Tem tempo este vagar manso,
a suavidade de um amor paciente,
na espera,
sem horas,
de ti.
Tem tempo este querer sem fundo,
a ternura de um desejo sem voz,
na delonga do teu trote.
Tem tempo esta esperança enfeitiçada,
a magia de um adormecimento confiante,
na entrega que se adivinha.
Tem tempo, faz tempo,
são calendários desfolhados,
nesta minha vida em suspenso.
Porque tardas?