De temperamento alado,
sou de linhagem sem filiação.
O vento semeou-me pensamentos
em esvoaçares sem lei.
O mar salgou-me penas,
de inconveniente condição.
Construí ninho com instáveis espantos,
em ambíguos voos.
Sou ave ferida
em cicatrizes tatuadas no tempo.
Estranho espécimen
em bando extraviado.
Elevo-me em atmosferas rarafeitas,
pelos ares do sonho.
Privada de asas,
soltam-se lágrimas que choram em terra.
Pérola
9 comentários:
Que os ferimentos sarem, sempre.
Sem asas a voar...
De certeza vai cair
Só no teu imaginar
Essa ideia podia vir!
Lágrimas na terra deixou!
Escreve lindos poemas
Porque voar sonhou
Ave sem penas!
Bom fim de semana para ti amiga Pérola.
um beijo. Eduardo.
[ tem-se momentos que vêm cobertos de lâminas que cortam à sua passagem]
beij0
Fabuloso! Embora triste mas belo
Beijo, bom fim de semana
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Melancólico e belo. Beijinho querida. D
Um ser de temperamento alado nunca pode ficar privado das asas.
Um poema belíssimo!
xx
Nossa.. que linda maneira de expressar e falar das coisas da vida...
Belissimo! parabens!!
A estrada é sempre infinda, tenhamos ou não asas. Eu sei que o saber não cabe em qualquer lugar, mas as imagens cabem perfeitamente no poema. São bem construídas...
Beijos, Pérola!
Minha querida
Eu espero que «essa ave» se cure com a máxima brevidade.
Se «Era tudo muito bom» tem de continuar a ser.
Parabéns por esse poema que é uma pérola bem preciosa.
Uma excelente semana.
Um Santo
Beatriz
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