sábado, 29 de março de 2014

Quem me ajuda ?



"Lamentamos...
Não foi possível processar o seu pedido. Tente novamente ou volte mais tarde."


E pronto!
É isto!

Não consigo entrar no círculo da Google.
Impede-me de seguir' outros blogueres ou gerir a minha Lista de Leitura.

Alguém me ajuda?

Que devo fazer?

Este problema já se arrasta há umas semanas e estou a ficar aborrecida pois quero retribuir a cortesia dos meus novos seguidores . . . e não consigo.

Haja alguém amigo/a desta Pérola pouco experiente (e sem grande paciência) nas lides de computadores com birras!

P.S. Depois é só apresentar a factura, ok?



sexta-feira, 28 de março de 2014

No tempo . . . sem tempo . . .



O Sol nasceu tantas vezes,
tal como os teus beijos.

Vieram andorinhas que partiram,
estações giraram em tempos perdidos,
tal como o teu olhar.

As marés sucederam-se
em sorrisos e lágrimas alternados.

Viajaste tanto,
soltando recordações,
marcas entranhadas em mim.

Perdi-me em contagens inúteis,
instantes de deusa,
outros tantos de migalha.

Olha o que as órbitas terrestres me fizeram:
plantaram um coração escavado em meu peito!

E Tu!
Foste escultor, 
arquitecto do meu sentir.




segunda-feira, 24 de março de 2014

Conjuntiva




Quisera eu  . . .

          . . . cachos dos teus beijos,
impossível o contentamento  de um só.

          . . . revoada de teus desejos,
céu pintado na cor da tua vontade.

          . . . chuvada de teus olhos,
banho que me despe corpo e alma.

          . . . laçadas dos teus abraços,
nós cegos que se querem mais apertados.

          . . . loucuras desmesuradas,
doce perdição do 'sim'.

          . . . ramos do teu cheiro,
nuvens perfumadas por onde gosto de me perder.

          . . . punhado do teu corpo,
manjar com sabor a pouco.

Neste ser conjuntivo,
fora feliz na dúvida,
navegara por incertezas de ti,
apertara teu amor que se fizera meu,
sentira outro 'eu'
na ausência de outros tempos.


quarta-feira, 19 de março de 2014

" A Amiga da Minha Mulher "


Vá-se lá saber porquê, acabo por ouvir esta música, todos os dias (várias vezes), na rádio do carro (penso que é a na CidadeFM).
É verdade que tenho o hábito do 'zapping' também nos trajetos curtos.
O ritmo contagiante das terras com açucar pode levar ao ligeiro balançar ritmado.
Até aqui tudo bem.
Depois, resolvi perceber a letra 
(afinal, que há para perceber?).

A (pseudo) amiga da mulher (quem precisa de 'amigas destas'?) assedia o pobrezinho do homem que confessa estar difícil resistir a uma mulher bonita. 
Ainda se fosse  feia . . . e o caso estaria encerrado.
Homens!

Para além das hesitações entre o 'pegar' ou não, surgem os avisos do cunhado e da sogra (?).
Sim.
Mete a família.

Não sei como acabou, mas ele vai avisando que a carne é fraca e a amiga da mulher é insistente e não respeita os seus pedidos.

Posto isto, e conhecendo de cor as canções de todas as estações que o meu 'Blaupunkt' sintoniza,
continuarei na saga da análise das letras.

Numa música, que mais interessa: 
A melodia?
A letra?
Ambas serão cruciais?


Amiga da Minha Mulher
Seu Jorge


"Ela é amiga da minha mulher
Pois é, pois é
Mas vive dando em cima de mim
Enfim, enfim
Ainda por cima é uma tremenda gata
P'ra piorar minha situação.
Se fosse mulher feia tava tudo certo
Mulher bonita mexe com meu coração
Se fosse mulher feia tava tudo certo
Mulher bonita mexe com meu coração

Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não
Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não

Minha mulher me perguntou até
Qual é, qual é?
Eu respondi que não tô nem aí
Menti, menti
De vez em quando eu fico admirando
É muita areia pro meu caminhão.
Se fosse mulher feia tava tudo certo
Mulher bonita mexe com meu coração.
Se fosse mulher feia tava tudo certo
Mulher bonita mexe com meu coração

Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não
Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não

O meu cunhado já me avisou
Que se eu der mole ele vai me entregar
A minha sogra me orientou
Isso não tá certo é melhor parar
Falei, ela não quis ouvir
Pedi, ela não respeitou
Eu juro! A carne é fraca, mas nunca rolou

Falei, ela não quis ouvir (Não quis ouvir)
Pedi, ela não respeitou.
Eu juro! A carne é fraca, mas nunca rolou

Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não
Não pego, eu pego, não pego, eu pego, não pego não."



terça-feira, 18 de março de 2014

No Ir e no Vir da Dúvida



E Ele veio . . . 
Ou eu fui . . .
O seu sorriso misturava-se com o odor do Sol
iluminando-se de cheiros marinhos.
As suas palavras eram-me doce irresistível.
No seu jeito desaprumado lia-lhe a ternura expectante.
Veio e nem queria ficar . . .
Ou eu fui e não queria voltar.
Desencontros em encontros 
de transparências 
guardadas em caixa de tesouro.

Como quem não quer nada
marotou e roubou-me um beijo.
Ou talvez lho tenha oferecido,
com pedido desajeitado.

Foi, mas voltou.
Ou voltei eu.
Já nem sei.
O seu corpo pedia mais,
nas suas mãos me deixei ir.
Entreguei-me à viagem onde Ele era piloto.
Disfrutei de cada centímetro palmilhado,
de cada suspiro revelado.
Atreveu-se na ousadia de trilhos inexplorados.

Permitiu-me ser rainha,
flor no seu jardim abandonado.
Ficaram as cinzas deste fogo 
que ainda me abrasa.

Veio . . . 
Ou fui . . .
Quedo-me na loucura do desejo.
Envolta em desassossegos,
na dúvida fantasma.

Recordo (-te/-me).
Quero que venhas.
Porque tardas ?
Ou tardarei eu ?




segunda-feira, 17 de março de 2014

Enovelada



Aturdida em espantos duvidosos
enovelo-me em fios,
atalhos da vida dramatizados por mim.

É um enredo de pontas soltas
onde o 'puxar' embaraça ainda mais
e os nós se multiplicam.

Estico-me, 
dobro-me,
escondo-me,
na dificuldade que me abraça
e chama sua.

Sem resultados no desaperto,
o novelo adensa-se 
no alimento que sou eu.

Invoco o sossego enganado,
giro na minha própria teia redonda,
esperando uma fresta no descuido.

Sou um labirinto em forma de meada,
onde, 
somente,
 a paciência tem permissão
de me desnovelar,  
de me trazer à vida.



quinta-feira, 13 de março de 2014

Herança



Herdei o sono como penhor de mim.
Pago-lhe tributo diário,
nem sempre apetecido.

Adormeço nos braços dos meus anjos
e acabado roubada pelos meus fantasmas.

Perco-me na inconsciência
povoada de realidades desconhecidas,
que são minhas.

Mensagens atropelam-se
nos meus caminhos
onde sou geografia defeituosa.

Sonho magia,
um mundo de  vontades
em que me abandono.

Pode ser  uma guerra,
uma festa
ou, simplesmente,
eu, 
despida de tudo.

Nasci envolta nesta herança,
que ninguém quer comprar.



terça-feira, 11 de março de 2014

Visita


Foto by Pérola

Ontem fui visitar o mar.

Recebeu-me vaidoso,
vestido de prata e ouro
pelo seu companheiro, o Sol.

Quis que me sentisse em casa,
sentando-me no seu regaço,
fazendo festa ao ritmo das ondas,
embriagando-me de maresia.

Deixou que me passeasse pela sua casa,
perguntou por mim
com saudades perdidas no horizonte.

Desfez-se em desvelos vários
sussurrando-me palavras doces
como o açucar das suas areias.

Insistiu para que ficasse,
fazendo promessas de amor eterno.

Leu-me os olhos,
tomou-me o pensamento,
 sentiu a fidelidade da amante perpétua
e deixou-me ir.




segunda-feira, 10 de março de 2014

Quantos GRANDES AMORES (numa vida)?




Numa visita por uma das séries que gosto de repetir, alguém perguntava:
 - 'Afinal, quantos Grandes Amores temos na vida?'

E outro alguém respondia:
- 'Com sorte, talvez UM?'






É óbvio que isto é tema que me deixa pensativa.
Vivemos num mundo onde a palavra AMOR é empregue a gosto e sem limitações.

Mas, UM GRANDE AMOR?

Daqueles onde somos capazes do inimaginável, onde o egoísmo não tem entrada, é coisa de magnitude única.

Podemos referir que paixões onde despimos todo o nosso 'eu' e por vezes, a não correspondência às nossas expectativas, nos deixam devastados.
Entregas desmesuradas onde o amar não basta e se reclama o 'ama-me'.
Ou os sentimentos por filho(s) ou algum familiar ou amigo especial.
Também há casos de princípios, causas defendidas até à morte.

Serão casos de GRANDES AMORES?
Ou apenas manifestações do Amor, puro e simples?

Haverão tais distrinças?
O factor SORTE é crucial nesta questão?
Até onde depende, únicamente, de nós?
Não é o Amor um só?

Na dúvida, vou (tentar) fazer de cada Amor . . . UM GRANDE AMOR !




(A Contabilidade amorosa será, na certa, uma ciência desprovida de exatidão e a matemática deficiente nas suas adições, subtrações, multiplicações, divisões e potências que mexem no nosso coração
Quer-me parecer que ainda se terá de inventar aparelho para tais medições. . .)




sábado, 8 de março de 2014

Mulher! Deixas Pegada . . .



Deixas pegada, Mulher . . .

Na carícia apressada ao amante cansado,
no amor em que te transformaste.

No olhar com que vestes o pedaço teu,
saído das entranhas fecundas.

No espelho onde te espreitas
e reconheces uma essência só tua.

No jeito em que te aconchegas
para te doares com mais doçura.

Deixas pegada, Mulher . . .

No pão que desvias para outras bocas,
em noites mal dormidas,
trabalhos sem gratificação.

Nessa normalidade anormal em que te sentes,
te procuras,
te és.

No teu cheiro único
perfume do planeta  que te domina,
mas, 
onde pensas que  és senhora.

No teu caminhar universal,
feminino.

Na pura emoção de seres . . . Mulher !




FlowerFlowerFlowerFlowerFlowerFlowerFlowerFlowerFlower


Equilibraste nuns 'stilleto',
teclas no 'Iphone',
aguardas o 'Mercedes'
e deixas pegada, 
vestida de 'Dior',
em atraso 'CEO'.



P.S. Uma flor para cada um de vós, sem discriminação de géneros.
Cada um é especial, único e de valor maior.
Obrigado por se partilharem comigo.



sexta-feira, 7 de março de 2014

Ousada



Hoje . . . Prepara-te!

Vou ser teatral, 
vermelha como o sabor das romãs.

Trarei o profano para a arena das nossas lides.

Serás encostado a uma qualquer parede
onde o impuro te imobilizará.

Deixarei que o pecado me arme
de  forma a atingir-te fatalmente.

Sequestrado na prisão do meu corpo
clamarás por mais.

Como tua carrasca,
alimentar-me-ei dos teus olhares suplicantes, 
beberei da tua geografia em convulsão.

Não permitirei ternuras ou perdões,
a minha vontade será senhora.

Indecente, podes chamar-me.
Que me importa?

Eu avisei-te.
Agora é tarde.
Deitei fora livro de reclamações
e tu (já) compraste a imoralidade.

Confessa o quanto gostas
da minha roupagem de leviana,
como te desenvergonhas no meu aperto carnal.

Atrevo-me porque (me) apeteces.
A ti, não?

Não importa resposta.
Prepara-te!




quinta-feira, 6 de março de 2014

Escorro-me . . .



Escorro-me . . . 
em sentidos duvidosos,
sem perceber porquês.

Esvaio-me . . . 
neste gotejamento infindável
de inquietações que me desenham.

Derramo-me . . . 
dissolvida na dúvida
formando charcos de cheiro a mim.

Pendo-me . . . 
para vidas que sabem o meu nome
e perco-me no caminho.

Consumo-me . . . 
no esvaziamento das minhas nascentes
formando riachos onde a minha voz ainda se ouve.

Evaporo-me . . .
em sentires gasosos
de vontades transparentes.

Diluo-me . . . 
no deslizamento contínuo
em que minha alma se escoa.

Escondo-me . . .
nos escombros do meu corpo
soterrada no cansado 'Eu'.

Escorro-me . . . 
em  hemorragias do tempo.



terça-feira, 4 de março de 2014

No teu Abraço



Enlouquece-me a febre do teu aperto, 
desfaleço na braseira do abraço.

Tu sabes.

Por isso me acolhes na argola dos teus braços,
agigantas-me em nós cegos.

Preciso desse abraçamento,
alimento dos meus vazios,
fusão quente onde me encontro.

Peles de identidade nuas,
que se procuram em inteirezas sem corpo.

Perco-me no abandono dos teus braços,
fortes,
que aniquilam vontades de dissolução.

No teu abraço
sou eu
e isso basta (-me).



segunda-feira, 3 de março de 2014

Escreve em mim . . .



Deixa-me ser folha de papel,
branca, imaculada,
com a possibilidade por limite.

Escorre a tua escrita por mim,
desenhada, sem pressas,
em compêndio proibido.

Serei frase sem aspas,
parágrafo de pressa cortada ,
na tua pontuação que me olha.

Quero que me rabisques,
te escrevas em mim,
em caligrafia espalhada por contornos sem fim.

Pousa o teu lápis,
tinge-me na ortografia da tua vontade,
assina teu nome na folha que sou eu.

Só te peço para ser página do teu livro,
diário, romance ou simplesmente missiva,
de mão dada na leitura do sermos.


domingo, 2 de março de 2014

É Carnaval !?



Um divertido Carnaval para todos !


Não esqueçam de sorrir, rir, gargalhar.
Faz bem à saúde.



sábado, 1 de março de 2014

Da maluquice !



O Dicionário atribui como significado de maluco: Desequilibrado, louco, doido alienado, demente, desatinado, insano, insensato e por aí fora, sempre dentro desta linha controversa.


Pondo de lado questões de foro patológico que também carregam similar adjetivação, confesso que desconheço a linha que separa os equilibrados dos insanos.

A história, a situação única de cada individuo, hábitos sociais ou até a subjetividade tornam a maluquice  realidade adquirida ou desvario a desvalorizar.

Por vezes, sinto-me maluquinha na medida em que perceciono todo um mundo onde não me encontro nem me reconheço. 
Racionalmente, sei que assim não o é. 
Até porque tenho pessoas que me trazem vezes demais a terra e a maluquice acaba por me ser um luxo raro.

É que a normalidade assusta-me.
A vocês, não?