estas fendas iluminadas
a que me agarro
sem saber
da porta de acesso.
Excluída de vontade
salto lapsos,
intervalos de mim,
que sei
serem únicos
ao ficarem trancados
nesta insanidade
a que chamam vida.
Sem chave ou fechadura,
quedo-me em voltas,
círculos angulosos,
na procura de algo,
nem compreendo o que é.
Angustio-me
na canseira de existir,
perguntas sem resposta,
vontade sem tempo,
desejo sem rumo.
Transbordo-me,
no vazio
imenso do sentir
minha dor,
fechada na imobilidade
da espera
por onde as desculpas
se chovem,
como chaves esquecidas
dependuradas em minha mão.
9 comentários:
Olá Pérola, gostei dessa angústia de viver, é familiar, bjs boa semana
Triste mas belíssimo querida amiga ,desculpas sentidas nesse viver ressentido ,muitos beijinhos felicidades
Estar vivo é sentir...
Muito bom
Beijinhos
OLÁ,
sou seu antigo seguidor!
No nosso blog FOTOFALADA desta semana saiba tudo sobre a bunda.
Abração carioca e seu comentário poderá aprimorar nossa publicação.
A comemorar o Dia Mundial da Poesia??
Habituado a ouvir que «as desculpas são como as promessas. Evitam-se», não tenho desculpa alguma por pontualmente não ter palavras para comentar a tua poesia.
Delicio-me em silêncio.
Beijinhos, tudo de bom.
A vida é assim nos faz sentir para que possamos de alguma forma irmos evoluindo, crescendo.
Um abraço.
Élys
Excelente poema em diálogo melancólico com a imagem.
Um bom fim de semana.
Beijos.
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