Encontrava-se de cabeça baixa. Algo a perturbava. A sua boca queria gritar, porém o silêncio era total. Não conseguia mexer um músculo. O corpo pura e simplesmente não lhe obedecia. Sentia todas as suas células a suplicarem-lhe que saísse dali. Continuava estática. Não se conseguia mover um milimetro. Sem conseguir gritar por socorro, sentia-se vencer pelo cansaço. A luta interior continuava, enfrentava os seus próprios fantasmas e sentia-se a desfalecer. O sabor da derrota já se lhe aflorava aos lábios. O peso da vergonha sobrecarregava os seus ombros curvados. Sim! Queria desesperadamente sair dali. A inércia continuava a dominá-la e as suas fracas forças esvaziavam-se lentamente. Sentia o passo lento e seguro do tão indeseável desfecho. Adivinhava-o. A sua presença já se cheirava. E, ela contnuava, abandonada ao seu destino. A ténue batalha ainda se fazia sentir no ritmo descompassado do vulnerável coração...
6 comentários:
É lindo o que escreves...
obrigado, apenas tento expressar o que me vai na alma.
Apesar de ter um caracter triste, gostei tanto mas tanto do teu textinho :)
A vida tem destas coisas: ora triste ora alegre. O que vale é que os 2ºs são em maior número que que os 1ºs.
Oscilamos entre o sorriso e o esgar!
É a vida...
Mas caminhemos e olhemos com atenção, que há aqui e ali muito sorriso escondido.
Beijinhos.
Onde está escondido? Onde?
Enviar um comentário