quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

* ANO NOVO *




Mais um ano,
mais um virar de página
na enciclopédia da vida.


Que cada instante
seja motivo e causa
do recomeço de nós próprios.


Mais uma maré,
no oceano da impermanência,
onde ousamos saltar paralelos,
atravessar hemisférios
em busca tão só de nós,
de outros,
com o amor como arma,
a felicidade como alvo.


Atreve-te  a ser feliz hoje,
agora e no sempre,
para lá dos calendários !






quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

nascer . . . renovar



Embrulho-me no presente,
para ser desfeita no amanhã
por onde me renovo
em fitas vermelhas
com laços de esperança,
amor e vontade.

Assim me nasço
outra e outra vez,
neste vaivém entrelaçado
de passado rasgado,
presente despido
em futuro solto 
na laçada de querer.

Há um nascimento
à minha espera,
um recomeço que me aguarda,
a renovação que me  chama.


Feliz Natal,
Blogosfera ! ! !



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Gulosa



Deixa-me ser gulosa,
lambuzar-me em ti
até o doce me enlouquecer.

Deixa-me provar
cada recanto teu,
passar a minha pele 
por tuas montanhas,
cumes e vales.

Deixa-me saborear,
de língua húmida,
os teus cheiros e sabores
pelo mundo do teu corpo 
sedutor e maroto.

Deixa-me o desejo
de te querer mais,
sempre mais,
em ganâncias gostosas,
com lambidela vorazes
como gulosa que sou.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Partilha musical


Apesar de portuguesa, o fado nunca me foi música próxima, confesso

Partilho 'O Melhor de Mim' da Marisa porque algo me tocou bem cá dentro.

Também eu sei que o melhor de mim está p'ra chegar . . . 
há um renascer constante onde a luz me seduz
e a tormenta não passa de trapolim
neste cair e levantar de me ser.

Espero que gostem !


Hoje a semente que torna na terra
E que se esconde no escuro que encerra
Amanha nascerá uma flor.
Ainda que a esperança da luz seja escassa
A chuva que molha e passa 
Vai trazer numa luta amor.
 
Também eu estou à espera da luz
Deixou-me aqui onde a sombra seduz.
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará.
 
REFRÃO:
É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar.
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar.
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar.
 
Quebro as algemas neste meu lamento,
Se renasço a cada momento,
Meu destino na vida é maior.
 
Também eu vou em busca da luz
Saio daqui onde a sombra seduz.
Também eu estou à espera de mim
Algo me diz que a tormenta passará.
 
REFRÃO:
É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar.
É a vida que segue e não espera pela gente
Cada passo que demos em frente
Caminhando sem medo de errar.
Creio que a noite sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar.
 
Sei que o melhor de mim está pr'a chegar!
Sei que o melhor de mim está por chegar.
Sei que o melhor de mim está pr'a chegar."


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Da Normalidade


De perto ou de longe,
foge a normalidade
por entre olhares
e juízos de valor.

Não te conheço
e muito menos reconheço.

Chego a pensar 
se é coisa minha
ou se me ignoras
só para me inquietares.

Na ausência de certezas,
deixo-me de procuras
e quedo-me no encanto da dúvida.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Chove


Chovem lágrimas,
cada uma 
escorrendo a sua emoção,
molhando a pele
de quem se embaraça
em nós de afetos.

Chovem lágrimas
de amor,
perdidas na dor,
de quem quer 
e não tem.

Chovem lágrimas
de alegria,
perdida no riso
de se sentir,
nas pontas dos dedos
de alguém.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Posso escolher !



E na lama mais nojenta,
no buraco mais fundo
do desespero que aceitamos . . . 

. . . Há sempre um charco
 onde lavar a pele,
uma escada por trepar.

Porque . . . afinal
tem-se este derradeiro e decisivo poder:
"- Eu escolho !"

*************

Podem vir outros,
dizerem-me que não, 
talvez até o negro tolde os meus olhos,
tenha vontade de sumir 
ou
simplesmente desaparecer.

Mas, que interessa ?

Está tudo em mim 
e só em mim,
a ninguém mais devo culpar . . .

 . . . porque eu posso escolher !




sábado, 5 de dezembro de 2015

Inapropriado



Povoas o meu sonho,
no desejo impudico que não me larga.

És tentação, 
pecado com perdão,
por onde me desonesto
em apetites por saciar.

Fizeste morada em mim
no atrevimento dos teus silêncios,
nas entrelinhas do teu dizer
e . . .
 . . . eu . . .
deixei.

Agora,
aguardo-te com ganas 
de animal esfaimado,
predadora paciente
do banquete 
de nós,
por onde me quero consumir
ao te engolir inteiro.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Desassossegos meus



Busco lá fora,
onde só o eco me responde,
desespero no silêncio
de tanto querer.

Algo me sussurra,
me aconselha a aquietação
deste desassossego 
de não me amar.

Solto fragilidades minhas,
simplifico-me em emoções 
de me ser, 
como fantasia real.

Parece guerra perdida,
luta sem tréguas,
pois a busca não  cessa
e,
 muito menos,
a tranquilidade vem.