Nem sei como horizontes permanecem
como o sol pode azular a manhã
pois se tudo está longe,
foge-se-me da alma
como se o caos normalizasse a vida.
Nem sei como ainda respiro
e espreito os cantos das aves
e as flores a desabrocharem
pois se me acho perdida
na solidão do tempo,
em eras cobertas de pó
e eu desapareci.
Pois se quero o mundo,
oceanos tranquilos,
rios e cascatas frescas por onde
possa ser-me
e ter paz.