Confesso:
- Tenho medo, pavor a até pânico.
- Sou uma medricas, maricas e medrosa.
Seguindo o raciocínio do Sartre: sou normal.
Ora, como não considero normal a 'normalidade, assusto-me, ainda mais, perante o prestígio do pensador.
E de que tenho medo?
- Pois bem, de situações, de pessoas, de sentimentos e até de mim.
Seria bem mais fácil viver sem ele, não duvido.
Porém, parece que faz parte das nossas defesas inatas.
Coloca-nos em estado de alerta, prontos para o que der e vier, para a luta que se quer vitoriosa.
Mas, o medo pode ser letal.
Paralisa e em excesso corrói-nos de tantas formas.
Muda-nos e nem sempre é bom.
Pode tornar-nos amargos, desconfiados e até anti-sociais.
Como a mudança é a constante da vida, a felicidade, constituinte da existência, nem sempre é companheira.
Temos e vivemos momentos de felicidade.
Com o medo da sua perda, volta-se a ter medo.
A efemeridade dos sentimentos pode tornar-nos desconfiados e o medo está sempre à espreita.
Devia haver um dia Anti-Medo.
Com um lema do género "SEM MEDOS!"
(Eu aderia)
A coragem, qual antídoto, é remédio recomendável.
Eu continua a ter medo,
contudo deixo um conselho: