Olha-se e não se vê,
vê-se e não se olha.
Comenta-se na cegueira,
cega-se no comentário.
Julga-se nos sentidos,
sente-se nos julgamentos.
Adivinha-se o que não se sabe,
sabe-se o que se adivinha.
Recebe-se o que se dá,
dá-se o que se tem.
E tu?
Para onde olhaste primeiro?
Que te prendeu o olhar?
O cachorro?
O homem?
Um sentir qualquer nascido da pele nua?