terça-feira, 18 de abril de 2023

Detenho-me

 


No diferimento de ti,
detenho-me
mais um pouco,
tanto mais,
no desenho de tuas curvas,
no calor fresco da tua pele.

Ainda trajo o teu olhar,
ainda moro na tua ilha
a palpitação não se quer acalmar.

Sinto-te em vagas saborosas
de memórias em flor,
com a vivacidade poderosa
de simplesmente estar contigo.

Acredita,
não me és exagerado,
impregnas-me de amor,
de subtilezas divinas,
o melhor de mim,
o melhor da vida,
do mundo.

Surges-me na esquina de cada segundo,
à flor da pele
e nos abismos da essência
com uma docilidade de outras dimensões,
uma querença arrebatada,
elevada
e abrangente,
qual chuva em praia sem abrigo.

Ainda hoje
te fazes presente,
te oiço a voz,
respiras no meu peito,
te abraço com força
pois se não te quero ver partir,
se te desejo aqui,
aí,
por onde andas.

Detenho-me numa vida suspensa
de encontros que transbordam no tempo
que se querem eternos,
numa permanência inacabável.

Ainda te sinto...


1 comentário:

Pedro Coimbra disse...

Gosto destes namoros eternos.
Só assim fazem sentido para mim.