus lagos,
e sei da minha chegada.