O mundo és tu,
nele me sei
ao perder-me
por não saber de ti.
Levaste-me
para parte incerta
ao soltares a resignação
do mal acorrentado
em teu respirar.
Partiste,
quebrando meu chão,
deixando-me só
na deriva de me tentar ser.
O mundo ainda és tu
por onde te procuro,
te busco,
em pescarias de outrora,
sem a paciência
de me igualar a ti.
Na ausência
de teu farol,
resto-me na saudade,
desisto-me,
em renúncias
que nunca aprovarias.
Amo-te tanto!
Foste,
és
e serás
o meu grande amor.
(Não possuo outra forma de amar.)
Aguardo o teu resgate,
o teu sinal,
por mim,
onde o mundo és tu.
Margarida Farinha