Confesso gostar muito de férias.
Afinal, quem não gosta?
Contudo, tenho um problema,
para não dizer uma doença,
na hora de fazer as malas.
Que hei de levar?
E se chove?
E se preciso de bikini mesmo na neve?
E se houver uma ocasião que exija uma roupa mais produzida?
E se precisar de chinelos?
E se a carteira fica horrível com o calçado?
E se . . ., e se . . . ui, ui ! ! !
São imensas, as dúvidas.
Parece o Apocalipse.
Pois bem, tenho alguns truques:
* Tento focar-me na duração e no local da estadia.
*Escolho uma cor ou uma peça 'indispensável' e começo a selecionar o que poderá ser usado com o tal objeto forçado a dar o mote.
* Coloco os montes por secção em cima da cama
(casacos, tops, calças, interiores e por aí fora).
Os meus truques revelam-se sempre volumosos e incomportáveis (só para avisar).
* Faço uma segunda ronda e mais uma terceira.
Por último, toca a emalar.
Claro que nunca há espaço, as malas, sacos e necessaires são tão pequenos, mas tão minusculos, só visto.
Penso que alguém me compreenderá, não?
A bem ou a mal, lá acabo no destino.
Tem alturas que fico contente por ter exagerado
pois tenho escolha e até empresto coisas minhas,
porém o pior vem depois.
Aquando do regresso a casa,
o desempacotar,
para além da depressão pós férias,
relembra-me como fui inconsciente e tão pouco prática.
Volto à trabalheira de (des)arrumar coisas a que não dei uso ( a maioria).
Desta vez,
vou experimentar usar o esquema abaixo.
E contigo, como é na altura de fazer mala???
"Se todo o ano fosse de férias alegres,
divertirmo-nos tornar-se-ia mais aborrecido do que trabalhar."
William Shakespeare