terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nervosa

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Arranha-se-me a garganta.
Um fogo rebelde vai alastrando pelo pescoço.
Um trago fica preso.
Engolir torna-se penoso.
Desconheço o motivo, se são as bactérias ou os vírus.
Uma certeza me assiste, o enervamento em que me deixo cair agrava a situação.
Reuno tropas num esforço hercúleo e ensaio uma inspiração mais demorada, sustenho até ao limite e expiro demoradamente.
Foco-me na repetição de cada respiração, alertando-me para a mínima distração.
Tento esquecer o calor inesperado da ligação entre a cabeça e o tronco.
Nesta controle do nervosismo, pelo menor batimento cardíaco, através do verbo respirar, a mente escapa-se-me.
Sem autorização,  o pensamento conduz-me a ti e a concentração esvai-se.
Que hei-de fazer?
Continuo nervosa e ingovernável.



13 comentários:

Anónimo disse...

Há dias assim... mas no meu caso, o mar normalmente cura.

Unknown disse...

Simplesmente lindo! :)
Posso fazer-te uma pergunta? Como colocas música no teu blog?

Beijinho!

Opinante disse...

Até arrepia!

Anónimo disse...

Lindo! (:

PinUp Me disse...

Todas nós temos momentos desses...

S* disse...

Tu escreves bem, pena a ansiedade e o nervosismo latente. :)

mfc disse...

Acho que isso só se cura mesmo com um beijinho...
Aí vai um...!

Sérgio disse...

Lindo. Gostei do teu blogue e agradeço a visita :p

Unknown disse...

que bonito :$$

D.N. disse...

Há dias menos bons... Abracinho apertado. Beijinho

Anónimo disse...

Obrigada por teres gostado **
O outro blog http://youlightupmydarkness.blogspot.pt/

Canto da Boca disse...

Esses pensamentos transgressores, "desobedientes", que escapam à revelia da nossa vontade...

;)

manuela barroso disse...

Uma imaginação enorme nesta vertiginosa disfagia!
Abraço, querida amiga