Pode ser com pena, giz, caneta, lápis, ou mais recentemente, martelando o teclado.
Para os que não conseguem resistir ao apelo de colocar em palavras o que lhes mexe no coração, o que sentem no corpo ou tão simplesmente os pensamentos que deambulam na sua mente, constata-se que a escrita tem uma função libertadora.
Mesmo a escrita imaginada, ficcionada, não há forma de produzir textos, seja qual a forma assumida ( poemas, prosa, drama, ...), sem que a nossa presença se faça sentir.
Porque não conseguimos escrever sobre o que nos é desconhecido.
A nossa marca encontra-se sempre lá, mesmo que escondida sob palavras que não se querem desnudar. O que quer que escrevamos encerra algo de nós.
Por vezes de difícil interpretação, porém não deixa de ser real.
O próprio autor pode não se dar conta, os mais distraidos ficam-se pelo aparente.
Só uma análise mais cuidada poderá desvendar tais intimidades que se pretendem segredos.
O nosso inconsciente tem destas coisas. A escrita é terreno fértil para a sua semente.
10 comentários:
E eu também gosto tanto de escrever =)
E tens razão, é mesmo libertador!
Beijocas
É verdade, "O nosso inconsciente tem destas coisas". E ainda bem que é assim :)
Aprendi a gostar muito de escrever :)
Ficamos mais 'leves',não é?
Temos de nos libertar por algum lado.
Como é bom escrever!
Subscrevo. Tens toda a razão!*
Estás à vontade de discordar.
As nossas manifestações externas, e en tre elas a escrita, estão sempre a trairem-nos na medida em que nos revelamos, a uma leitura atenta, talvez mais do que quiséssemos.
Não nos podemos esconder de nós próprios, é o que é!
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